Cooperativismo

Reeleito coordenador sindical

Junji integra nova diretoria da Frencoop – Frente Parlamentar Mista do Cooperativismo que tomou posse, em cerimônia realizada em Brasília, para mandato de mais um ano

10/07/2013


Reeleito coordenador sindical da Frencoop – Frente Parlamentar Mista do Cooperativismo, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) e demais integrantes da nova diretoria do colegiado tomaram posse, na noite desta terça-feira (09/07/2013), em cerimônia realizada em Brasília. O mandato tem validade de um ano e, neste período, permanece na presidência o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), acompanhado na vice-presidência do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

“As grandes corporações se fundem de todas as formas para aumentar seu potencial de competitividade no mercado e fazem o possível para que os pequenos continuem divididos e, portanto, sem condições de concorrer”, alertou Junji, apontando que o cooperativismo é o meio de sobrevivência no mundo globalizado. Mais que isto, completou ele, “o ideal cooperativista abre caminho para mais justiça social, maior empreendedorismo, melhor participação social, novas oportunidades de trabalho e renda”.

Reconduzido ao cargo que assumiu em março de 2011, Junji é reconhecido cooperativista e defensor das ações associativas, além de acumular mais de 40 anos de atuação como líder rural. Ele pontuou que “é essencial voltar a ter cooperativas que agasalhem o setor de hortigranjeiros”, porque só assim os produtores avançarão na atividade e vencerão os grandes gargalos existentes na cadeia produtiva.

Segundo o coordenador sindical da Frencoop, desde que as Cooperativas Agrícolas de Cotia e Sul Brasil foram esmagadas pela inflação, a partir dos anos 80, nenhuma outra surgiu para desenvolver funções essenciais de pesquisa, assistência técnica e comercialização – tanto na aquisição de insumos como na venda do produto final – dirigidas à produção de olerícolas, aves e ovos.

“Só para falar o básico, dá para comprar insumos pagando menos, compartilhar experiências e conhecimentos para aperfeiçoar os métodos de plantio, aumentar a produtividade e escoar a produção com mais agilidade, menos perdas e melhores ganhos”, descreveu Junji sobre a importância das cooperativas agrícolas.

O estímulo ao trabalho conjunto dos sindicatos rurais com a finalidade de resgatar as cooperativas agrícolas é, na visão de Junji, o ponto de partida para fazer ecoar a voz do campo e dar sustentação às ações dos parlamentares que defendem o setor agrícola e o cooperativismo, viabilizando as esperadas melhorias. Entre as ações desenvolvidas pelo parlamentar, ganhou evidência a mobilização que envolveu cerca de 400 participantes na primeira reunião externa da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara, realizada no mês passado (27/06), em Taubaté, no Vale do Paraíba.

O deputado evidenciou que o termo “cooperativa agrícola” engloba todas as atividades ligadas à agricultura. Não somente o cultivo, transporte e comercialização, mas também o agronegócio. Em especial, de verduras, legumes, frutas, tubérculos, bulbos, aves, ovos, flores e plantas ornamentais que ele sintetiza na palavra hortifrutiflorigranjeiros. Aliás, Junji idealizou e presidente a inédita Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.

Agradecendo a cada um dos parlamentares pela dedicação e empenho em prol do cooperativismo brasileiro, o presidente do Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, destacou a importância da Frencoop no trabalho de representação do setor no Congresso Nacional. “É uma das frentes parlamentares mais antigas e atuantes”, completou. O colegiado é formado por 233 integrantes, sendo 203 deputados e 30 senadores.

Durante a solenidade, Freitas anunciou o lançamento das versões digitais para acesso por dispositivos móveis (tablets e smartphones) de todas as sete edições da Agenda Legislativa do Cooperativismo Brasileiro – publicação anual que tem como objetivo subsidiar as decisões tomadas pelos parlamentares no Congresso. Os arquivos eletrônicos estão disponíveis tanto para a plataforma IOS (Apple) quanto para os sistemas Android.

Totalmente interativa, com fotos, vídeos e textos complementares, a Agenda Legislativa eletrônica visa facilitar, ainda mais, o acesso às informações pelos parlamentares, levando ao seu conhecimento as matérias prioritárias para o cooperativismo brasileiro. “Com isso, queremos estreitar – ainda mais – a nossa aliança estratégica com os integrantes da Frente, que tem resultado em conquistas determinantes para as cooperativas brasileiras”, ressaltou o presidente do Sistema OCB.

Segundo o dirigente, a versão digital da publicação destaca outro ponto de extrema importância para o movimento cooperativista – a sustentabilidade. “Trabalhar pelo desenvolvimento sustentável está diretamente ligado aos princípios cooperativistas. Assim, contribuímos para a preservação do meio ambiente e para a construção de um mundo melhor”.

Desafios
O presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka, assinalou conquistas alcançadas na aprovação de importantes matérias desde o início desta legislatura graças à atuação conjunta entre os parlamentares e o Sistema OCB. Como exemplos, citou a aprovação do novo Código Florestal brasileiro, a regulamentação das cooperativas de trabalho, a inclusão das cooperativas do ramo infraestrutura entre os beneficiários da redução das tarifas de energia elétrica prevista pelo Governo, além da desoneração da folha de pagamento de várias cadeias do cooperativismo.

Para o próximo mandato, Moka apontou como principais desafios a aprovação do PLP – Projeto de Lei Complementar (271/2005) que define novas regras para tributação do ato cooperativo, e a célere tramitação do projeto de Lei (3.067/2011), que dá acesso às cooperativas de crédito ao FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.

“O atual sistema de tributação sacrifica a cadeia toda, porque impõe a bitributação ou a incidência de impostos em cascata, o que onera os produtos, coloca o setor em desvantagem diante da alta competitividade no mundo globalizado e, consequentemente, no elo final, prejudica a população consumidora”, descreveu o deputado federal Junji Abe, assinalando a necessidade de proporcionar justiça tributária ao cooperativismo, alvo do PLP 271/2005.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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