Difícil recomeço

Terça-feira, 10 de Setembro de 2024


#SeguirEmFrente – “Esquecer o ex está difícil? Veja dicas para seguir em frente” é o título de matéria da Universa que traz relevante contribuição da psicóloga e professora universitária Ângela Teixeira. Sem qualquer pretensão de ser conselheiro matrimonial, psiquiatra ou terapeuta, achei interessante repassar os pontos principais da dissolução do relacionamento amoroso, que costuma trazer dores inimagináveis para ambos os lados e se torna dramático quando o casal tem filhos pequenos.

Conforme a revista PLOS ONE “o amor funciona como uma droga em nosso organismo e, quando rompemos, é como se estivéssemos passando por um período de abstinência”.
- No campo biológico: nós nos apaixonamos e, automaticamente, nosso corpo produz “dopamina”, conhecida como hormônio do prazer e “oxitocina” que é o hormônio do apego. Com o término da relação, o cérebro gera um estado de tristeza, quase idêntico à crise dos dependentes químicos.
- No campo psicológico: existem vários motivos para não conseguirmos esquecer um ex-amor. Desde o simples hábito da convivência até as formas mais profundas de amor e adoecimento.

Segundo os esclarecimentos, o período em que o sofrimento é enorme para o desapego chama-se “prazo para o luto”. Uma boa notícia vem da ciência que garante a mudança em três meses, após o rompimento. Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Minnesota/EUA, com 1,4 mil pessoas com as relações rompidas, descobriu que em média, todas estavam recuperadas em 11 semanas. Fatos científicos controversos dão prazo de aproximadamente 1 ano, enquanto há casos mais longos e outros sem superação.

Após 1 ano, quando o fato toma conta da rotina pessoal, impedindo o interesse por outras atividades, é fundamental submeter-se ao tratamento profissional de terapeuta, visando a “cognitiva comportamental”, que tem abordagem mais específica, breve e focada no problema atual do paciente.
O primeiro passo do tratamento é aceitar o fim. Em seguida, é hora de agir, livrando-se de objetos que trazem lembranças, inclusive conteúdo de celular e computadores, com consciência absoluta de passar uma régua no passado. O estudo demonstra que, com o tempo, após a superação do rompimento, as pessoas podem transformar o sentimento em amizade e carinho. Claro, uma relação pautada em falta de respeito e de afeto, dificilmente, se converterá em uma relação de paz.

É fundamental diferenciar a dor da obsessão, visto que a segunda é uma patologia. Isso acontece quando não se faz mais nada na vida a não ser arquitetar meios para alvejar a outra pessoa. São atitudes que geram angústia, ansiedade e depressão, atingindo o sistema límbico, responsável pelas nossas emoções. #DifícilRecomeço Segue link da matéria.

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


Junji Abe Deputado Federal