Resíduos Sólidos

Desperdício 0, aproveitamento total

Este é o conceito que o Brasil deve perseguir na gestão do lixo, segundo Junji que usou a tribuna da Câmara para falar sobre importância da instalação de uma usina verde no Alto Tietê

06/06/2012


Desperdício zero, aproveitamento máximo. Este é o conceito que deve nortear a gestão dos resíduos sólidos no Brasil, segundo o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) que usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (06/06/2012) para falar sobre a importância da instalação de uma usina verde na região paulista do Alto Tietê como forma de lidar com o lixo, substituindo o ultrapassado modelo de aterro sanitário.

Natural de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o deputado citou o encontro realizado na Cidade no mês passado (25/05) para debater o Plano Regional de Gestão de Resíduos Sólidos e apresentar a proposta de instalação de uma central de incineração de resíduos sólidos e geração de energia no Alto Tietê.

“A adesão popular à separação do lixo doméstico, associada à competência da coleta seletiva, ao fortalecimento da Educação Ambiental e ao incentivo à formação de organizações bem azeitadas de catadores são os pilares para o funcionamento de uma usina verde eficiente”, apontou Junji, ardoroso defensor da adoção de tecnologias limpas para substituir a prática de enterrar lixo.

Na visão do parlamentar é “palco de uma feliz coincidência entre dois projetos”. De um lado, o convênio firmado com a Jica – Agência de Cooperação Internacional do Japão e a cidade-irmã japonesa de Toyama para o desenvolvimento da reciclagem, estimulando a população a separar detritos orgânicos dos materiais recicláveis. De outro, o planejamento do governo estadual, por meio da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, para instalar na Região uma usina de incineração e transformação em energia do lixo gerado na Cidade e nos municípios vizinhos de Biritiba Mirim, Salesópolis, Guararema e Arujá.

Ao enaltecer a eficiência ambiental, técnica e energética do modelo proposto pelo governo paulista, Junji disse que a iniciativa comprova a viabilidade de “acabar com os ultrapassados aterros sanitários usados na disposição final dos resíduos, que massacram o meio ambiente, detonam de modo irremediável o solo ocupado, ameaçam a saúde pública e geram conflitos de vizinhança”.

Desde que era prefeito de Mogi das Cruzes (2001-2008), Junji trava uma batalha para impedir a instalação de um aterro sanitário na Cidade. Integrante do Movimento Aterro Não!, ele envolveu os órgãos federais na cruzada para inviabilizar o empreendimento que a empresa Queiroz Galvão insiste em construir no Distrito Industrial do Taboão.

Em seu pronunciamento, Junji relatou a boa notícia que recebeu. O Ministério do Desenvolvimento Agrário proibiu a emissão de licença ambiental para o aterro sanitário que tende a promover conflitos de vizinhança entre as destinações do solo, porque compromete a sustentabilidade de um assentamento consolidado do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária existente no Taboão, nas proximidades da área pretendida pela Queiroz Galvão para o repudiado depósito.

Segundo o deputado, a usina verde a ser implantada no Alto Tietê ocupará área de 40 mil metros quadrados (m²) e terá capacidade para queima de 500 toneladas diárias de resíduos, com controle da qualidade dos gases e geração de energia capaz de abastecer uma cidade com 25 mil habitantes. Baseado em informações do engenheiro da Sabesp, Jean Cesari Negri, o modelo proposto para o consórcio de municípios da Região é classificado como um dos mais modernos do mundo.

Junji chamou a atenção da Casa para o fato de o Brasil tardar na adoção de tecnologias limpas voltadas à gestão dos resíduos sólidos. “Além de acabarem com o problema de falta de espaço para deposição dos rejeitos, elas permitem gerar energia e outros produtos, com a transformação dos detritos”, observou e assinalou que a usina verde demanda um capital inicial maior. Porém, em dez anos, garante o retorno financeiro do valor investido, sem inviabilizar o terreno onde está instalada. Já o aterro sanitário obriga a aplicação de fortunas e mais de meio século para recuperar a área degradada.

Veja a íntegra do discurso.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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