Contra a CPMF

Mais de 700 assinaturas em 2 horas

Ato público em Mogii, organizado por Junji e lideranças dos diversos segmentos sociais do Alto Tietê, faz parte da cruzada nacional contra o imposto

20/11/2010


Em menos de duas horas, mais de 700 pessoas aderiram ao Movimento CPMF Não! no Largo do Rosário, em Mogi das Cruzes. O ato público deu largada à mobilização do Alto Tietê contra a retomada da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, pretendida pelo governo federal. A iniciativa engrossa a cruzada nacional contra a cobrança, que promoveu uma série de protestos em diversos pontos do País, realizados, simultaneamente, às 11 horas deste sábado (20/11/10). Entidades comunitárias e lideranças dos diversos setores produtivos da Região, arregimentadas pelo deputado federal eleito Junji Abe (DEM), conduziram o show de cidadania.

“Foi um ato simbólico para chamar a atenção da população e fortalecer a divulgação do Movimento contra a cobrança com o lançamento do abaixo-assinado, no dia da semana, horário e local de maior movimentação na Cidade. A mobilização continua. Com a coleta de assinaturas pelas instituições participantes e pela internet (clique aqui)”, explicou Junji. Escolhido como sede do evento, o Largo do Rosário fica no coração de Mogi e liga os calçadões das Ruas Paulo Frontin e Dr. Deodato Wetheimer, sinônimo da mais expressiva e diversificada concentração comercial.

A proximidade das festas de final de ano e o dia ensolarado ampliaram muito o público em circulação na área. Atuaram na abordagem das pessoas mais de duas dezenas de voluntários, com folhetos explicativos nas mãos e pranchetas preparadas para angariar signatários no abaixo-assinado contra a CPMF. “A maioria já sabia do que se tratava e nem esperava as explicações. Já estava decidida a aderir”, contou o líder comunitário Sílvio Marques, da Associação dos Moradores e Produtores do Taboão, que coordenou o processo de coleta de assinaturas, com a experiência de quem colaborou para obter 27 mil adesões ao movimento contra a implantação do aterro sanitário em Mogi.

Segundo Manoel Camanho, gerente regional da Fiesp/Ciesp – Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, boa parte da adesões ocorreu por iniciativa das próprias pessoas que passavam pelo Largo do Rosário, viam a tenda do Movimento e entravam para assinar o documento de repúdio à volta da CPMF. “Teve uma senhora que assinou e voltou mais tarde trazendo o marido para assinar também”, registrou a multimídia Tatiana Corvisier, uma das voluntárias.

Animado com a participação popular, o presidente da 17ª Subsecção da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, Marco Antônio Soares Júnior, classificou o ato público como fundamental para esclarecer a população sobre os efeitos da retomada da cobrança no bolso do trabalhador. “Principalmente, das famílias menos favorecidas. O folheto explicativo mostra isto com clareza”, pontuou.

Compartilhando da opinião, o presidente do Sincomércio – Sindicato do Comércio Varejista, Airton Nogueira, ressaltou a importância de levar esclarecimentos à população. “Muita gente ainda pensa que não pagará a CPMF porque não usa cheque. Isto não é verdade, porque os efeitos do imposto estarão em tudo que você for comprar”, alertou.

“Infelizmente, a desinformação ainda é grande em relação à maior parte dos temas econômicos”, concordou Jacó de Souza, delegado municipal do Corecon-SP – Conselho Regional de Economia. Ele advertiu que, se a CPMF retornar, famílias com renda mensal até três salários mínimos serão as mais penalizadas.

A presença de conhecedores de questões econômicas e tributárias entre os voluntários do protesto contribuiu bastante para agregar mais signatários ao abaixo-assinado. “Sabia que quase 40% do preço que você pagou por este sorvete que está tomando são impostos?”, perguntou Camanho ao se deparar com um jovem que não entendia as razões do Movimento.

