Ferrovia Norte-Sul

Governo busca acelerar ampliação

Garantia é dada em audiência pública, realizada pela Comissão de Agricultura e Pecuária, que teve participação de Junji em apoio aos estados interessados na implantação dos novos ramais

18/09/2012


Defensor incondicional da expansão, recuperação e modernização do sistema ferroviário no País, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) participou, nesta terça-feira (18/09/2012), da audiência pública promovida pela Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara para discutir a repercussão econômica positiva que a ampliação da Ferrovia Norte-Sul deverá provocar na Região Sul. Ele cobrou agilidade nas ações para viabilizar o investimento. O governo garantiu que tentará acelerar o processo em benefício dos estados interessados na implantação dos novos ramais ferroviários.

“O gigantesco Custo Brasil, associado à incapacidade e ao sucateamento da malha rodoviária, transformou a adequada utilização das ferrovias em ponto vital para os setores produtivos e toda sociedade”, argumentou Junji, , que preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, ao evidenciar os impactos causados pelos altos custos do transporte ferroviário sobre os preços dos produtos e serviços no Brasil, o que sacrifica os brasileiros, além de inviabilizar a competitividade do País no exterior.

Como membro titular da Capadr e integrante da Frente Parlamentar em Defesa das Ferrovias, Junji apelou para que o governo considere prioritário o atendimento aos setores produtivos na ampliação da ferrovia. “A Norte-Sul fará a integração vertical do Brasil e será de fundamental importância na necessária interação das cadeias produtivas”, observou, fazendo coro aos parlamentares da Região Sul. Como exemplo do processo, o deputado apontou o transporte de milho – insumo básico para a pecuária, produzido no Centro-Oeste, para os pecuaristas do Sul.

Endossando a análise de Junji, o assessor especial do Ministério da Agricultura, Francisco Sérgio Ferreira Jardim, assegurou que a União também tem pressa em viabilizar os novos ramais da ferrovia. Segundo ele, a Pasta estaria providenciando um estudo sobre o impacto econômico da ampliação da Norte-Sul.

O secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, Valdir Vital Cobalchini, frisou que a expansão da malha ferroviária é “uma questão de vida ou morte” para seu estado. No oeste catarinense, informou ele, poderão ser beneficiados cerca de 400 mil trabalhadores de 3.400 empresas ligadas à pecuária bovina, aviária e de leite e as produções de fumo e de milho.

A revitalização da malha ferroviária já existente foi outro ponto cobrado por Junji para melhorar as condições de transporte. A reivindicação também recebeu o aval do secretário extraordinário da Representação do Governo do Rio Grande do Sul em Brasília, Hideraldo Caron, que reclamou do prazo inicialmente previsto para a ampliação da ferrovia – aproximadamente oito anos. Para agilizar o investimento, ele sugeriu a inclusão da Ferrovia Norte-Sul no programa de concessões do governo federal.

Junji elogiou o pacote de investimentos em infraestrutura de ferrovias, portos e aeroportos, afirmando que as ações do governo em prol da melhor logística de transporte e distribuição “merecem todo apoio da sociedade”. De acordo com ele, as vantagens do fortalecimento do sistema ferroviário extrapolam questões econômicas para beneficiar também o meio ambiente. O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, reforçou o argumento, listando a redução da emissão de gases por conta da diminuição na circulação de caminhões.

O diretor de Planejamento da Valec, Josias Sampaio Cavalcante Júnior, esclareceu que a ferrovia ainda levará alguns anos para atender aos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os estudos iniciais sobre viabilidade técnica, ambiental e financeira da obra, que consomem cerca de um ano e meio para serem concluídos, deverão começar entre o final de outubro e o início de novembro.

Conforme as projeções, em meados de 2014, as obras poderão ser iniciadas pelos trechos entre as cidades de Panorama (SP) e Chapecó (SC) e entre esta última e o porto de Rio Grande (RS). Ainda em fase de estudos para implantação, estão os pontos entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR), Cascavel e o porto de Paranaguá (PR) e ainda entre Chapecó e o porto de Itajaí (SC). Permanecem indefinidos os traçados para os trechos a serem efetivados. “O estudo levará em conta topografia e a capacidade de integração com a malha já existente, mas também os interesses da Região e do País”, completou.

Também participou da audiência da Capadr, presidida pelo deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o superintendente de Armazenagem e Movimentação de Estoques da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, Rafael Borges Bueno, além de outros parlamentares e lideranças de setores produtivos.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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