Crueldade Nunca Mais

Junji engrossa luta em defesa dos animais

Deputado vem fazendo sucessivos apelos nas redes sociais para que as pessoas participem da mobilização pela aprovação de projeto popular que visa ampliar punição a quem maltrata animais

24/01/2012


Apesar do recesso do Congresso, em Brasília, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) vem trabalhando para colaborar com o Movimento Nacional Crueldade Nunca Mais. Ele já manifestou apoio incondicional às ações que visam acabar com os maus tratos aos animais e vem utilizando as redes sociais na internet, como Twitter e Facebook, para pedir que as pessoas engrossem a mobilização. Os organizadores planejam aprovar um projeto popular destinado a penalizar com mais rigor os responsáveis por maus tratos a animais.

“Muitos vêm abusando de maneira sórdida da impunidade para mutilar e até matar animais por simples diversão ou com a inconcebível justificativa de que causam inconvenientes”, pontuou Junji, acrescentando que os maus tratos não se limitam a cães e gatos, mas atingem também cavalos, bois, porcos e outros.

Segundo o deputado, a mobilização da sociedade é de vital importância para exigir mudanças na legislação e estabelecer “com todas as letras aquilo que a população considera inaceitável”. Ele explica que tramitam na Câmara Federal dois projetos de Lei, de 2010 e 2011, que prevêem o aumento da pena para quem maltrata animais. Entretanto, as propostas são insuficientes para inibir a violência. Daí, completa ele, o objetivo do movimento de elaborar um projeto popular que garanta rigorosas penalidades aos agressores.

Para que seja apresentado para apreciação do Congresso Nacional, o projeto popular precisa estar amparado por 1,5 milhão de assinaturas, no mínimo. A petição oficial está em fase de elaboração e deverá ser concluída em abril. Até lá, observa Junji, o movimento espera ter cadastradas as pessoas dispostas a aderir ao abaixo-assinado, em número suficiente para a apresentação da proposta em Brasília.

Junji vem utilizando seus canais na internet para divulgar o apelo pela adesão ao movimento. Ele pede que cada um cadastre seu e-mail (endereço eletrônico) no site do Movimento. Quando a petição oficial estiver pronta, os organizadores da mobilização entrarão em contato com os cadastrados para que assinem o documento. “A sociedade precisa dizer não à violência contra os animais”, apregoa em seus canais no Twitter e Facebook.

Na visão do deputado, o repúdio popular aos maus tratos aos animais teve uma clara demonstração no domingo (22/01/2012) quando milhares de pessoas participaram de manifestações em defesa dos animais no Brasil inteiro. “Houve manifestos em quase 200 cidades brasileiras, inclusive em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), minha terra natal. Isso prova que gente de bem não admite as barbáries praticadas contra criaturas indefesas e cobra justiça”, analisa, acrescentando que a sucessão de crueldades há muito extrapolou os limites da selvageria e das características que qualificam um ser vivo como humano.

Ao engrossar o movimento que cobra a “penalização correta e efetiva para quem comete crueldades e maus tratos aos animais”, Junji lembra também a necessidade do envolvimento da família, da religiosidade – qualquer que seja o credo – e da educação de qualidade para combater práticas lesivas às criaturas indefesas. “Nenhum mortal temente a Deus seria capaz de tamanhas atrocidades”, dispara e cita imagens postadas na internet por jovens que se mostram orgulhosos em protagonizar a mutilação de cães e gatos.

O artigo 32 da Lei Federal n° 9.605, de 12/02/98, dispõe sobre o crime de maus tratos aos animais, precisa sofrer urgente revisão para punir, com todo rigor, os atos de violência, como aponta Junji. “Deveria ser crime inafiançável para colocar e manter na cadeia quem maltrata animais. Esses agressores representam grave ameaça à sociedade, por conta das práticas que confirmam sua tendência a atos violentos contra seres indefesos, incluindo crianças e idosos, por exemplo”.

Recorrendo a um dos casos de repercussão nacional, Junji menciona a enfermeira de Formosa (GO) que matou seu cão da raça yorkshire a chutes e pancadas, na frente da filha de 3 anos de idade. As cenas da conduta abominável foram gravadas em vídeo e disponibilizadas na internet, desencadeando protestos no Brasil inteiro.

“Ela recebeu punição pífia. Não bastasse, continua com a tutela da menina, sujeita a ter o mesmo fim do animalzinho, que cresce com conceitos de bem e mal, certo e errado, totalmente distorcidos”, lamenta o deputado. Ele assinala que a enfermeira ainda mantém seu registro profissional podendo ferir de morte qualquer doente colocado a seus cuidados, já que alguém com a saúde debilitada pode ser tão indefeso quanto à criatura brutalmente espancada até a morte.

O deputado salienta que está à disposição do Movimento Crueldade Nunca Mais para colaborar com os propósitos da mobilização. “Farei tudo que estiver a meu alcance e peço que a população entre nessa luta. Quanto maior a participação, maiores serão as chances de aprovação do projeto popular, porque aumentará a pressão sobre os políticos”, adverte, emendando que o movimento é pacífico e foi idealizado pelos protetores de animais do Brasil.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com