Vale do Paraíba

Cidades unidas para ajudar Frei Galvão

Em reunião com Junji e especialista do Ministério da Saúde, autoridades municipais do Vale Histórico e Circuito da Fé querem indicar filantrópica como referência para programas do governo

17/04/2012


Em continuidade às ações para socorrer o Hospital e Maternidade Frei Galvão, localizado em Guaratinguetá, o Ministério da Saúde auxiliará no credenciamento da instituição para oferecer quatro importantes programas federais, o que ampliará os repasses financeiros da União e contribuirá para aliviar a crise na filantrópica. A medida foi definida nesta segunda-feira (16/04/2012), durante megaencontro promovido pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP) entre autoridades municipais do Vale do Paraíba e a consultora técnica da Coordenação Geral do Sistema de Informação do Ministério, Andressa Gorla.

Realizado a pedido de Junji, o evento teve o objetivo central de discutir meios de aumentar as verbas repassadas pelo governo federal à instituição para garantir assistência aos pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde na região. Designada pelo Ministério da Saúde para a visita técnica, Andressa detalhou as alternativas para que o Hospital Frei Galvão seja contemplado com um volume maior de recursos da União.

Na atual conjuntura, apontou a especialista, o melhor caminho para aumentar os repasses financeiros é a implantação de programas federais no hospital: Atenção Integral à Saúde da Mulher, Atenção à Mulher e à Criança, Urgência e Emergência e Assistência Farmacêutica. Andressa informou que a quantidade de novos leitos oferecidos pela instituição aos pacientes do SUS também é utilizada como referencial para ampliação das verbas repassadas pelo Ministério.

Como exemplo, a consultora citou que cada leito acrescido na UTI – Unidade de Terapia Intensiva implica um adicional diário de R$ 800 no montante repassado, totalizando R$ 24 mil por mês. Já as novas vagas geradas na maternidade representam R$ 300 diários por unidade, o que soma R$ 9 mil mensais. “É um meio de estimular as conveniadas ao SUS a ampliarem a oferta de leitos”, justificou, esclarecendo que o Ministério não eleva o aporte financeiro em função do aumento do número de atendimentos realizados.

Segundo a especialista, cada instituição conveniada ao SUS será ressarcida pelo governo federal até o limite de atendimentos estabelecido. “Verificarei se tem havido remessa de recursos inferior à cota determinada para o hospital”, comprometeu-se Andressa, ao ser informada de que a grave crise financeira instalada na filantrópica resulta da defasagem dos repasses, da ordem de 122%, em relação aos custos da assistência oferecida.

“A batalha para socorrer o Hospital Frei Galvão está apenas começando. As autoridades municipais do Vale precisam estar unidas para chegar à fase seguinte, que é o meio da jornada, e abrir perspectivas para que tenhamos um bom desfecho”, pregou Junji, frisando que as dificuldades vividas pela filantrópica são semelhantes às enfrentadas por outras unidades da rede pública de saúde, “extremamente debilitada” em todo Brasil.

Integrante da Frente Parlamentar em Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas da área da Saúde na Câmara Federal, Junji falou sobre a luta pela urgente correção da tabela SUS para adequar à realidade os defasados valores repassados às instituições conveniadas pelos serviços prestados. “Enquanto não conseguirmos sucesso nesta cruzada, precisamos buscar outros meios de socorrer entidades como o Hospital Frei Galvão”, pontuou, bastante aplaudido pelo público que reiterou a condição do deputado como legítimo representante do Vale do Paraíba.

Junji também anunciou que está a postos para fazer gestões junto ao governo estadual para formalizar o Hospital e Maternidade Frei Galvão como referência de atendimento e oferta de programas federais de saúde à população das cidades do Vale Histórico e Circuito da Fé. “Após o aval do Ministério da Saúde, é necessário ter a aprovação do Estado ao procedimento, porque a gestão da saúde é tripartite, envolvendo as três esferas do Executivo”.

Como parte do evento, a secretária de Saúde de Guaratinguetá, Nádia Meireles, conduziu Andressa e demais participantes na visita técnica às dependências do Hospital Frei Galvão. Na sequência, a consultora respondeu todos os questionamentos de prefeitos, vereadores e outras autoridades municipais presentes ao encontro. “Ela foi muito solícita e nos proporcionou esclarecimentos providenciais”, avaliou Junji.

A entrada do deputado na batalha em favor do hospital se deu em agosto do ano passado. Procurado pelo presidente da Câmara de Guaratinguetá, vereador George Nicolas (PMDB), também presente ao encontro, Junji pediu a intervenção do Ministério da Saúde no sentido de evitar a suspensão dos serviços na filantrópica. Ao ser informado de que havia meios de aumentar os repasses federais à instituição, o parlamentar solicitou a vinda de um especialista da Pasta para uma reunião técnica com autoridades da região.

Também participaram do encontro os prefeitos José Celso Bueno (PSDB), de Queluz, e Marcos Antônio Mariano de Oliveira (DEM), de Arapeí; o vice-prefeito de Silveiras, José Benedito Silva (PMDB); os vereadores Dra Lorane Bustamante (PTB), também primeira-dama de Lorena, Simone Prince (PSB), de Cruzeiro, Claudemir Ferreira da Costa (PT) e Maurílio Silva (PT), de Arapeí; os secretários municipais de Saúde Imaculada Guimarães, de Queluz, Maria Auxiliadora Takano, de Lorena, Alzimara Costa de Andrade, de Cachoeira Paulista, Elias de Aguiar Júnior, de Arapeí, Marco Aurélio, de Silveiras, Ângela Andrea de Andrade, de Lavrinhas, e Maria Eliane Moraes, de Aparecida; além da presidente do Conselho Municipal Saúde de Guaratinguetá, Nilce Monteiro Sanches, e dos conselheiros Adilson Lopes dos Santos e Sidnei Higino, entre outras autoridades. Os participantes do evento foram recepcionados no auditório do hospital por Edson Antunes, do Departamento de Credenciamento, representando o administrador Gilberto Neirng, e pelos chefes de departamento Júlio César, do Comercial, e Marlon Bichels, de Faturamento.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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