Saúde da Mulher

Destaque como gestor público

No lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Saúde da Mulher, iniciativas do ex-prefeito são apontadas como exemplares, como a clínica especializada Pró-Mulher

27/10/2011


Todo gestor público que se preze tem de focar o bem-estar das pessoas. Cuidar do ser humano é uma tarefa que começa quando ele ainda está na barriga da mãe. A mulher, geradora da vida, precisa ser o principal alvo das políticas públicas nos diferentes setores. Com esse raciocínio, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) revolucionou a saúde pública em Mogi das Cruzes, município paulista que governou por oito anos seguidos (2001-2008), com iniciativas dirigidas a todos os segmentos sociais, priorizando o atendimento ao público feminino.

O trabalho de Junji como prefeito ganhou destaque no lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Saúde da Mulher, presidida pela deputada Elaine Abissamra (PSB-SP). Ambos os parlamentares são da Região do Alto Tietê, na Grande São Paulo. Elaine falou sobre a importância das ações desenvolvidas para garantir atendimento específico às mulheres.

Acompanhada do marido, o prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Abissamra (PSB), Elaine colocou em evidência as duas unidades do Pró-Mulher, clínica médica sem precedentes, dotada de modernos equipamentos e profissionais especializados para garantir atendimento ao público feminino, com eficiência e agilidade. Nas instalações também são desenvolvidos programas para prevenção de doenças, planejamento familiar e orientação nutricional, entre outros.

Dados apresentados pela deputada no lançamento da Frente, nesta quarta-feira (26/10/2011), mostram que o câncer de mama mata 10 mil mulheres por ano. Não menos grave, o câncer no colo do útero faz, anualmente, cinco mil vítimas fatais. “Isso reflete a soma da desinformação com as deficiências da saúde pública”, critica Junji, ao cobrar políticas públicas efetivas para prevenção, diagnóstico e tratamento.

Na opinião do parlamentar, é necessário garantir às mulheres o devido acesso à informação, assim como agilidade no atendimento para exames clínicos periódicos e eficácia no tratamento das pacientes. Junji citou o martírio de quem precisa de uma ultrassonografia ou mamografia na rede pública. “Foi para melhorar a assistência que criamos o Pró-Mulher”, observou.

Integrante da recém-instalada Frente, Junji elogiou a iniciativa de Elaine que chegou “há pouco tempo na Casa e já vem desenvolvendo um trabalho de extrema importância”. Ele disse que a atuação do grupo fortalece as ações parlamentares junto ao governo em defesa de melhorias na saúde da mulher.

Sacrifícios
O deputado federal Junji Abe apontou que as falhas do sistema público de saúde vão além da ausência ou precariedade dos programas de prevenção e diagnóstico. “Os pacientes com câncer vêm enfrentando sacrifícios inomináveis em regiões como o Alto Tietê e Vale do Paraíba”, acrescentou, referindo-se aos limites fixados para instituições que prestam assistência a quem depende da rede pública.

Em Mogi das Cruzes, o Centro Oncológico de Mogi das Cruzes e o Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías Rodrigues – as duas unidades referenciais do Alto Tietê para tratamento de pacientes com diagnóstico de câncer – chegaram a suspender o atendimento porque ultrapassaram a cota estabelecida no convênio com o SUS – Sistema Único de Saúde.

Em Guaratinguetá, o Hospital e Maternidade Frei Galvão enfrenta situação semelhante. Referência regional para 16 municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte, além de receber pessoas do sul de Minas Gerais, a instituição filantrópica enfrenta grave crise financeira resultante da defasagem dos repasses em relação aos custos dos atendimentos realizados.

De acordo com o deputado, o ponto crucial para melhorar a assistência aos pacientes da rede pública é acabar com os limites fixados para instituições conveniadas. “Não faz sentido ter um teto que, se atingido, impeça os atendimentos e deixe as pessoas amargando total desamparo”, criticou, defendendo que as entidades parceiras recebam os repasses necessários para suprir as demandas.

As instituições conveniadas devem prestar atendimento aos pacientes SUS até o limite das respectivas capacidades, obtendo os repasses necessários para custear os tratamentos, na avaliação de Junji. Ainda segundo ele, caberia às entidades apenas realizar a devida prestação de contas sobre os valores recebidos.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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