Produção Leiteira

SP terá nova reunião da Subleite

Grande repercussão do encontro em Taubaté, realizado a pedido de Junji, motiva Subcomissão Permanente do Leite da Câmara a promover mais ações no Estado

22/08/2013


O Estado de São Paulo será contemplado com mais uma reunião externa da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara, pré-agendada para outubro próximo, e passará a sediar encontros periódicos para debater questões relacionadas ao setor leiteiro. A decisão reflete a enorme repercussão do primeiro debate externo do colegiado no Brasil, realizado na Cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba, por sugestão do deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

Integrante da Subleite e representante do segmento na Região Sudeste, Junji participou da reunião do grupo, na manhã desta quarta-feira (21/08/2013). Um dos assuntos em pauta foi o relatório das ações apontadas pelos delegados da política nacional do leite como prioridade imediata a ser trabalhada pela cadeia produtiva em parceria com a Subleite.

Em encontro, no início do mês (07/08), os delegados priorizaram a reestruturação e ampliação do sistema de assistência técnica e extensão rural. Eles também indicaram, entre as necessidades imediatas do setor, o aperfeiçoamento dos métodos de transmissão das informações aos produtores, assim como a revisão dos marcos regulatórios do setor lácteo. Em especial, o Riispoa – Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que está prestes a ser publicado pelo governo federal.

A convite da subcomissão, presidida pelo deputado Alceu Moreira(PMDB/RS), a titular da Dipoa – Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Judi Maria da Nóbrega, fez uma exposição sobre o documento, que inclui a revisão dos marcos regulatórios do setor lácteo, principalmente o Riispoa. Segundo Junji, a norma atual bloqueia o desenvolvimento da indústria leiteira.

Como a publicação do novo texto no DOU – Diário Oficial da União cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Subleite anunciou que intensificará gestões junto à Pasta no sentido de acelerar o procedimento, previsto para 31 de dezembro próximo.

Defendida com voracidade pela Subleite, a constituição do Conselho Nacional de Política Leiteira foi outro tema que polarizou as atenções dos participantes do encontro. Junji entregou aos membros do colegiado um relato do delegado Wander Luiz Carvalho Bastos, presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e da Assivarp – Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba.

O documento do líder sindical expõe suas preocupações em relação ao comportamento de determinados dirigentes do setor que não desejam a formação do Conselho Nacional de Política Leiteira, o que contraria o desejo dos produtores e trabalhadores rurais. Bastos registrou que há entidades temendo uma eventual e injustificada concorrência com a pretendida organização.

Ao tomar conhecimento da manifestação de Bastos, o presidente da Subleite deu toda razão ao delegado por se preocupar com a posição de determinados dirigentes. “É preciso mudar a cultura de antigos líderes que não desejam nova estrutura de representação junto ao governo”, ponderou, reiterando os esforços da subcomissão no sentido de viabilizar o Conselho Nacional de Política Leiteira.

Por meio de pressões políticas, explicou Junji, o reivindicado colegiado, com escritório físico em Brasília, ajudaria a desobstruir dificuldades de ordem burocrática e a vencer a falta de sensibilidade dos órgãos públicos na adoção de medidas de sobrevivência, principalmente, para os míni, pequenos e médios profissionais do campo.

De acordo com Junji, a preocupação de Bastos merece toda atenção. “Ele representa a maior bacia leiteira do Estado de São Paulo e foi quem nos trouxe o problema vivido pelos míni e pequenos produtores de leite, incluindo os agricultores familiares, vitimados pela concorrência desleal com itens lácteos importados”. Também participaram da reunião promovida pela Subleite os deputados Celso Maldaner (PMDB-SC), Domingos Sávio (PSDB-MG) e Vitor Penido (DEM-MG).

As reuniões promovidas pela Subleite visam traçar uma radiografia das ações desenvolvidas com base nas diretrizes especificadas no Relatório Parcial 2011/2012, elaborado por representantes da cadeia produtiva durante a 1ª Conferência Nacional do Leite.

A Subleite concentra fogo na cobrança das autoridades quanto ao cumprimento das 135 ações descritas no documento elaborado na conferência e aprovado por unanimidade pelo colegiado. A adoção de medidas de defesa comercial do mercado lácteo brasileiro consta como o item número um dos procedimentos definidos como prioritários. O conjunto de reivindicações também abrange pesquisa, capacitação e assistência técnica, além de questões sanitárias e de políticas de promoção e crédito.

No mês passado (02/07), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, confirmou à Subleite sua disposição de “colaborar tanto quanto possível” para viabilizar a reivindicada política leiteira. “As importações de leite diminuíram, mas o Brasil ainda recebe doses externas cavalares do soro que é misturado aos produtos lácteos colocando em risco também a saúde dos brasileiros”, protestou Junji, ferrenho defensor dos míni, pequenos e médios produtores, além dos agricultores familiares, ameaçados pela entradas abusivas de itens lácteos vindos de países onde a agropecuária recebe fartos subsídios.

O ministro também manifestou apoio à constituição do Conselho Nacional de Política Leiteira, defendida pela Subleite como meio de efetivar a atuação conjugada permanente dos atores da cadeia produtiva, parlamentares e governo. A subcomissão pretende realizar a segunda edição da Conferência Nacional do Leite em novembro próximo.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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