Proteção das crianças

Sexta-feira, 04 de Junho de 2021


A ONU regulamentou em 1872 o 4 de junho como o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão. Foi uma forma de protesto, luto e reflexão por essa violência que, lamentavelmente, cresce em todos os países. Agressões físicas, psicológicas e mortes de bebês, crianças e adolescentes fazem parte do noticiário diariamente. São vítimas de espancamento, afogamento, envenenamento, queimadura, abuso sexual, trabalho escravo e homicídio.

O Brasil não foge à regra. O assassinato do menino de 4 anos, Henry Borel (supostamente, cometido pelo padrasto), no início de março, é um exemplo de inúmeros casos. Por essa razão, faço o apelo para redobrarmos a reflexão quanto à preocupante carência de proteção e de educação das nossas crianças, que vivem fase extremamente frágil em termos de construção de mentalidade, princípios, caráter e valores, visto muitas estarem privadas até de alimentação.

O Estatuto da Criança e do Adolescente garante constitucionalmente uma vida digna às crianças, num ambiente seguro para lhes proporcionar crescimento seguro, encaminhando-as para formação cívica e profissional. São deveres dos pais, famílias, comunidades, educadores, governantes e da população em geral. Contudo, vê-se que esses preceitos são ignorados diante dos aproximadamente 20 mil bebês, crianças e adolescentes vítimas de violência diária no Brasil. Informações são registradas pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani). O número representa 12% das 60 milhões de crianças menores de 14 anos de idade.

Especialistas orientam sobre como identificar sinais de que uma criança está sofrendo violência:
- Perturbação no sono: a criança tem dificuldade para dormir ou fica com o sono agitado, com pesadelos repetidamente.
- Alimentação: apetite pode aumentar ou diminuir, fugindo da regra habitual.
- Desempenho na escola: dificuldades de concentração, recusa na participação de atividades, queda no desempenho e aproveitamento escolar.
- Mudanças de comportamento bruscas e repentinas: podem envolver desde o desinteresse por atividades que costumam lhes dar prazer ou até apresentar medos que não possuíam antes.

Com solidariedade, empatia, responsabilidade e amor, vamos contribuir como orientadores e vigilantes da proteção de crianças e adolescentes! Ao constatar indícios de agressões, abusos e violência de qualquer natureza, disque 100, de qualquer parte do Brasil, e denuncie às autoridades. É o mínimo que podemos fazer pelo bem dos pequenos que são a nossa digna continuidade! #Disque100

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


Junji Abe Deputado Federal