Proibição aos Caminhões

Comissão discute alternativas

Por sugestão de Junji, grupo de lideranças trabalha em conjunto com técnicos da CET na solução de problemas gerados por adoção da medida sem a participação dos setores envolvidos

21/12/2011


A origem dos problemas causados pelas restrições ao tráfego de caminhões em importantes vias de São Paulo resulta da arbitrariedade na definição das normas. “A medida nasceu, exclusivamente, da visão dos técnicos, sem que fossem ouvidos os setores envolvidos e diretamente afetados por ela”, avaliou o deputado federal Junji Abe (PSD-SP), em audiência na Secretaria Municipal de Transportes, nesta quarta-feira (21/12/2011).

Defensor da participação da sociedade na busca de soluções para as diversas questões urbanas, Junji frisou a urgência de corrigir a distorção. “Pelo bem da cidade de São Paulo, dos paulistas e de todo o Brasil”, apontou, ao propor a criação de uma comissão para tratar do assunto, imediatamente acolhida pelo secretário municipal de Transportes, Marcelo Branco, e pelo grupo técnico da Pasta.

“A reunião valeu para mostrar que não adianta adotar medidas sem a participação das entidades que congregam os setores afetados. Neste caso, as cadeias produtivas de hortifrutiflorigranjeiros e pescados”, analisou Junji que preside na Câmara Federal a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.

Para facilitar o andamento dos trabalhos, as lideranças participantes do encontro decidiram em consenso a formação da comissão, de cinco integrantes, encarregada de representar as cadeias produtivas de produtos perecíveis na discussão das restrições ao tráfego pesado na Capital.

Independente de ser final de ano, os grupos trabalharão juntos no sentido de encontrar alternativas viáveis para as restrições ao tráfego de caminhões na Capital, como afirmou Junji. Acolhendo sugestão do deputado, a comissão levará para a próxima reunião uma minuta contendo todos os problemas ocasionados pela proibição, assim como as alternativas apontadas por cada um dos segmentos que compõem as cadeias produtivas do agronegócio.

Um dos pontos a ser debatido no próximo encontro da comissão com os técnicos é a proposta para liberar das restrições ao tráfego todos os caminhões cadastrados, que transportam produtos perecíveis.

Outras duas sugestões, vindas das lideranças do setor, estarão em pauta. Uma delas prevê a instalação, no entreposto paulistano da Ceagesp, de um balcão de atendimento para o cadastro de caminhões. A outra é que a proibição só entre em vigor depois que a Prodam regularize o programa de cadastramento de veículos, simplificando o processo.

Coordenada por Minoru Mori, diretor do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, a comissão conta com os representantes da Câmara de Hortaliças da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Maurício Shiguenori Tachibana – também presidente do Sindicato Rural de Ibiuna; e do Sincaesp – Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento, José Luiz Batista; dos presidentes do Sindicato dos Feirantes de São Paulo, José Torres Gonçalves, e do Sindicato Rural de São Paulo, Yuichi Ide.

Leia também sobre a audiência com o secretário municipal de Transportes e a discussão com o grupo técnico


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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