Flores e Plantas Ornamentais

Maior polo produtor do País

Na abertura da 20° ExpoAflord, Junji mostra importância da Região da Dutra, formada por Mogi das Cruzes, Arujá, Guararema e Jacareí, para o agronegócio brasileiro

22/08/2011


A chamada Região da Dutra, formada pelos municípios de Mogi das Cruzes, Arujá, Guararema e Jacareí, na Grande São Paulo, constitui o maior polo produtor de flores e plantas ornamentais do País. A informação, dada pelo deputado federal Junji Abe (DEM-SP), na abertura da 20° ExpoAflord, neste sábado (20/08/2011), embasou o pronunciamento do parlamentar sobre a importância do setor para o agronegócio brasileiro e a valiosa contribuição do evento para apresentar ao consumidor as múltiplas inovações lançadas pelos floricultores.

Realizado em Arujá pela Aflord – Associação dos Floricultores da Região da Dutra, presidida por Luiz Ishikawa, o evento brinda os olhos dos visitantes com um cenário multicolorido e perfumado, cuidadosamente preparado para encantar. “Além da competência e profissionalismo da organização para exibir a imensa variedade de flores e plantas ornamentais, há o esmero na decoração e preparo dos arranjos. Tudo isto faz da ExpoAflord, senão a mais bela, uma das mais bonitas exposições do gênero no Brasil”, sentenciou Junji, com a experiência de seus mais de 40 anos de atuação como líder rural.

Para dimensionar a importância da produção nacional de flores e plantas ornamentais para fortalecer o agronegócio no País, Junji deu números. O segmento fechou o ano de 2010, movimentando nada menos que R$ 4,4 bilhões, sem incluir os valores referentes aos insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas, por exemplo.

O significativo PIB – Produto Interno Bruto do setor vem do trabalho de 7,2 mil produtores que cultivam 9 mil hectares (90 milhões de metros quadrados), a céu aberto e em estufas, gerando 99 mil empregos diretos e 738 mil indiretos – somente em produção, transporte, atacado e varejo.

Mesmo assim, pontuou o deputado, o consumo nacional desses produtos é muito baixo no Brasil. Cada brasileiro gasta US$ 9 dólares, o equivalente a R$ 14, por ano em flores e plantas ornamentais. Na Suíça, o gasto per capita anual é de US$ 174; na Noruega, US$ 164; na Áustria, US$ 109; na Holanda, US$ 80; nos Estados Unidos, US$ 58; Japão, US$ 45; e Inglaterra, US$ 30. Até o argentino compra mais que o brasileiro: US$ 25 por ano.

Um dos fatores que contribuem para a excelente performance dos produtores da Região da Dutra são a condições climáticas da localidade. Segundo Junji, a proximidade com a Serra do Mar e a alta umidade relativa do ar “são extremamente favoráveis para esses cultivares”. Mas, o essencial são a dedicação e a competência dos floricultores, como assinalou o deputado.

Junji também assinalou que o setor tem uma grande aliada no Congresso Nacional. Trata-se da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, a Pró-Horti. Presidido por ele, o grupo de deputados e senadores batalha pela implantação de políticas públicas direcionadas ao segmento de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores, plantas ornamentais e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno.

Tarifaço
Ao frisar que os bons resultados dos trabalhos desenvolvidos em Brasília dependem da participação direta de todos os atores da cadeia produtiva, o deputado federal Junji Abe surpreendeu o público com a informação de que grande parte dos produtores paulistas estava prestes a arcar com um tarifaço de energia elétrica.

O peso da conta chegaria ao bolso dos consumidores rurais assim que as concessionárias colocassem em prática a Resolução Normativa (n° 414) da – Agência Nacional de Energia Elétrica, datada de 9 de setembro do ano passado.

“Felizmente, no Estado de São Paulo, a mudança ainda não havia sido aplicada e conseguimos barrar a medida às vésperas da cobrança prejudicial”, observou o deputado. Graças a mobilização de Junji e demais integrantes da FPA – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Agropecuária, a Aneel voltou atrás no regulamento que restringia a aplicação da tarifa reduzida às propriedades destinadas à produção de alimentos, determinando o fim do benefício para as demais atividades rurais.

Após manifestação de repúdio da FPA, o diretor da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, anunciou, em audiência na quarta-feira (17/08/2011), a decisão da agência de alterar a resolução para devolver o benefício a todas as categorias rurais que, historicamente, já estavam enquadradas na tarifa reduzida.

De acordo com o deputado, se o regulamento da Aneel fosse mantido, seriam penalizados com o tarifaço os produtores de flores, plantas ornamentais, algodão, do setor sucroalcooleiro – exceto a cana de açúcar –, bicho da seda, tabaco, a silvicultura, centros de reprodução de matrizes de qualquer animal, avicultores, criadores de cavalos “e toda a gama de atores que movimentam o agronegócio brasileiro”.

Também participaram da abertura da 20° ExpoAflord o prefeito de Arujá, Abel Larini (PR), o vice-prefeito Luiz Alves, o Luiz Bananeiro (PSDB), o presidente da Câmara local, Abel Franco Larini (PR), o cônsul-adjunto do Japão em São Paulo, Tsuyoshi Narita e os deputados federal Walter Ihoshi (DEM-SP), estaduais Luiz Carlos Gondim (PPS) e Jooji Hato (PMDB, o vereador arujaense Hassin Ali Hammoud, o Hassune (DEM), o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, Kioshi Harada, e os presidentes dos Sindicatos Rurais de Mogi das Cruzes, Fernando Ogawa, e de São Paulo, Yuichi Ide, entre outras autoridades e lideranças.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
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