Revelando-se um notável executor do chamado corpo a corpo com a população, Marcos Bertalmio, presidente da Arpemei – Associação Regional das Pequenas e Médias Empresas Industriais, conquistou dezenas de signatários com boas justificativas. “Não é só quando a senhora tira dinheiro no banco que tem de pagar a CPMF. Este é um imposto que vai deixar tudo mais caro”, argumentou, diante da mulher que, a princípio, não via necessidade de aderir ao Movimento.

A manifestação em Mogi atraiu lideranças das cidades vizinhas. O vereador suzanense Israel Lacerda fez questão de comparecer ao ato público para aderir ao abaixo-assinado. “É um dever cívico rejeitar a CPMF”, justificou. O presidente do DEM Jovem de Poá, Almir Guarinho, também marcou presença no evento. “Se a sociedade não se manifestar e fazer valer seus direitos, não há como esperar melhorias no País”, observou. Ele que é um fiel contribuinte da divulgação do Movimento CPMF Não! no portal Criadores de Ideias e nas redes sociais de que participa.

Junji avaliou como “muito produtiva” a manifestação realizada em Mogi: “Não só pelo número de signatários do abaixo-assinado, mas pela oportunidade de difundir informações que mostram a necessidade de todos se unirem contra a volta da CPMF. O que me deixa mais satisfeito é que a população entendeu nossa mensagem”. Ele esclareceu que, na próxima semana, as instituições participantes do Movimento definirão os locais onde haverá coleta de assinaturas no abaixo-assinado.

Durante o próprio ato público, houve lideranças que levaram o impresso do abaixo-assinado para angariar mais adesões. Foi o caso de João Carlos Barbatti, do IB – Instituto Barbatti. O trabalho de coleta de assinaturas prosseguirá até a coordenação nacional, a cargo de João Mattar, decidir que há número suficiente de signatários para entrega do documento à Presidência da República, Senado e Câmara dos Deputados.

O deputado eleito enfatizou também que as pessoas podem aderir ao Movimento pela internet. No site http://www.junjiabe.com/cpmfnao, o internauta também encontrará a versão eletrônica do abaixo-assinado contra a retomada do tributo e a criação de qualquer outro que aumente a já elevada carga tributária existente no Brasil. Para assinar, basta acessar o endereço, clicar no item abaixo-assinado e informar os dados obrigatórios – nome, e-mail e RG. Pronto: a adesão estará completa. O documento online conta com mais de 13,7 mil assinaturas.

As características de manifestação cívica e sem coloração partidária também foram essenciais para fortalecer o Movimento CPMF Não!, na avaliação de Junji. Também prestigiaram o ato público o presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Fernando Ogawa; o 1º vice-diretor da Fiesp/Ciesp Alto Tietê, Renato Torquato Rissoni; Nelson Luiz Gasparin, da diretoria da AEAMC – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Mogi das Cruzes; o vereador mogiano Jean Lopes (PCdoB); o presidente do Diretório Municipal do PPS, Delmiro Goveia e o ex-vereador Luiz Alves Teixeira, entre outras lideranças regionais.

Estão engajadas na mobilização regional as seguintes instituições: ACMC – Associação Comercial de Mogi das Cruzes, AEAMC – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Mogi das Cruzes, Arpemei – Associação Regional das Pequenas e Médias Empresas Industriais, Associação dos Moradores e Produtores do Taboão, Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, Corecon-SP – Conselho Regional de Economia / Delegacia Mogi das Cruzes, Fiesp/Ciesp– Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo / Regional de Mogi das Cruzes, IB - Instituto Barbatti, Movimento Brás Cubas em Ação, OAB – Ordem dos Advogados do Brasil / 17ª Subsecção, Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, Sebrae-SP – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sincomércio – Sindicato do Comércio Varejista, Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo – Delegacia Alto Tietê, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes e SindusCon-SP / Delegacia de Mogi das Cruzes e Região.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com