Orgulho e aprendizado

Quarta-feira, 25 de Agosto de 2021


#DiaDoSoldado – Amigas e amigos, celebramos hoje, 25 de agosto, o Dia do Soldado, em homenagem ao Marechal Luís Alves de Lima e Silva, conhecido como Duque de Caxias e considerado o patrono do Exército Brasileiro. O ato oficial se deu em 25 de agosto de 1923, por meio do Aviso nº 443, baixado pelo então Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho.

De acordo com a hierarquia militar, soldado é o posto inicial para uma carreira militar, sucedido por cabo, sargento, subtenente, tenente, capitão, tenente-coronel, coronel, general e marechal. Para todo cidadão brasileiro, o serviço militar é obrigatório. Ao atingir 17 anos, o jovem deve alistar-se no Exército, Marinha ou Aeronáutica, que são subordinados ao Ministério de Defesa do Brasil. E, ao completar 18 anos, cumprir o serviço em uma unidade militar ou ser dispensado por justificativas regulamentadas. Para as mulheres, o serviço militar não é obrigatório; porém, a carreira militar está à disposição das interessadas.

Os deveres imputados ao soldado brasileiro são cumprir a legislação e a regulamentação a que estiver submetido com autoridade, determinação e dedicação; assumir a responsabilidade pelas decisões que tomar; com lealdade, cultuar a verdade, sinceridade e o saudável companheirismo; manter e cumprir fielmente os compromissos assumidos.

“Incorporando-me ao Exército Brasileiro, prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas e, com bondade, os subordinados. E dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida”. Este é o juramento a ser prestado pelo soldado diante da Bandeira Nacional.

Em 1959, com 19 anos de idade, tive a honra de servir o Exército Brasileiro, permanecendo por 12 meses no 6º Regimento de Infantaria do Exército Brasileiro, em Caçapava/SP, atualmente denominada de 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel). Era uma época em que não existia ônibus, ligando Mogi das Cruzes a Caçapava. Somente entre Mogi e Jacareí. Sábado à tarde, quando não tínhamos o indesejado plantão, ficávamos à beira da Rodovia Pres. Dutra, pedindo carona, com os braços levantados. Sempre apareciam os generosos caminhoneiros para oferecer a abençoada carona. Por incrível que pareça, a ida para Caçapava era uma viagem de luxo. Domingo, por volta das 19 horas, pegávamos um trem de luxo, o Trem de Aço (Central do Brasil), que fazia a ligação São Paulo-Rio de Janeiro. Daí, descíamos em Caçapava. Uma beleza!

Durante o serviço militar, realizei o curso para cabo (uma graduação acima de soldado) e modéstia à parte, aprovado com mérito, tornei-me Cabo do Exército Brasileiro. Ao dar baixa, em dezembro de 1959, tornei-me 3º Sargento da Reserva. Inquestionavelmente, foi um ano de aprendizado e lição de vida que completaram e consolidaram a primorosa educação do lar, recebida dos meus queridos pais e avós.

Servir o Exército Brasileiro, além de profunda honra, sedimentou minha vida de cidadão, por meio da disciplina, responsabilidade, sensibilidade, solidariedade e, acima de tudo, com robusto espírito de patriotismo, alicerçado em forte sentimento social. Na foto de 1959, a lembrança deste então cabo do Exército Brasileiro. #OrgulhoEAprendizado

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


Junji Abe Deputado Federal