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Punição e dignidade
Ter�a-feira, 19 de Outubro de 2021 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#CasoAssombroso – Deparei-me com o título de uma matéria, no Uol, que me chamou a atenção: “Padre é acusado de assediar e violentar sexualmente monges em Minas Gerais”. Trata-se de acontecimento recente que, lamentavelmente, coloca em cheque a dignidade e o respeito que devem nortear a vida dos seres humanos, em especial, um religioso.

Padre Ernani Maia dos Reis, líder do Mosteiro Santíssima Trindade, na cidade de Monte Sião/MG, era procurado pelos monges interessados em confessar conflito interno entre sua vocação religiosa e o desejo de constituir família. Um deles pediu anonimato ao Uol Notícias e denunciou o que teria ocorrido em 2016. Padre Ernani disse ao monge que ele era gay e não deveria pensar em enganar uma moça para se casar. Em seguida, relatou o monge, Padre Ernani pegou uma de suas mãos e a levou até o próprio pênis, enquanto afirmava: “Você está precisando disso aqui, de pinto”.

Depoimentos de outros integrantes do mosteiro dão conta de que o Padre Ernani, ordenado em 2009, teria violentado e assediado sexualmente pelo menos oito monges. Ainda segundo os entrevistados, ele teria assediado mais 11 pessoas que viviam sob sua autoridade, por meio de humilhação e agressões verbais.

Os denunciados crimes sexuais teriam começado em 2011 e duraram até 2018, quando Padre Ernani se afastou do mosteiro. Teriam sido 8 vítimas homens, com idades entre 20 e 43 anos. Já das 11 pessoas que teriam sofrido constrangimentos e agressões verbais, 10 eram mulheres.

Relatos de crimes sexuais atribuídos ao Padre Ernani chegaram ao conhecimento da Igreja Católica por meio de investigações internas, mas o religioso só foi afastado depois que ele mesmo pediu para deixar o mosteiro em agosto de 2018, alegando cansaço e crise vocacional.

Não consta que Padre Ernani tenha recebido qualquer punição da Igreja Católica, que o encaminhou para uma casa de acolhimento para sacerdotes, por seis meses, com despesas pagas pelo próprio mosteiro. As vítimas de violência sexual afirmaram não terem recebido qualquer ajuda psicológica ou indenização financeira da Instituição Mosteiro da Santíssima Trindade.

A Igreja Católica disse ao Uol que “nunca negou qualquer fato ou ato atribuído ao padre Ernani, quando do exercício na liderança daquela comunidade” e que não se omitiu em relação ao caso. Porém, não há conclusões das investigações internas nem esclarecimentos sobre os denunciados crimes sexuais, assim como não se sabe o atual estágio do processo de saída do religioso da Igreja Católica, que teria sido encaminhado ao Vaticano.

O panorama atual de tanta violência diária parece amortecer nossa sensibilidade. Porém, os crimes de assédio e violência sexual, sem conclusão dos processos e devidas punições aos criminosos, ferem a nossa dignidade de cidadãos! Neste caso, a situação é ainda mais assombrosa porque o denunciado é um padre! A Justiça precisa ser feita para que, se comprovadas, as acusações sejam punidas com a severidade da lei e as dezenas de vítimas recebam a ajuda humanitária de que necessitam. Segue a íntegra da matéria:
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/09/30/nosso-pai-ernani-maia-dos-reis-igreja-catolica-violencia-e-assedio-sexual.htm
#PuniçãoEDignidade

(Imagem: Reprodução Internet)

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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