Homenagem

Em destaque, papel do veterinário

Em comemoração aos 45 anos do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, Junji enaltece atores da cadeia produtiva de alimentos e promotores da saúde humana

04/11/2013


A população precisa, cada vez mais, reconhecer os médicos veterinários como atores da cadeia produtiva de alimentos e promotores da saúde humana. A análise foi feita pelo deputado Junji Abe (PSD-SP), durante a sessão solene em comemoração aos 45 anos do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina. “É o trabalho desses profissionais que garante a produção com qualidade – tanto para os grandes quanto para os pequenos criadores – e o bem-estar dos animais de estimação”, discursou, representando seu partido, o PSD.

Segundo Junji, o Brasil necessita difundir conhecimentos técnicos no campo para aumentar e elevar a qualidade de produção. “No contexto, é imprescindível a assistência prestada por veterinários e zootecnistas. Somos muito gratos a estes profissionais que respondem, em grande parte, pelo desempenho de produtos brasileiros no mercado internacional”, disse o deputado, referindo-se ao fato de o Brasil figurar como um dos maiores exportadores de carne bovina do planeta.

Realizada nesta quinta-feira (24/10/2013), por iniciativa do deputado César Halum (PRB-TO), a sessão solene celebrou os 45 anos de promulgação da Lei nº 5.517 de 1968, que regulamentou o exercício da Medicina Veterinária e criou o Sistema CFMV/CRMV – Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. Naquele ano, havia pouco mais de 5 mil profissionais atuantes e apenas sete Conselhos Regionais. Hoje, são quase 10 mil especialistas, 250 cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. Além do Conselho Federal, há Conselhos Regionais instalados em todos os estados da Federação e no Distrito Federal, estruturados para exercer um papel fundamental na regulamentação da profissão.

Embora seja uma profissão jovem no Brasil, criada em 1918, a Medicina Veterinária multiplicou seu leque de competências. Desde a prevenção e cura das afecções de diversas espécies animais, produção e inspeção de alimentos, defesa sanitária animal, saúde pública, ensino técnico e superior, pesquisa, extensão rural até a preservação ambiental e ecológica. “O controle de zoonoses propiciado por este profissional contribui para resguardar ainda a saúde pública e cuidar dos animais de estimação que consideramos membros da família”, complementou Junji.

Defensor do resgate da policultura como alternativa para a sobrevivência de míni e pequenos produtores em localidades dominadas pela monocultura da cana de açúcar ou da soja, por exemplo, Junji enalteceu a importância do veterinário. “Quando se fala em variedade, o ideal é ter umas quatro ou cinco culturas hortícolas diferentes, aliadas à criação de aves, porcos ou outros pequenos animais, por exemplo. Afinal, o esterco servirá de adubo para as hortaliças”, explicou ele, ao assinalar que o sucesso do empreendimento depende da boa saúde dos bichos a ser assegurada pela assistência veterinária.

Em muitas localidades brasileiras, os proprietários rurais que arrendam suas terras para usineiros cultivarem cana de açúcar estão às voltas com a crescente rescisão de contratos, porque os industriais vêm rejeitando áreas menos planas, onde aclives e declives dificultam ou impedem os tratos mecanizados. “Com conhecimento, orientação técnica, vocação e muito trabalho, é perfeitamente possível transformar terrenos pequenos em polos agrícolas altamente produtivos, recorrendo à policultura”, observou Junji.

Trabalhos legislativos
Depois de uma grande luta que garantiu a legislação (lei 12.689/2012), que estabelece o medicamento genérico de uso veterinário no Brasil, os deputados federais Junji Abe e César Halum trabalham pela aprovação do projeto de Lei (4148/2012), de autoria deles, que visa a criação das farmácias veterinárias populares para baratear a medicação veterinária, possibilitando adequado tratamento de animais no campo e nas cidades.

Segundo Junji, no campo, estão mais de 4,3 milhões de produtores de pequeno porte que atuam em 84% das propriedades rurais brasileiras e respondem por cerca de 10% do PIB – Produto Interno Bruto nacional. A maior parte cria animais como peixes, aves, suínos e gado leiteiro, entre outros, para consumo e venda em pequena escala.

Ponderando que a medicação veterinária é fundamental para criadores de todos os tamanhos, Junji disse que, nas pequenas propriedades, a preocupação é maior, porque o baixo resultado financeiro da atividade agrícola mal garante o sustento das famílias. “E não sobra dinheiro para cuidar da saúde dos animais criados por esses pequenos produtores”. A situação, completou ele, ameaça o desempenho da economia brasileira, porque os principais focos de doenças animais podem surgir em pequenos imóveis rurais e, depois, se alastrarem para outras áreas.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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