Lixão Não!

Deputado reafirma luta contra lixão

Ao participar da Festa do Yakissoba, no Itapeti, deputado manifesta irrestrito apoio à comunidade na batalha para impedir instalação de aterro sanitário no local

24/05/2011


A comunidade do Bairro do Itapeti, assim como toda a população de Mogi das Cruzes e Região que repudia a instalação do aterro sanitário no Distrito Industrial do Taboão, pretendida pela empresa Queiroz Galvão, tem o irrestrito apoio do deputado federal Junji Abe (DEM-SP). Ao participar da Festa do Yakissoba, promovida pela Associação Cultural e Agrícola Itapeti, ele reiterou a “firme disposição de manter-se na luta contra o malfadado empreendimento que ameaça sepultar o único local existente na Cidade para comportar a expansão do agronegócio e do setor industrial, além de colocar em risco iminente a biodiversidade e de ignorar a manifesta aversão de milhares de habitantes”.

Segundo Junji, a operação de um aterro sanitário no Taboão, “de cara”, exterminaria a atividade rural em um dos mais prósperos polos agrícolas da Grande São Paulo, representado pela região do Itapeti e bairros vizinhos. “É uma violência que a empreitada tenha avançado à revelia dos protestos da população organizada no Movimento Aterro Não”, analisou.

Com a experiência de quem enfrentou quase uma década de sucessivas batalhas para tentar sepultar o projeto ao longo de seus dois mandatos como prefeito de Mogi das Cruzes, Junji lembrou que a audiência pública sobre o empreendimento só foi bloqueada com intervenção judicial. Na ocasião, o então, governador Cláudio Lembo, foi sensível à causa da população e determinou o arquivamento do processo, ressuscitado em 2009.

O deputado relatou que os órgãos ambientais ignoraram o exame técnico da Prefeitura sobre o EIA-RIMA do empreendimento. “Apontamos 22 impactos de ordem ambiental, econômica, de vizinhança e até de sistema viário para impedir o aterro”, observou, acrescentando que a atual administração tenta, a todo custo, impedir a realização da audiência pública conseguida pela empresa, junto ao Consema – Conselho Estadual do Meio Ambiente, para 21 de junho.

Um ponto importante rememorado pelo deputado foi o aspecto hídrico que representa mais um empecilho ao empreendimento. A área pretendida pela empresa para instalar o aterro fica próxima a dois córregos que são afluentes do Rio Parateí. A eventual contaminação do lençol freático, além de causar sérios danos ao meio ambiente, é ameaça flagrante à saúde pública, como assinalou Junji, acrescentando que o Parateí deságua no Rio Paraíba do Sul, que abastece dezenas de cidades do Vale do Paraíba e Rio de Janeiro.

Há outros fatores irrefutáveis para rejeitar o aterro, de acordo com Junji. Entre as décadas de 80 e 90, aproximadamente 35 quilômetros quadrados (km²) de terras férteis e produtivas de Mogi foram inundadas pelas Barragens dos Rios Taiaçupeba, Jundiaí e Biritiba Mirim com a finalidade de abastecer várias cidades da Grande São Paulo.

"Só restou a região do Taboão (Distrito Industrial regulamentado por Leis Estadual e Municipal) para que tenhamos perspectivas de crescimento econômico e social, inclusive para atender a população das vizinhas Salesópolis e Biritiba Mirim, que dependem muito do desenvolvimento de Mogi", comentou, em alusão à Lei de Proteção aos Mananciais que restringiu o desenvolvimento da Cidade, tanto na agricultura como na indústria e demais setores econômicos.

Recepcionado no domingo (22/05/2011) pelo presidente da Associação, Hideo Kasuya, e pelo diretor Nelson Takeyoshi, Junji reiterou seu compromisso de defesa intransigente do território mogiano contra a instalação do aterro. E alertou: “Ninguém pode esmorecer e nem recuar. Vamos sustentar nossa união mantendo aceso o movimento em repúdio ao lixão. Agora, mais que nunca, precisamos evitar que o projeto avance com a realização da audiência pública”.

Junji também enalteceu o trabalho da Associação Cultural e Agrícola Itapeti em benefício da comunidade. “Seguindo o exemplo de boas entidades ligadas à comunidade nipo-brasileira, promove eventos como a Festa do Yakissoba que, além de estimular maior entrosamento entre os moradores do Bairro, propicia recursos financeiros para melhorias na instituição e ainda permite importantes investimentos como a oferta de cursos voltados à qualificação profissional”, sublinhou.

Durante a visita à entidade, o deputado fez questão de conhecer a equipe de voluntárias que se esmerava na preparação do yakissoba. São cerca de 30 mulheres que, segundo ele, “dedicam seu tempo e talento” para ajudar a associação e, consequentemente, a comunidade.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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