Pró-Agronegócio

Faesp apoia ações do deputado

Federação da Agricultura do Estado de São Paulo garante respaldo ao trabalho de Junji pela adoção de políticas públicas dirigidas aos hortifrutiflorigranjeiros

21/04/2011


O presidente da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Fábio de Salles Meirelles, respalda integralmente as ações desenvolvidas pelo deputado federal Junji Abe (DEM-SP) para fortalecer o agronegócio, principalmente, a implantação de políticas públicas direcionadas aos micro, pequenos e médios produtores de hortifrutiflorigranjeiros. Ele anunciou o apoio esta semana, durante encontro com o parlamentar na sede da entidade, representante máxima do setor agrícola no território paulista.

Em fase final de preparativos para lançar a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, Junji fez questão de procurar Meirelles e detalhar os objetivos do grupo que já reúne 21 senadores e 202 deputados federais, totalizando 223 adeptos, número bem superior ao quórum de 198 membros, exigido para constituir a representação.

A Frente foi idealizada por Junji com o principal objetivo de batalhar pela implantação de políticas públicas direcionadas às cadeias produtivas desse segmento agrícola que, segundo o deputado, estão excluídas de qualquer incentivo. “São as cadeias produtivas de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens produzidos para atender o mercado interno”.

De acordo com o parlamentar, o segmento de hortifrutiflorigranjeiros abrange as culturas que não recebem qualquer atenção governamental porque não se enquadram nos critérios de agricultura familiar, amparada pelo Pronaf, e nem são produtos de exportação que geram commodities e respondem pelo superávit brasileiro, como os do setor sucroalcooleiro, citricultura, cafeicultura e sojicultura, entre outros.

“No Estado de São Paulo, estão os maiores polos produtivos de hortifrutiflorigranjeiros e a sensibilização do Poder Público depende da participação direta das bases, dando suporte ao que estamos defendendo no Congresso Nacional”, observou Junji, acrescentando que o respaldo da Faesp é fundamental para garantir a mobilização dos produtores paulistas pelo avanço dos trabalhos da Frente.

O deputado lembrou que Meirelles também preside o Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, entidade de grande importância para contribuir com a evolução das ações da Frente Parlamentar, considerando que o grupo visa reforçar a batalha pela adoção de dispositivos que beneficiem não apenas os produtores, mas toda cadeia produtiva de cada item do segmento de hortifrutiflorigranjeiros.

Desde a área de pesquisa, desenvolvimento de variedades e extensão rural, passando pela fabricação e venda de insumos – sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros –, produção agrícola, centrais de higienização e processamento, canais de comercialização, cooperativas, organizações associativas e transporte até a mesa do consumidor.

Alerta
A participação direta da Faesp e do Senar nos trabalhos desenvolvidos pela Frente Parlamentar em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros tem o condão de contribuir com outra luta deflagrada pelo deputado federal Junji Abe: derrubar a falsa acusação de que os produtores de hortícolas contaminam suas lavouras com “veneno” e ameaçam a saúde pública.

“É um descalabro o que vem sendo difundido por determinadas entidades onde há pseudolíderes a serviço de dirigentes extremistas de organizações como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra). De forma genérica, dizem que verduras, legumes e frutas estão contaminados com veneno, além de atacar ferozmente o agronegócio que dizem ser o câncer que está acabando com o Brasil para servir o capitalismo internacional”, protestou Junji.

Ao falar sobre o assunto, nesta segunda-feira (18/04/11), com o presidente da Faesp/Senar, Fábio de Salles Meirelles, o deputado mostrou um dos panfletos distribuídos por essas entidades. O impresso traz, em destaque, a foto de um produtor cuidando da lavoura e imagens menores de verduras, legumes e frutas debaixo da caveira que simboliza veneno.

“É um ataque descabido e irresponsável. Põe no agricultor o rótulo de assassino e desperta no consumidor uma suspeita infundada”, bradou Junji, recebendo do dirigente rural imediata solidariedade no repúdio à propaganda enganosa.

Na visão de Junji, os produtores rurais precisam ser advertidos para deflagrarem uma grande mobilização contra a falsa acusação e, principalmente, desenvolverem uma campanha de esclarecimento ao consumidor. Lamentavelmente, observou o deputado, o uso de defensivos agrícolas nas plantações é alvo de “gente mal intencionada” que transforma uma técnica necessária em sinônimo de contaminação.

Igualmente indignado com as acusações “descabidas”, Meirelles empenhou total apoio da Faesp e do Senar no trabalho junto aos produtores, por meio dos sindicatos e associações rurais. Junji contou ao presidente que a propagação da falsa denúncia de contaminação já preocupa lideranças de Mogi das Cruzes, um dos principais polos paulistas na produção de hortaliças e flores.

Na sexta-feira (15/04/11), o deputado recebeu o presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Fernando Ogawa, e o agrônomo Renato Abdo. Eles pediram a ajuda de Junji para protestar contra a injusta difamação dos produtores que correm o risco de ter sua atividade inviabilizada por conta da “boataria profissional” em torno da falsa contaminação de hortaliças e frutas.

Saúde na produção
O deputado federal Junji Abe já havia feito uma defesa contundente dos produtores rurais, durante audiência pública realizada este mês (07/04/11), na Câmara Federal, pela Comissão de Seguridade Social e Família para debater a comercialização, fiscalização e utilização de defensivos agrícolas nas lavouras do País e o risco de contaminação dos alimentos e demais produtos.

Único deputado a participar do evento e defender os produtores rurais brasileiros, Junji clamou por medidas educativas no lugar das punitivas. “O agricultor vive daquilo que cultiva. Se o seu produto fizer mal à saúde do consumidor, ele perderá sua fonte de renda. Não existe vilão. O que existe é o descaso do Brasil em investir na qualificação do profissional do campo”, evidenciou.

Não bastasse, o parlamentar rebateu os participantes que cultuavam a agricultura orgânica como a única alternativa para garantir alimentos saudáveis. Ele disse que um simples comprimido para dor de cabeça, usado sem orientação ou em dosagem inadequada vira veneno. “Mesmo sendo um medicamento aprovado pela Anvisa, assim como ocorre com os defensivos agrícolas comercializados no mercado”, comparou, acrescentando que, se a agricultura orgânica pudesse ser e fosse adotada nas culturas de extensão, “90% da população mundial morreriam de fome”.

A cultura orgânica, segundo o deputado, não garante produção em larga escala. Além disso, no caso da horticultura, sofre rejeição do consumidor por outros dois fatores: aparência e preço – custam cerca de 30% mais caros que os convencionais.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
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