Sistema Habitacional

Junji quer banir construtoras ruins

Deputado recebe do Ministério das Cidades garantia de que haverá devassa nas habitações do Programa Minha Casa Minha Vida para impedir manutenção de empreiteiras responsáveis por serviços de má qualidade

12/02/2014


O governo federal promoverá uma devassa nas obras do sistema habitacional público ou subsidiado para identificar problemas, exigir soluções e afastar as empreiteiras responsáveis por serviços de má qualidade. A garantia foi dada, nesta quarta-feira (12/02/2014), ao deputado federal Junji Abe (PSD-SP) pela diretora de Produção Habitacional do Programa Minha Casa Minha Vida do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani.

Acompanhado pelos vereadores Antonio Lino Silva (PSD), Jean Lopes (PCdoB) e Pedro Komura (PSDB), todos de Mogi das Cruzes, cidade natal do deputado na Grande São Paulo, Junji entregou à diretora ofício e um dossiê, com cópias e um DVD, contendo uma série de reportagens publicadas pela Imprensa do Alto Tietê sobre os prejuízos decorrentes da má qualidade das moradias populares erguidas em diversos bairros. “A situação se repete às centenas em outras cidades e até em outros estados, lesando diretamente os beneficiários do Minha Casa Minha Vida”, relatou o parlamentar.

Depois de comentar os episódios registrados em Mogi das Cruzes no microblog Twitter – do qual é usuário assíduo –, Junji contou que recebeu uma “enxurrada” de reclamações semelhantes provenientes de moradores de residenciais populares localizados nos mais diferentes pontos do País. “Estamos aqui para cobrar a solução dos prejuízos causados e medidas efetivas no sentido de acabar com ocorrências do gênero, honrando o conceito sistematicamente defendido pela presidente Dilma Rousseff (PT) de ser ‘contra o malfeito’”, afirmou Junji, ao destacar que a audiência tinha o propósito único de exigir providências.

Segundo Junji, “ninguém está aqui para crucificar a Caixa Econômica Federal, que é o agente financeiro, e muito menos o Ministério das Cidades”. Ele pontuou que pretende propor a realização de uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara. Antes, porém, decidiu levar o caso ao conhecimento da Pasta encarregada de monitorar o Programa Minha Casa Minha Vida.

Maria Avesani mostrou-se surpresa com o farto material apresentado por Junji para comprovar a má qualidade dos serviços prestados por construtoras em condomínios populares. Ela afirmou que não tinha conhecimento da situação. Mas, diante dos fatos, tomaria providências imediatas para corrigir os problemas detectados e evitar novos incidentes. “Sou imensamente grata pelas informações. Ótimo seria se todos os parlamentares procurassem diretamente o órgão responsável para a adoção das medidas corretivas, em vez de buscarem outros caminhos”, declarou a diretora dirigindo-se ao parlamentar.

Para ilustrar o sofrimento dos moradores de moradias malfeitas, Junji citou o caso dos apartamentos alagados no Jardim Layr, em Mogi. “O problema não foi a localização do condomínio, mas sim a incompetência da empreiteira que deixou de fazer o sistema de drenagem apropriado”, denunciou, ao defender que empresas incapacitadas sejam banidas do rol de contratadas para a execução do programa de moradias populares.

Os beneficiários do Minha Casa Minha Vida, lembrou o deputado, são famílias de baixa renda que, enfim, ficam livres do aluguel e realizam o sonho da moradia própria. “Contempladas com o lar, as pessoas compram novos móveis, eletrodomésticos e outros utensílios, usando até o programa governamental de crédito específico para a finalidade. Imagine o sofrimento delas ao perderem tudo o que conseguiram, a duras penas, porque o imóvel foi inundado?”, questionou Junji, recebendo a solidariedade da executiva do Ministério das Cidades. O deputado pediu que seja notificado sobre as providências adotadas pela Pasta.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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