Pró-Horti: Ano 2

Embrapa alerta para perdas de alimentos

No evento comandado por Junji, executivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Hortaliças fala sobre sistemas mais sustentáveis e economicamente viáveis

28/08/2013


Melão é hortaliça, uma das poucas que o Brasil exporta, assim como melancia e morango são hortaliças e não frutas, conforme esclarecimento do chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Hortaliças, Warley Marcos Nascimento, durante a comemoração do segundo ano de existência da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, realizada nesta quarta-feira (28/08). Ele destacou a importância do colegiado na luta em prol de itens negligenciados em relação às commodities, negociadas no mercado mundial, como soja, cana de açúcar, etanol, suco de laranja e outras.

Na solenidade comandada pelo presidente da Pró-Horti, deputado federal Junji Abe (PSD-SP), Nascimento fez uma exposição sobre as tecnologias da Embrapa Hortaliças para a olericultura nacional. Representando Maurício Antônio Lopes, que preside a Embrapa, o executivo da estatal concordou com o parlamentar sobre a necessidade de o colegiado atuar para vencer grandes desafios com o desenvolvimento de sistemas mais sustentáveis e economicamente viáveis.

Segundo Nascimento, um dos entraves a serem superados pelo segmento é o aumento de consumo “que terá reflexos positivos para toda cadeia produtiva”. O outro, prosseguiu, é reduzir perdas de hortifrútis, a partir da porteira. Cerca de 30% de tudo que sai do campo são perdidos no transporte, distribuição, gôndolas e outras etapas até a casa do consumidor. Daí, a importância da expansão do mercado de hortaliças minimamente processadas.

Tratam-se de produtos hortícolas selecionados, higienizados, cortados e embalados pré-elaborados ou prontos para o consumo. A oferta destes itens minimamente processados reflete as exigências do mercado onde cresce a preferência popular por itens que dispensam a seleção nas bancas a granel, não precisam passar pela fila da pesagem, estão prontos para consumir e evitam desperdícios, porque vêm em porções variadas, de acordo com o tamanho da família.

Os alvos da tributação são produtos frescos minimamente processados, ou seja, sem qualquer aditivo químico ou conservante, que levam os produtores a serem surpreendidos com autuações por não recolherem o ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação sobre estes itens, como apontou Carlos Augusto Schmidt, diretor-presidente do Ibrahort – Instituto Brasileiro de Horticultura e gerente executivo da Aphortesp – Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifruti do Estado de São Paulo.

Elogiando a devoção de Junji em prol do agronegócio, Schmidt destacou a cruzada pela concessão de isenção tributária definitiva aos produtos hortícolas minimamente processados. “Se a tributação perdurar, os consumidores serão os grandes prejudicados, porque a incidência do imposto sobre esses itens deverá elevar os preços de 30% a 40% nas prateleiras do varejo, inviabilizando o acesso da maioria da população a alimentos saudáveis”, advertiu o deputado.

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Fotos: Cláudio Araújo


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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