Hortifrútis

Abastecimento do Brasil sob risco

Junji alerta que a Secretaria de Transportes de São Paulo tem até dia 12 para rever proibição do tráfego de caminhões de perecíveis, caso contrário, Ceagesp vai parar

21/12/2011


Está prevista para o próximo dia 12 de janeiro, o início da aplicação de multas para quem desrespeitar a proibição para o tráfego de caminhões em extensos horários, ao longo de vastos e importantes trechos da Capital paulista, como as Marginais do Tietê e Pinheiros. Antes desta data, os técnicos da Secretaria Municipal de Transportes terão de encontrar meios de flexibilizar as restrições para impedir o desabastecimento generalizado de verduras, legumes, frutas, cogumelos, pescados, flores, plantas ornamentais e outros produtos perecíveis em todo o Brasil, por conta da paralisação das atividades da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, o maior complexo de abastecimento da América Latina.

O alerta foi dado pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), nesta quarta-feira (21/12/2011), durante audiência com o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Marcelo Cardinale Branco, que designou um grupo técnico para analisar, em conjunto com a comissão de lideranças do agronegócio – constituída por sugestão do parlamentar – para estudar medidas capazes de viabilizar o transporte de produtos perecíveis, possibilitando a entrada e saída de cargas no entreposto paulistano da Ceagesp, de onde saem as mercadorias destinadas aos paulistas e aos consumidores dos diversos estados brasileiros.

O cerco aos veículos de carga foi ampliado pela Prefeitura na semana passada (12/12), quando a restrição atingiu também a Marginal do Tietê e outras oito, classificadas como VER – Vias Estruturais Restritas. Com a medida, o tráfego de caminhões foi proibido de segunda a sexta-feira, entre as 4 e 10 horas, e das 16 às 22 horas; e sábados, das 10 às 14 horas. Por enquanto, a determinação vigora em caráter educativo, com início da fiscalização a partir de 12 de janeiro próximo. Mesmo para circularem nos horários livres de restrição, os veículos pesados precisam estar cadastrados junto à administração municipal, processo efetuado apenas pela internet.

Acompanhado de lideranças das cadeias produtivas do agronegócio, Junji mostrou ao secretário o impacto das restrições sobre o setor e as consequências desastrosas para o abastecimento de todo País, caso a medida seja implantada sem revisão. A proibição afeta o horário de pico de distribuição de perecíveis, impedindo tanto a chegada quanto a saída de cargas nos principais centros de comercialização de hortigranjeiros de São Paulo, incluindo os Mercados da Cantareira, da Lapa, Zona Cerealista e toda rede de hiper e supermercados.

Assim como o prefeito Gilberto Kassab (PSD), com quem Junji se reuniu na terça-feira (20/12), o secretário mostrou-se solidário à necessidade de equacionar os problemas enumerados pelo deputado. Depois de manifestar o propósito de “esforço máximo” para sanear os conflitos causados pela restrição ao tráfego de caminhões de perecíveis, Branco convocou o grupo técnico da Pasta para análise da situação.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
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