Cultura

Estado estuda revitalizar Cine-Teatro

A pedido de Junji, secretário virá a Mogi das Cruzes para conhecer instalações no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Jundiapeba, e tentar viabilizar parceria para recuperar prédio

25/09/2012


O secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araujo, virá a Mogi das Cruzes, em data a ser agendada, para visitar o Cine-Teatro Santo Ângelo, no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, Distrito de Jundiapeba. Ele acolheu sugestão do deputado federal Junji Abe (PSD-SP) para conferir as instalações e analisar possibilidade de o Estado firmar parcerias para contribuir com a restauração do prédio de “grande valor cultural”. O parlamentar também pediu ajuda para a liberação de recursos financeiros destinados a realização de tradicionais festejos culturais da Cidade e de outros municípios, no próximo ano.

Construído na década de 40, o cine-teatro passou por uma reforma em 1988. “De lá para cá, o prédio não recebeu melhorias. É lamentável que um espaço tão precioso, com capacidade para mil pessoas, esteja em absoluta precariedade”, argumentou Junji, ao explicar ao secretário que o restauro das instalações contemplaria Mogi com um centro de cultura e memória do Alto Tietê. “Poderia abrigar apresentações de peças teatrais e outros eventos de médio e até de grande portes”.

Sensível às considerações do deputado, Araujo afirmou que deseja visitar o Cine-Teatro Santo Ângelo. Em audiência nesta segunda-feira (24/09/2012), o secretário anunciou disposição de estudar uma parceria, por meio das Pastas da Cultura e da Saúde, com a Prefeitura, a fim de viabilizar a revitalização do espaço. Segundo Junji, trata-se de um dos patrimônios mogianos à espera de tombamento como bem histórico-cultural.

Durante décadas, relatou Junji, o cine-teatro serviu como referência para o entretenimento de doentes de hanseníase que viviam confinados no leprosário no Distrito de Jundiapeba. O deputado lembrou que a tentativa de acordo entre Estado e Prefeitura para recuperação do prédio remonta ao período quando ele governou Mogi das Cruzes.

Em outubro de 2007, no exercício do seu segundo mandato como prefeito, Junji intermediou o processo. Houve visitas técnicas e a promessa de liberação, no segundo semestre de 2011, de pouco mais de R$ 2,5 milhões pela Secretaria de Estado da Saúde, considerando que as instalações estão em área de domínio do Hospital Arnaldo Pezzuti Cavalcanti. Entretanto, completou o deputado, com o falecimento do então secretário de Saúde, José Barradas Barata, em 2010, a parceria não se efetivou. “Queremos ver se, desta vez, conseguimos concretizar o trabalho”, apostou o parlamentar.

A reunião de Junji com o secretário também serviu para demonstrar ao titular da Pasta da Cultura a importância da liberação de recursos financeiros para a realização de uma série de eventos tradicionais de Mogi e de outras cidades, ao longo do próximo ano. “São festejos de primeira grandeza para o fortalecimento das manifestações culturais e artísticas, assim como para manter vivas as tradições populares”, evidenciou o deputado, autor de uma série de pedidos de repasses para celebrações a serem concretizadas ao longo de 2013.

Casarão do Chá
A visita do secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araujo, a Mogi das Cruzes deverá incluir o Casarão do Chá, no Bairro do Cocuera. Acompanhado do assessor Parlamentar João Manuel da Costa Neto, ele manifestou grande interesse em saber como está o processo de recuperação do prédio, um dos marcos da imigração japonesa na Cidade, como explicou o deputado federal Junji Abe.

Junji informou o secretário que as obras no casarão chegaram à última das três fases. “A expectativa é de que o trabalho esteja concluído até o final do ano”, completou, acrescentando que o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) já se comprometeu a pavimentar o trecho de aproximadamente 300 metros até o prédio, a fim de facilitar o acesso dos visitantes.

Baseado em informações do responsável pela obra, Akinori Nakatani, Junji disse que as restaurações mantêm os traços originais do prédio erguido em 1942 para ser usado na produção de chá. O investimento para a reforma do casarão foi conseguido, na primeira fase, com o Fundo Nacional de Cultura. Já a segunda etapa recebeu verba do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ligado ao Ministério da Cultura. O terceiro aporte financeiro vem do Programa de Incentivo à Cultura.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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