Junji exige participação da Cidade no Conae

Deputado pede interferência do Ministério da Educação para corrigir conduta equivocada que impede presença da delegação de educadores mogianos na etapa nacional da conferência

19/02/2014

Indignado com a inexplicável conduta que tirou dos educadores do município de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o direito de participar da etapa brasileira do Conae – Conferência Nacional da Educação 2014, em Brasília, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) acionou o MEC – Ministério da Educação. Ele reivindica a inclusão da delegação mogiana entre os participantes do evento e defende a transformação da Cidade em polo do Conae 2016, agregando a representação das demais localidades da Região do Alto Tietê.

Atualmente, o setor educacional de Mogi das Cruzes está vinculado ao polo de Guarulhos. Segundo o deputado, um dossiê contendo farta documentação comprova que a delegação mogiana de educadores seguiu todas as instruções constantes do Regimento do Fórum Nacional de Educação, organizador do Conae, para garantir sua participação na fase estadual que antecedeu a etapa nacional.

Lançando mão de um procedimento considerado “abominável” por Junji, coordenadores do evento em nível estadual e representantes de alguns polos educacionais se negaram a reconhecer a legitimidade da fase municipal, realizada em Mogi das Cruzes. “Cometeram uma série de atos desrespeitosos e até agressivos contra a delegação mogiana. Por fim, baniram o Município da etapa nacional do Conae 2014”, relatou o deputado ao diretor de Programas do Ministério da Educação, Arlindo Cavalcanti, nesta terça-feira (18/02/2014).

Acionado pela supervisora de Educação e delegada mogiana eleita na fase municipal, Valquiria Nabarreti, Junji ficou estarrecido com o episódio, dispondo-se a empreender esforços no sentido de evitar que a Cidade continuasse alijada de representação na etapa nacional. Depois de entregar um ofício e relatar a ocorrência, comprovada com documentos, Junji cobrou de Cavalcanti providências urgentes para corrigir a conduta que ele classificou como “descabida”.

Cavalcanti prometeu levar o assunto à reunião que ocorrerá na próxima semana com todos os representantes dos fóruns estaduais, porque pretende apurar as razões que motivaram a exclusão de Mogi das Cruzes da conferência. “Não queremos pedidos de desculpas. Exigimos a participação da delegação mogiana na etapa nacional do Conae 2014”, insistiu Junji, recebendo do diretor de Programas do MEC a garantia de que ele tudo fará para viabilizar a presença da Cidade no evento.

Além disso, reiterou Junji, é fundamental que o MEC analise a possibilidade de transformar Mogi das Cruzes em polo da representatividade do Alto Tietê já para a edição 2016 do Conae. “Não posso concordar que um Município com mais de 400 mil habitantes, dotado de um setor educacional pujante, com projetos reconhecidos e premiados dentro e fora do Brasil, fique excluído do debate nacional sobre educação. Afinal, o ministério busca exemplos que inspirem outras cidades a aperfeiçoarem a missão de ensinar e aprender”, desabafou o deputado que integra a Comissão Especial da Reformulação do Ensino Médio e foi membro da Comissão de Educação da Câmara.

A audiência havia sido agendada com o coordenador geral do Fórum Nacional de Educação, Francisco das Chagas Fernandes. Entretanto, somente na reunião, o parlamentar fora informado de que o interlocutor tinha sido substituído por Cavalcanti. O fato confirma que “algo muito errado vem crescendo em meio à organização de um setor primordial para o Brasil em todos os sentidos”, criticou Junji, assegurando que estará monitorando a situação junto ao MEC.

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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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