Federal 2545

Reforma tributária

Em Avaré, Junji, candidato a deputado federal, criticou o atual sistema de distribuição dos tributos arrecadados

03/09/2010


“A apresentação de emendas não pode ser considerada o principal trabalho do deputado federal. Isto acontece porque não existe distribuição eficiente dos recursos fiscais, principalmente aos municípios que ficam com a menor fatia do total de tributos arrecadados”. Quem afirma é Junji Abe, candidato a deputado federal pelo DEM, que defendeu a efetiva reforma tributária e fiscal em reunião com integrantes da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Avaré e do Sindicato Rural local.

Para o democrata, o ideal seria o município ficar com o maior percentual dos tributos coletados, porque conhece suas prioridades para aplicar melhor os recursos. “É o Poder Municipal – no caso, prefeito e vereadores – que sabe se precisa investir primeiro em Saúde, Educação ou Saneamento Básico. Eles representam o povo, estando em contato direto com o cidadão”, argumentou. Atualmente, observa ele, os governos federal e estadual ficam com as fatias maiores do valor arrecadado – cerca de 60% e 25%, respectivamente. “E as cidades sofrem com migalhas para atender as justas demandas da população”, completou, citando que os municípios recebem algo em torno de 15% do bolo da arrecadação.

Essa incoerência, na opinião do candidato, faz com que os congressistas se desdobrem para compensar a injustiça fiscal, por meio de emendas parlamentares. “A função do deputado federal vai além disso. Ele é responsável pela fiscalização do Executivo e por implantar leis para melhorar a qualidade de vida da população”. E completa: “A questão da distribuição adequada dos recursos precisa ser tratada com a reforma fiscal”.

Agronegócio
Outro tema em discussão foram as melhorias para o setor de Agronegócios. Junji é profundo conhecedor do assunto. Traz a experiência de 35 anos como líder rural, 20 anos no comando de Sindicato Rural, igual período na diretoria da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo e dez anos na presidência da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa, entre outros destaques da sua história de vida. Ainda hoje, o candidato é empresário rural, despontando entre os grandes produtores de orquídeas da Região Metropolitana.

O candidato falou da falta de garantia mercadológica e apoio ao associativismo e cooperativismo, esfacelados após a liquidação das cooperativas agrícolas, entre elas a Cotia e a Sul Brasil. “É essencial voltar a ter cooperativas que agasalhem o setor de hortigranjeiros para que se possa avançar. Está provado que esse é o único meio de sobrevivência dos pequenos produtores. Só unindo forças poderão enfrentar a concorrência com os grandes”.

A reunião, na quarta-feira (01/09/10), teve a participação de lideranças da comunidade e de dirigentes da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Avaré e do Sindicato Rural local, entre eles, a presidente da Associação, Sanae Hayashi Oliveira; e o presidente do Sindicato, Pedro Luiz Lucchesi, que também é secretário municipal de Agricultura.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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