Mogi das Cruzes

Junji recebe homenagem do Sindicato Rural

Emoção e esperança marcam inauguração da nova sede da entidade que deputado presidiu por 20 anos e simboliza a força integrada do agronegócio regional

15/03/2013


Numa tarde de festa para o agronegócio do Alto Tietê, foi inaugurada nesta sexta-feira (15/03/2013) a nova sede do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, que ocupa o prédio de três pavimentos na Avenida Japão, 205, Alto do Ipiranga. Mais de 300 pessoas, entre dirigentes, associados, lideranças agrícolas e autoridades prestigiaram o evento, classificado pelo presidente Fernando Ogawa como “mais um momento histórico da instituição”. Na solenidade, a diretoria homenageou o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) com uma placa de gratidão em reconhecimento ao incansável trabalho do parlamentar em prol da instituição, que ele presidiu por 20 anos (1980 a 2000), e em benefício do setor agropecuário nacional.

“Sou eu quem deve conceder todas as honras ao Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, representação máxima do agronegócio do Alto Tietê, que coleciona conquistas e abre perspectivas para uma sinfonia cada vez mais afinada em defesa dos atores das cadeias produtivas responsáveis por abastecer diariamente os lares brasileiros”, manifestou-se Junji, ao enaltecer os “esforços e devoção de dirigentes” da entidade que “dedicam seu tempo, habilidades e talento” na busca de melhorias para o setor.

O presidente da Faesp/Senar-SP – Federação da Agricultura Estado de São Paulo/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Fábio de Salles Meirelles, endossou as palavras de Junji, garantindo que o sistema paulista de representatividade agrícola “contribuirá tanto quanto possível” com o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes. Seja em mobilização visando à defesa de suas bandeiras, seja na capacitação de produtores e trabalhadores rurais.

“Fiz questão de vir conhecer as novas instalações e me certificar de que a entidade está adequadamente preparada para receber maior aporte de recursos financeiros destinados à realização de treinamento e aprimoramento profissional de produtores e da mão de obra”, assegurou Meirelles, duplamente homenageado no evento. Ele recebeu uma placa de gratidão e teve seu nome conferido ao novo auditório da entidade.

Ao enaltecer as ações do deputado a quem conhece de longa data, o presidente da Faesp frisou que “Junji é dessas figuras que evoluem e impulsionam o desenvolvimento daqueles que estão ao redor com força espiritual muito grande”. O parlamentar também foi vice-presidente da federação e integrou sua diretoria por duas décadas. Assim como Ogawa, Meirelles creditou a Junji a consolidação do potencial representativo do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes. A Faesp representa a agropecuária de 560 municípios paulistas, por meio de 238 sindicatos rurais e igual número de extensões de base.

A aquisição de produtos cultivados pelos agricultores locais para abastecer a merenda escolar da Cidade foi destacada pelo prefeito Marco Bertaiolli (PSD) como uma das ações da Prefeitura para valorizar e fortalecer o setor agrícola mogiano. “Continuamos o trabalho do meu antecessor, o Junji, de incentivar e apoiar o agronegócio”, destacou o chefe do Executivo local, acrescentando que a alimentação oferecida nas escolas da rede municipal é certificada como a melhor do Estado e uma das melhores do País.

Depois de assistir à exibição de imagens sobre o histórico do Sindicato Rural, o prefeito não se conteve e disparou: “O tempo muda a agricultura, muda a Cidade, muda quase tudo. O tempo só não muda para o Junji. Ele continua com a mesma pinta de galã, mas não revela o que faz para preservar a juventude”. Bertaiolli referia-se às fotos do deputado na presidência da entidade, feitas há mais de 30 anos.

Ao discursar na solenidade, Junji, de 72 anos, respondeu que “a jovialidade está na mente e, em segundo lugar, na aparência”. Porém, ressalvou ele, “a melhor forma de preservar a boa forma é consumir muitas verduras, legumes e frutas; Mogi das Cruzes é o lugar certo para quem quer se manter jovem”. Ele se referiu ao fato de o Município ser o referencial brasileiro em tecnologia na horticultura, além de liderar o ranking da produção nacional de caqui, nêspera e cogumelos, entre outros itens.

Em nome dos produtores associados, Yutaka Kono fez uma breve retrospectiva da história do Sindicato Rural desde os tempos em que era Associação Rural. Lá se vão 63 anos. “O setor agrícola da nossa Região deve muito ao Junji. Foi ele quem deu, por exemplo, os primeiros passos para consolidar a telefonia na zona rural, fundando a Cooperativa Rural de Telecomunicações”. Ao lamentar que os responsáveis pela produção de itens destinados ao mercado interno não são reconhecidos, ele assinalou que “o produtor recebe pouco e o consumidor paga caro”.

Segundo Kono, não fosse o trabalho desenvolvido por Junji no Congresso Nacional, “seria impossível os pequenos produtores terem voz em Brasília”. A implantação de políticas públicas direcionadas à categoria é alvo de uma cruzada empreendida pelo deputado, idealizador e presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.

