Energia Limpa

Pelo avanço de alternativas

Ao participar do debate com comitiva portuguesa sobre energias renováveis, Junji lamenta estágio embrionário e aponta o uso de novas fontes como base do desenvolvimento sustentável

07/03/2012


Os avanços do Brasil na utilização de novas fontes de energia limpa são o alicerce do desenvolvimento sustentável que conduzirá os brasileiros para um nível mais alto de qualidade de vida e sacramentará a capacidade competitiva do País no mercado mundial. As considerações são do deputado federal Junji Abe (PSD-SP) que participou, nesta quarta-feira (07/03/2012), de evento promovido pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara Federal para debater o novo marco legal das energias limpas.

“Não podemos permanecer adormecidos em berço esplêndido, à mercê das fontes tradicionais de energia. Precisamos sair do estágio embrionário e avançar, de fato, aproveitando bem-sucedidas experiências desenvolvidas no mundo”, completou Junji, elogiando a iniciativa do coordenador do Conselho, deputado Pedro Uczai (PT-SC), de convidar a comitiva de especialistas da cidade de Moura, em Portugal, para compartilhar conhecimentos na geração de energia solar e resultados da evolução do desenvolvimento sustentável por meio do emprego de tecnologias ambientalmente corretas.

Presidido pelo deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE), também 1° vice-presidente da Mesa Diretora, o Conselho recebeu o prefeito de Moura, José Maria Prazeres Pós-de-Mina, detalhou as experiências da Lógica, empresa criada pelo Município para o trabalho de investigação e domínio da energia solar fotovoltaica. Com estrutura tecnológica e científica ímpar em Portugal, a unidade entrou em operação há dois anos e já elevou a cidade, com pouco mais de 10 mil habitantes, localizada na região do Alentejo, à condição de “menina dos olhos” do território português, como descreveu o convidado.

Com diversas iniciativas para o desenvolvimento da energia solar, a Lógica impulsiona o projeto da maior central solar do mundo. Dispõe de um parque fotovoltaico com capacidade instalada de 46,41 Megawatts (MW) de pico, podendo abastecer de energia elétrica aproximadamente 30 mil residências que representam consumo da ordem de 93 Gigawatts-hora (GWh) por ano. Segundo Uczai, a comitiva portuguesa poderá formalizar processo de geminação com o Município cearense de Tauá e reforçar a cooperação em energia com Chapecó, em Santa Catarina.

Proponente e relator do estudo sobre energias renováveis no Conselho, Uczai também preside a Frente Parlamentar das Ferrovias, grupo de que Junji faz parte e que atua pela recuperação, modernização e expansão da rede ferroviária brasileira. A conquista de um patamar energético à altura das necessidades futuras do Brasil é, segundo Uczai, o principal objetivo do intercâmbio de informações com especialistas, como a comitiva portuguesa.

Partilhando da opinião, Oliveira apostou que o estudo sobre energias renováveis, conduzido pelo Conselho, “deverá ser referência não só para o mundo acadêmico, mas também subsidiar estratégicas decisões do Poder Executivo”. O trabalho do colegiado deverá ser lançado na Rio+20, em junho próximo.

Ao falar para os participantes do debate, Junji ponderou que a energia solar é uma das muitas fontes limpas a serem adequadamente exploradas no País. Há diversas outras alternativas, igualmente pouco ou mal aproveitadas, como a eólica (dos ventos), hidráulica (dos rios), a biomassa (à base de matéria orgânica), a geotérmica (calor interno da Terra) e a mareomotriz (das ondas de mares e oceanos).

Segundo o parlamentar, as iniciativas promovidas pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica darão efetiva contribuição ao estudo e elaboração de políticas públicas efetivas para o emprego de alternativas energéticas já difundidas em outros pontos do planeta. “Sou entusiasta na busca de fontes de energias limpas. Nosso Brasil tarda para aproveitar os potenciais da nossa riquíssima natureza em favor de tecnologias que abasteçam as necessidades das atividades produtivas e contribuam para preservar nossa biodiversidade”.

Como ex-prefeito de Mogi das Cruzes, cidade na Grande São Paulo, com cerca de 400 mil habitantes, que ele governou por oito anos consecutivos (de 2001 a 2008), Junji lembrou que o governo paulista escolheu os conjuntos residenciais da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano, construídos no Município, como pioneiros no projeto do Estado para a instalação de aquecedores solares com a finalidade de reduzir o consumo de energia elétrica. Ele observou que a medida trouxe benefícios diretos aos moradores que são famílias de baixa renda.

Além de Pós-de-Mina, a comitiva portuguesa reuniu o administrador-delegado Vitor Paulo Soares Silva, e o técnico-chefe Nuno Sidócio Andrade Pereira, ambos da Lógica Empresa Municipal Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura; assim como a coordenadora da Comoiprel – Cooperativa Mourense de Interesse Público e Responsabilidade Limitada, Antónia de Jesus Vilar Baião. Também participaram do evento os deputados José Linhares (PP-CE), Teresa Surita (PMDB- RR), Irajá Abreu (PSD-TO), Fernando Ferro (PT-PE), Jaime Martins (PR-MG) e Jesus Rodrigues (PT-PI), entre outras autoridades.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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