Jundiapeba

Junji cobra agência bancária

Deputado prepara dossiê sobre potencial sócio-econômico para desfazer conceito equivocado formado pela direção do Banco do Brasil sobre a localidade mogiana

05/05/2011


Um dossiê contendo informações e imagens sobre o potencial sócio-econômico do Distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, começa a ser preparado pelo deputado federal Junji Abe (DEM-SP). Ele decidiu produzir o material ao se reunir com o diretor-executivo da Unidade de Gestão de Canais do Banco do Brasil, Simão Luiz, nesta quinta-feira (05/05/2011), quando foi solicitar a instalação de uma agência bancária e acabou surpreendido pelo conceito “totalmente equivocado” formado pela direção da instituição sobre a localidade mogiana.

“Não sei quem fez a análise, mas eu lhe asseguro: os dados constantes nesse processo são irreais. E vou provar, com fatos e fotos, que o Distrito de Jundiapeba é bem-estruturado, apresenta bom nível de segurança, acolhe uma população ordeira e tem potencial econômico-financeiro que supera em 30 vezes o de outros municípios paulistas e até em 50 vezes o de cidades de vários estados brasileiros”, arremessou Junji ao diretor do Banco do Brasil, reivindicando uma nova análise sobre a viabilidade técnica do local para receber uma agência da instituição.

A indignação do parlamentar surgiu em decorrência das informações disponíveis no processo que descredenciavam o Distrito para receber uma agência bancária por registrar alto índice de violência e ser habitado por moradores de baixo potencial financeiro. Junji disse que o perfil “até poderia ser verdadeiro uma década atrás”, mas a realidade atual é radicalmente diferente.

Ao ouvir uma sintética, porém contundente, exposição do deputado sobre as características econômicas e sociais de Jundiapeba, o diretor do Banco do Brasil anunciou que determinará nova análise sobre o pedido, tão logo receba o dossiê a ser preparado por Junji. Contudo, Luiz antecipou que um plano de expansão de agências será deflagrado somente a partir de 2012. A fase atual, segundo ele, é de adequação dos pontos de atendimento por conta da incorporação da Nossa Caixa pela instituição.

Após a nova análise, se não houver parecer favorável do Banco do Brasil à instalação da agência bancária, o deputado adiantou que buscará alternativas, mas não descansará enquanto a população de Jundiapeba amargar essa carência, arrastada desde a década de 90.

Observando que os moradores de Jundiapeba são obrigados a se deslocar até o Distrito de Braz Cubas ou percorrer cerca de dez quilômetros até a área central da Cidade para buscar atendimento bancário, Junji assinalou: “É inconcebível a inexistência do serviço numa localidade com dimensão territorial de 50 quilômetros quadrados, 75 mil habitantes, infra-estrutura com expoentes sem igual na Grande São Paulo e marcada pelo extraordinário desenvolvimento de múltiplas atividades econômicas que incluem até um dos melhores complexos hoteleiros do Estado”.

Defesa feroz
Mogiano, com o histórico de ter governado Mogi das Cruzes por oito anos seguidos, o deputado federal Junji Abe virou uma fera ao constatar o conceito existente no Banco do Brasil sobre Jundiapeba. Disparou um arsenal de informações sobre as potencialidades do Distrito que surpreendeu o diretor-executivo da Unidade de Gestão de Canais, Simão Luiz.

Com privilegiada memória, inclusive para datas e números, o parlamentar fez questão de sintetizar a trajetória do Distrito, desde sua chegada à Prefeitura mogiana, em 2001, até os dias de hoje. Ao longo dos oito anos como prefeito, Junji contou que implantou uma série de programas sociais voltados a todas as faixas etárias, instalou diversos equipamentos urbanos como escolas, creches, um novo posto de saúde e atendimento 24 horas no antigo.

Além disso, expandiu serviços públicos, como as unidades do CRAS – Centro Referência de Assistência Social, do CIC – Centro Integrado de Cidadania e do CIP – Centro de Iniciação Profissional. Muitas das ações desenvolvidas pelo ex-prefeito, até então, eram inéditas na Grande São Paulo.

Em Jundiapeba, funciona uma Escola Ambiental, conhecida mundialmente pela proposta arrojada de ser um centro de pesquisas e formação de professores, além de orientação ambiental a estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental.

A Sala de Música da Escola Municipal Professor Mário Portes é outra unidade que tem reconhecimento por parte de profissionais de todo o Brasil, como relatou Junji. O local, construído com isolamento acústico e total conforto, propicia condições adequadas para a evolução da premiada Banda Sinfônica Mário Portes.

No quesito segurança, Junji pinçou como exemplo a Base Comunitária da Polícia Militar – Chuzaichô, inaugurada no Bairro de Pindorama em abril do ano passado. “Foi a primeira do Estado”, frisou, explicando que se trata de unidade inspirada no modelo japonês, que adota uma nova forma de integração da PM com os moradores. “O policial mora no local com sua família. Isto o transforma em parte da comunidade. Existe uma relação de identidade com os habitantes locais e o conhecimento que ele passa a ter do Bairro multiplica a eficiência das ações da Polícia”.

O deputado lembrou que o atual prefeito Marco Bertaiolli (DEM) mantém o ritmo de investimentos no Distrito. É o caso da Unica – Unidade Clínica Ambulatorial, um centro de especialidades médicas voltado para o diagnóstico e o tratamento de crianças, mulheres, homens e idosos, incluindo uma nova unidade do Pró-Hiper, com academia de ginástica e piscina coberta e aquecida para práticas esportivas.

Não bastasse, Junji pincelou investimentos privados de grande expressão, como o condomínio residencial, dirigido à classe média, onde vivem 700 famílias, e o Hotel Paradise Golf & Lake Resort, que figura entre os preferidos das celebridades brasileiras, entre outros. “Por esses e muitos outros motivos, saiba que Jundiapeba nada tem a ver com a imagem que o Banco do Brasil utilizou para analisar a viabilidade de instalação da agência bancária no local”, reforçou o parlamentar, que levou para a reunião seu chefe de Gabinete em Brasília, Bob Santos.

Na condição de organização empresarial, o Banco do Brasil precisa avaliar a relação custo-benefício de um investimento, como pontuou Junji, revelando que o diretor quis saber com qual instituição bancária a Prefeitura opera para pagamento dos funcionários. No entanto, lamentou o deputado, nenhuma análise pode ser efetivada a partir de bases errôneas ou, no mínimo, desatualizadas, a exemplo do que ocorreu com Jundiapeba.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com