Agronegócio

Hortaliças: força da economia verde

Segmento responde por 13,4% do PIB do agronegócio e emprega 7,3 milhões, como informou Junji na comemoração do primeiro ano da Pró-Horti

04/07/2012


A capacidade produtiva anual de hortaliças no Brasil é de 102 quilos por habitante. Ocorre que cada brasileiro consome apenas 27 quilos de verduras e legumes por ano. O contraste foi evidenciado pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), no café da manhã desta quarta-feira (04/07/2012), no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, onde foi comemorado o primeiro ano de existência da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, idealizada e presidida por ele.

Ao falar sobre a importância das hortaliças para a economia verde, Junji assinalou que o segmento responde por 13,4% do PIB – Produto Interno Bruto do agronegócio, movimentando R$ 18 bilhões com produção total de 19,3 toneladas cultivadas em 810 mil hectares (cada hectare tem 10 mil metros quadrados) por 7,3 milhões de trabalhadores. O deputado destacou essa cadeia produtiva em alusão ao 6° Simpósio Internacional de Sementes, Mudas e Estabelecimento de Hortaliças, realizado pela Pró-Horti em parceria com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Hortaliças. A comemoração do primeiro aniversário da frente ocorreu durante o evento.

Comandada, na maioria, por pequenos e médios produtores com bom nível tecnológico, a produção de hortaliças no Brasil alcança a produtividade de 24 toneladas por hectare e emprega nove trabalhadores a cada 10 mil metros quadrados plantados, de acordo com Junji. Ele lembrou que o segmento amarga o baixo consumo por parte dos brasileiros e voltou a defender campanhas para estimular a ingestão de hortaliças e frutas como alicerce de vida saudável.

No Brasil, o consumo anual per capita não ultrapassa 27 quilos de hortaliças e 57 quilos de frutas. Em países como Itália e Canadá, os habitantes consomem 158 quilos de hortaliças e 223 quilos de frutas, respectivamente. Situação semelhante envolve o mercado de flores. Por ano, cada brasileiro não gasta mais de US$ 9 com este item. É um valor bem menor que os US$ 174 despendidos pelo suíço.

Os números apresentados por Junji baseiam-se numa coletânea de informações sistematizadas pela Embrapa Hortaliças, Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo e ABCSem – Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, entre outras instituições, a partir de dados como os disponibilizados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Junji mostrou um panorama das principais cadeias produtivas abrangidas pela Pró-Horti que engloba verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens dirigidos ao abastecimento do mercado interno.

A limitada mobilização das entidades ligadas a esses segmentos favorecem, segundo o presidente da Pró-Horti, a disseminação de conceitos equivocados sobre os produtos. “Incluindo a divulgação de que os defensivos agrícolas são venenos que contaminam alimentos”, pinçou, apelando às lideranças agrícolas que se mantenham alertas para contestar inverdades.

“Até um comprimido para dor de cabeça vira veneno se for usado de forma inadequada”, advertiu Junji, apontando outra necessidade premente dos míni e pequenos produtores: a oferta de assistência técnica e extensão rural. Para confirmar a deficiência, o deputado citou que de cada quatro agricultores no Brasil, apenas um recebe algum tipo de orientação técnica e, mesmo assim, precária.

O presidente da Pró-Horti defendeu a retomada de programas públicos para garantir a inclusão no campo. Sem acesso a conhecimentos, tecnologias, métodos de cultivo e outras inovações, ponderou ele, “nossos produtores acabam vítimas do desperdício e de sérios equívocos no manejo rural por pura desinformação”.

No balanço das principais ações desenvolvidas pela Pró-Horti ao longo do seu primeiro ano de existência, Junji também sublinhou a luta junto ao governo paulista para vencer a burocracia e zerar altos custos cobrados para regularização de pequenas propriedades rurais quanto à captação de recursos hídricos e critérios de proteção ambiental.

Veja mais sobre o primeiro aniversário da Pró-Horti e o vídeo PSD 55


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com