Agricultura

Ministro garante apoio a propostas

Deputado irá apresentar plano de ações em benefício dos micro, pequenos e médios produtores rurais e o anteprojeto de um megacomplexo agrícola

22/02/2011


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Gonçalves Rossi, garantiu ao deputado federal Junji Abe (DEM-SP) que se esforçará para desenvolver instrumentos capazes de contemplar os micro, pequenos e médios produtores rurais com políticas públicas adequadas. Durante audiência nesta terça-feira (22/02/11), ele também recebeu com entusiasmo a proposta do parlamentar para implantação de um megacomplexo na Grande São Paulo, que concentraria comercialização e distribuição de produtos e insumos agrícolas a todo Brasil, entre outras atividades.

Para dar sequência às tratativas com Rossi, o deputado tem pela frente duas missões. Uma delas é elaborar o plano de ações contendo as medidas que Junji considera fundamentais para atender as necessidades dos micro, pequenos e médios produtores rurais. A outra é desenvolver o anteprojeto do megacomplexo. “O ministro conhece bem os problemas que relatei e foi extremamente receptivo. É uma grande satisfação conversar com ele – culto, sensível e sempre bem informado”, avaliou o parlamentar.

Após enfatizar seu propósito de trabalhar em conjunto com o Ministério pelo bem do agronegócio, Junji pinçou o problema comum aos agricultores do Brasil inteiro que cultivam itens destinados ao mercado interno, como verduras, legumes, tubérculos, frutas, feijão e flores, entre outros: a falta de políticas agrícolas voltadas ao segmento que concentra, na quase totalidade, micro, pequenos e médios produtores rurais.

“São aqueles que estão acima da chamada agricultura familiar e não se enquadram no Pronaf. Da mesma forma, como não atuam com grandes culturas de exportação que geram as commodities, não recebem incentivo. Portanto, ficam sem qualquer atenção do governo”, explicou. Junji destacou ainda que todos os segmentos são essenciais ao agronegócio, “a grande alavanca do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional”. Por este motivo, completou ele, os micro, pequenos e médios produtores não podem permanecer à margem dos cuidados do governo.

Junji esclareceu as origens da situação dramática vivida pela grande maioria desses produtores. Como produtor e líder rural, o deputado sentiu na pele os efeitos catastróficos da escalada inflacionária que detonou as condições de mercado para a atividade e esfacelou as cooperativas agrícolas forçando milhares a abandonarem o campo. Tudo isto, somado ao sucateamento da Ceagesp – Central de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, o principal canal de escoamento da produção agrícola.

Completando o raciocínio, o deputado traçou um breve perfil dessa categoria: “Quem lida com os hortifrutiflorigranjeiros ocupa pequenas áreas nas várias regiões do País, dedica-se à policultura – produzindo sempre mais de duas ou três variedades, é altamente técnico, tem boas noções de todas as etapas da cadeia produtiva – antes e depois da porteira –, garante o abastecimento do mercado interno e, infelizmente, nunca teve o devido reconhecimento ficando alijado de qualquer política de incentivo”. O ministro concordou com a avaliação de Junji. “Tenho certeza de que poderemos trabalhar bem juntos, somando conhecimentos”, adicionou Rossi.

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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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