A Semana | 16/10/2009 |
Lideranças propõem Usina Verde para Mogi
Representantes da sociedade civil de Mogi das Cruzes se reuniram na tarde de quinta-feira (15) na OAB para discutir a possibilidade de implantação de um aterro sanitário pela empresa Queiroz Galvão na cidade. O reencontro entre os membros do movimento foi motivado pelo pedido que a construtora protocolou na Secretaria de Estado de Meio Ambiente para reativar o licenciamento ambiental da área do Taboão.
Em mais de duas horas de conversa, os representantes reiteraram mais uma vez o seu repúdio ao lixão na cidade. O ex-prefeito Junji Abe (DEM) esteve presente na reunião e mostrou a sua posição favorável à instalação de usinas de compostagem e de incineração em alternativa ao aterro. “O lixo não deve ser enterrado, mas sim reaproveitado como matéria-prima e adubo orgânico”, sublinhou o político, acrescentando que a cidade deveria apostar em um sistema eficiente de coleta seletiva e usina de triagem.
Para o professor Nabil Francisco de Moraes, o movimento precisa fortalecer a sua posição junto aos mogianos e mostrar outras alternativas ao aterro. “Não é enterrando o lixo que vamos resolver o problema”, reforçou.
O grupo apontou ainda a necessidade de se realizar um seminário público para que as empresas tenham a possibilidade de apresentar seus projetos alternativos. “Dessa forma, teremos acesso a várias propostas que poderemos estar levando para a Amat”, explicou o presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB, Marco Soares Junior.
Amat nega acusações. Foram discutidas também as recentes notícias de que a Associação dos Municípios do Alto Tietê (Amat) estaria conversando com a Queiroz Galvão para facilitar a implantação do aterro em Mogi. O secretário-executivo da entidade, Pedro Campos, foi firme ao desmentir as acusações. “A Amat não teve nenhuma conversa particular com a empresa. A associação tem buscado alternativas para o problema do lixo na região”, garantiu. |
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