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  EDITORIAL    
Mogi News |  24/03/2010
Publicado em 24|03|10
Editorial
Mão dupla
Quando a General Motors do Brasil resolveu instalar uma unidade no Taboão, em Mogi, após longo período de negociações, em 1995, houve quem questionasse o benefício que deveria ser trazido ao município pela vinda da multinacional. Numa área doada, a infraestrutura teria de ser propiciada pela administração municipal, naquele momento comandado pelo então prefeito Manoel Bezerra de Melo, o Padre Melo.
O cenário de estagnação da economia de Mogi parecia levar à descrença. Desde o início dos anos 80, quando foram abertas as rodovias dos Trabalhadores (hoje Ayrton Senna) e Mogi-Bertioga, a cidade, muito em razão de dificuldades de alinhamento político com o Estado, havia parado no tempo e no espaço. O ímpeto de Padre Melo naquele momento, embora bem-vindo, em razão da "água parada", era olhado com desconfiança por alguns mogianos. Eles argumentavam que entrar na guerra fiscal, que vivia seu auge naquele momento, era entregar as riquezas do município diante de contrapartidas incertas, que precisariam ser muito bem amarradas contratualmente pela Prefeitura.

O tempo passou e o efeito âncora da GM foi trazendo consigo o desenvolvimento, completando uma aura interessante de "boas energias", como a duplicação da rodovia Mogi-Dutra, a implantação lenta, gradual e turbulenta de uma política de atração de investimentos que permitisse a geração de empregos e receita, depois o fortalecimento no comércio e na construção civil, impulsionando a cidade a um "boom" de crescimento a que ainda hoje se assiste.

Quando a GM anuncia investimentos e empregos para a cidade, como o ocorrido oficialmente anteontem, o que se percebe é que Mogi, hoje, mais de uma década depois da implantação de uma unidade da montadora, é escancarada a investimentos e exerce na plenitude o poder de atração, seja em razão de sua excelente localização, encravada entre as vias Ayrton Senna e Presidente Dutra, um caminho resvalado por outras rodovias, como a Mogi-Guararema e a Mogi-Salesópolis, além de uma rota urbana, a Mogi-Itaquá, formando, assim, um elo entre a capital, o ABC, o Vale do Paraíba, a Baixada Santista e o litoral norte.

No somatório de tudo isso, Mogi teve a sorte de acumular as três últimas administrações voltadas para o desenvolvimentismo, mas com preocupações sociais. Foi assim nos oito anos de Junji Abe, o que tem prosseguido nesses quinze meses da gestão Marco Bertaiolli (DEM).

E aí se percebe que, para felicidade geral da cidade, a GM tem sido, desde que teve a abertura de sua unidade mogiana, uma alavanca para o sucesso, tendo também um papel social interessante, desde a manutenção e abertura de vagas de emprego e também no apoio a iniciativas como o Prêmio Mogi News de Responsabilidade Social, em suas edições e a abertura frequente de seu setor produtivo para cursos dedicados à formação de jovens.

Quem não acreditou no efeito extremamente positivo que poderia ser desencadeado pela GM menosprezou o futuro e se negou a planejá-lo, abrindo mão, para si e para a cidade, de plantar o trabalho para, tempos depois, passar a colher o desenvolvimento. Houve também a implantação quase concomitante do Núcleo Industrial da Vila São Francisco, em Brás Cubas, uma obra visionária do então secretário de Indústria e Comércio de Padre Melo, exatamente o hoje prefeito Marco Bertaiolli.

Quando se vê um anúncio oficial que revela a aplicação de R$ 50 milhões na unidade mogiana, isso afiançado pelo governador José Serra (PSDB), em solenidade oficial no Palácio dos Bandeirantes, é possível, enfim, aos descrentes, do estilo São Tomé, verificar que valeu a pena sonhar e, ao mesmo tempo, agir, planejar, prover, influir e, por último, colher os frutos.

Com os investimentos da GM, uma nova safra de desenvolvimento deverá chegar a Mogi. Uma cidade que ainda tem inúmeros problemas, mas que batalha para resolvê-los, merece prosseguir numa relação de mão dupla com a montadora, reeditando, em proporção bem menor, mas efetiva, o que ocorreu com o ABC Paulista, a partir dos anos 50, quando a indústria automobilística aportou na região.
 
   



 
 
 
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