Contaminação de Alimentos

Deputado exige políticas agrícolas

Junji diz que governo precisa abastecer o campo com pesquisas, assistência técnica e extensão rural para garantir qualidade dos produtos levados à mesa do consumidor

27/04/2012


As denúncias generalizadas sobre contaminação de alimentos, causada pelo uso irregular de defensivos agrícolas nas lavouras, levaram o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) a fazer um pronunciamento na tribuna da Câmara para cobrar do governo a implantação de políticas agrícolas que contemplem pesquisas, assistência técnica e extensão rural direcionadas às diferentes culturas e às diversas regiões brasileiras.

“As autoridades têm se mostrado omissas e negligentes com a saúde pública, afetando todas as cadeias produtivas e, além disso, incentivando um clima de intimidação ao consumidor, o que vem a provocar a quebra da relação de confiança, comprometendo a sobrevivência dos produtores”, criticou Junji, nesta quinta-feira (26/04/2012).

Segundo Junji, “o País está em débito com o setor agrícola”. As características peculiares de cada região produtiva, por conta das variações climáticas, do solo e das condições hídricas, influem no tipo de defensivo, na dosagem e forma de aplicação recomendadas, como enfatizou o deputado.

O descompromisso do governo em levar informações ao campo prejudica diretamente os micro, pequenos e médios produtores – incluindo a agricultura familiar –, de acordo com o parlamentar. Ele pontuou que a categoria sofre mais porque não dispõe da estrutura organizacional dos grandes que, com larga escala de produção e ganhos, conseguem manter mecanismos próprios de pesquisa e assistência técnica.

Natural de Mogi das Cruzes, no Alto Tietê, Grande São Paulo, Junji relatou que esforços concentrados de produtores e do Sindicato Rural mogiano vêm permitindo a difusão de novas tecnologias com resultados altamente positivos. Porém, ressalvou, não é a realidade da maioria dos agricultores brasileiros.

Em seu discurso, Junji apontou a necessidade de um trabalho conjunto com profissionais de todas as culturas, independente do tamanho, nas diferentes regiões, todas as cadeias produtivas, órgãos técnicos e agentes públicos, para melhorar a qualidade do que é produzido e levado à mesa do consumidor.

Clamando por medidas educativas no lugar das punitivas, Junji lembrou que “um simples comprimido para dor de cabeça, usado sem orientação ou em dosagem inadequada vira veneno”. O agricultor vive daquilo que cultiva e, se o seu produto fizer mal à saúde do consumidor, ele perderá sua fonte de renda. “Não existe vilão, o que existe é o descaso do Brasil em investir na qualificação do profissional do campo!”

Veja o discurso de Junji.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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