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Ameaça mortal
Sexta-feira, 22 de Outubro de 2021 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#BloqueioEuropeu – Não bastassem as consequências inimagináveis da Covid-19 que colocam 28 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza (+12% em relação a 2019) e retardarão em anos a recuperação da nossa caótica economia, há uma notícia que dificultará muito a conquista da normalidade nacional. A União Europeia deverá anunciar em novembro a proposta para exigir de seus importadores de carne bovina, soja, café, cacau, madeira e óleo de palma que se certifiquem de que essas commodities são provenientes de terras onde não houve desmatamento ilegal nem ações de degradação do solo depois de 1º de janeiro de 2021.

Essa medida é “um tiro no pé” do agronegócio brasileiro, apesar de a punição ser coerente com as metas de preservação. Nosso agronegócio responde por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB), equilibrando a cambaleante economia nacional. Na prática, o agronegócio é a galinha de ovos de ouro da Nação e sustentáculo social do povo. Problema é que o bloqueio pode punir indistintamente todos os produtores brasileiros.

A proposta elaborada pela Comissão Europeia, braço executivo da UE, será encaminhada ao Conselho Europeu, que reúne os líderes dos 27 países-membros, e ao Parlamento Europeu, impulsionados pelo governo e lideranças francesas, notadamente em razão dos gigantescos desmatamentos na região Amazônica.

Além disso, 11 grandes companhias globais do setor de alimentos comprometeram-se em apoiar o fim do desmatamento, monitorando suas cadeias de fornecedores com medidas restritivas, em apoio integral à UE. Dentre elas, estão Nestlé, Danone, Barry Callebaut (chocolates), Carrefour, Jerônimo Martins, Kering, Occitane, Metro, Reckitt, Sainsbury’s e Tesco. As empresas signatárias entendem que desmatamento, queimada e exploração ilegal de madeiras continuam em taxas alarmantes. Isso afeta não só o clima. A perda de biodiversidade gera o crescente risco de novas pandemias. Daí o posicionamento de que o fim das agressões ambientais é prioridade para os negócios e para o mundo.

Por mais que faltem políticas públicas e a devida fiscalização sobre desmatamentos e queimadas, é necessário que cada produtor rural, principalmente o de commodities, seja cada vez mais consciente e responsável para não cometer crimes ambientais. Assim, ajuda e protege os agricultores como um todo, inclusive os míni, pequenos e médios do setor hortifrutiflorigranjeiro.

Pela proposta, a UE aplicará rigorosa rastreabilidade sobre o que importa. Um sistema vai avaliar os países exportadores de acordo com o nível de risco de desmatamento, a partir do local onde as commodities são produzidas, inclusive de países-membros do continente europeu.

Com máxima urgência e prioridade, algo precisa ser feito pelo governo brasileiro! Caso contrário, vamos acompanhar a morte, sem choro nem vela, do nosso precioso agronegócio. E afundar ainda mais a agonizante economia nacional, inviabilizando a sobrevivência de 212,6 milhões de brasileiros.

Até porque a China, maior compradora de carne bovina do Brasil, mantém, há 30 dias, veto à entrada do produto, por causa da constatação da doença “Vaca Louca” em alguns frigoríficos no Brasil. O fato ameaça dizimar a exportação que representa US$ 4 bilhões ou quase R$ 28 bilhões aos cofres brasileiros.

Infelizmente, o ditado de que “é melhor prevenir do que remediar” não tem sido praticado pelas lideranças políticas e gestores públicos, especialmente nestes últimos anos. #AmeaçaMortal

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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