Por trás de itens que, diariamente, entram nos lares brasileiros, existe um exército de produtores – de todos os tamanhos, incluindo os familiares – trabalhando todo dia sob sol ou chuva, como sublinhou Junji. “Em que pese sua importância para alimentar a Nação, não têm o devido apoio do poder público”, criticou e observou que, não fosse o agronegócio, a balança comercial brasileira amargaria sucessivos déficits. A produtividade agrícola por hectare no Estado de São Paulo subiu 12%, quatro pontos percentuais a mais do que a média nacional, como atestou Fábio Meirelles.

Para evidenciar o valor do setor agrícola, Junji pinçou uma frase de Benjamin Franklin, a mesma colocada por ele na placa de inauguração da primeira sede própria do Sindicato Rural, em meados dos anos 80 – e também inserida em painel das novas instalações: “Se as cidades forem destruídas e os campos preservados, as cidades ressurgirão, mas se os campos forem destruídos e as cidades preservadas, estas sucumbirão”.

Segundo Junji, a frase “sintetiza um raciocínio lógico, certeiro para a trajetória da humanidade que precisa despertar, efetivamente, para a preservação do ambiente agrícola”. A história do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, completou ele, “exibe a prática do pensamento de Franklin”, ao reunir lideranças que “zelam pelo desenvolvimento do agronegócio e pelos interesses da comunidade agrícola, com a garra e determinação de verdadeiros samurais”.

Emoção
Inaugurado sob as bênçãos do padre Cláudio Taciano, o edifício do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes foi batizado com o nome de Minor Harada em homenagem ao ex-presidente, responsável direto pela condução de Junji Abe ao comando da entidade e seu ingresso na vida pública, e reconhecido líder rural falecido em abril de 2011. A esposa de Minor, Mitiko – carinhosamente chamada de “Mitchan”, participou da cerimônia. “Tudo o que diz respeito à natureza, diz respeito ao ser humano. E tem a ver com o Criador, Senhor e Guarda da vinha e da colheita”, pontuou o religioso em alusão à atividade agrícola. Em seguida, aspergiu água benta nos quatro cantos do auditório, lembrando que, também nas adversidades, “a resposta certa vem dos lábios de Deus”.

A diretoria da entidade manifestou seus agradecimentos ao casal Lúcia e Fernando Ogawa no hall de eventos da nova sede. Na gestão do atual presidente, foi consolidada a permuta com a empresária Lina Hillman que possibilitou a ocupação do imponente edifício com três pavimentos, dotado de auditório, duas salas de reuniões, área administrativa, sanitários e elevador para viabilizar o acesso de pessoas com dificuldades de locomoção, entre outras repartições, além de um amplo estacionamento.

A cerimônia também incluiu uma homenagem ao engenheiro agrônomo do Sindicato, Renato Abdo, que monitorou todas as etapas do processo que viabilizou o novo endereço, localizado no mesmo quarteirão da sede antiga. A empresária Lina Hillman deu um emocionado depoimento na solenidade ao lembrar de seu pai, falecido em 2011, que lhe transmitiu valores como o de “trabalhar para atender às necessidades da sociedade”.

Lina iniciou suas atividades no ramo de materiais elétricos impulsionada pelas demandas registradas pelo setor rural. “Conheci de perto as dificuldades dos produtores ao estagiar, como engenheira elétrica, na Cooperativa de Eletrificação Rural”. Ela manifestou, em 2007, na gestão do ex-presidente Minoru Mori, o interesse de permutar o terreno de sua propriedade pelo prédio do Sindicato.

Ogawa relatou que a proposta fora rejeitada porque a entidade não teria recursos financeiros para a construção. Em 2010, a empresária fez outras ofertas até chegar à condição de disponibilizar o edifício construído de acordo com as necessidades do Sindicato Rural. “A iniciativa foi aprovada em assembleia geral e, hoje, inauguramos oficialmente a nova sede”, afirmou o presidente.

Também participaram da solenidade de inauguração o vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira (PSDB); os secretários municipais Oswaldo Nagao, de Agricultura, e Romildo Campello, de Meio Ambiente; o superintendente e o coordenador Geral Administrativo do Senar-SP, Mário Antonio de Moraes Biral e Sergio Perone Ribeiro, respectivamente; o presidente do Sincomércio do Alto Tietê, Airton Nogueira; a gerente geral do Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mogi das Cruzes, Cristiane Rebelato; presidente do Bunkyo de Mogi das Cruzes, vereador Pedro Komura; os vereadores Juliano Abe (PSD), Sadao Sakai (PR), Olimpio Tomiyama (PSC), Jean Lopes (PCdo B), Carlos Lucareski (PPS) e Clodoaldo Aparecido (PT); além de Tomaz Hideo Hamasaki, representando o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PPS), entre outras autoridades e lideranças do agronegócio.

Leia mais sobre o tema em “Diploma para líder rural”, “Memórias de um líder rural”, “Contra tempestades e tormentos” e “Três andares de eficiência e devoção”


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
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