Vale Histórico

Lideranças pedem ajuda de Junji

Dirigentes rurais de 16 municípios temem o desaparecimento da atividade agrícola na Região em função de medidas adotadas pelos governos federal e estadual

25/03/2014


Lideranças rurais de 16 cidades do chamado Vale Histórico temem o desaparecimento da atividade agrícola na Região, por causa de medidas equivocadas adotadas pelos governos federal e estadual. A apreensão foi demonstrada ao deputado federal Junji Abe, durante reunião promovida pela Assivarp – Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba e pelo Sindicato Rural de Cruzeiro, ambos presididos por Wander Bastos.

Os efeitos das decisões que ameaçam a sobrevivência da agropecuária no Vale Histórico não se limitam ao campo. “Terão reflexo devastador sobre as cidades que têm a atividade como base de sua economia. Também afetam diretamente a população que depende do agronegócio para ter trabalho e renda”, analisou Junji que se comprometeu a desenvolver uma série de ações na expectativa de reverter o quadro.

Pindamonhangaba, Potim, Aparecida do Norte, Guaratinguetá, Lorena, Canas, Cachoeira Paulista, Piquete, Cruzeiro, Lavrinhas, Silveira, Queluz, Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal são os 16 municípios que compõem o Vale Histórico, onde os produtores rurais vivem momentos de grande tensão.

Dois temas estão relacionados ao governo paulista. Um envolve o eventual tombamento de extensa área da Serra da Mantiqueira para preservação ambiental. O outro trata do bombeamento das águas do Rio Paraíba para o Sistema Cantareira da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Em ambos os casos, as leis ambientais e de proteção aos mananciais determinarão desapropriações e a consequente suspensão das atividades desenvolvidas no local.

“Embora a ameaça de desapropriações venha com antecedência, os projetos efetivos demoram. Até lá, ninguém sabe exatamente de que localidades deverá sair, assim como em que áreas terá de interromper a produção agrícola ou quantas restarão para as atividades. Em outras palavras, cria-se um clima de terror que se estende até a execução das medidas”, observou Junji com a experiência de quem viveu processo semelhante.

Junji contou aos dirigentes rurais que sua família Abe passou 20 anos na amargura de como seria o tal sistema produtor de água do Alto Tietê, quais terras seriam desapropriadas e quanto de produção agrícola seria perdido. “Cerca de duas décadas antes de iniciar o projeto, o governo do Estado anunciou a construção da barragem do Rio Jundiaí, em Taiaçupeba, no Município de Mogi das Cruzes, onde fica nossa fazenda. Conheço o drama de conviver com um fantasma que a gente não sabe quando virá e de que forma nos atingirá”, relatou. O deputado enfatizou que a situação é ainda pior quando envolve a agropecuária, porque a atividade requer preparo de solo e outros tratos culturais que poderão ser desperdiçados repentinamente.

Ninguém é contra a preservação ambiental e nem contra o abastecimento de água para a população, como frisou o deputado. “O que não se pode admitir são as decisões intempestivas, tomadas sem planejamento. É o mesmo que cobrir um santo descobrindo o outro”, comparou, comprometendo-se a cobrar uma revisão do posicionamento do governo estadual.

Outras reivindicações entregues a Junji serão levadas ao governo federal, como a retomada dos repasses financeiros do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para o Finame PSI – Programa de Sustentação do Investimento, que financia a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas novos, fabricados no País. “A suspensão do programa inviabiliza a melhoria da produtividade, principalmente nas propriedades de míni, pequenos e médios produtores, que são maioria no Vale Histórico.

Representante legítimo
Presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, vice-presidente da Região Sudeste na FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária, integrante da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite, diretor sindical da Frencoop – Frente Parlamentar do Cooperativismo e membro titular da Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural desde que chegou à Câmara, em fevereiro de 2011, Junji integra todos os colegiados ligados, direta ou indiretamente, à produção de alimentos e mantém relação umbilical com o setor agrícola. Pertence à terceira geração dos Abe na agricultura e acumula mais de 40 anos de atuação como líder rural, vinculado a entidades paulistas e de abrangência nacional.

Reconhecido no Parlamento como o único defensor do segmento de hortifrutiflorigranjeiros, é chamado a opinar em todos os assuntos que envolvem itens agrícolas dirigidos ao mercado interno. Por conta do trabalho de Junji, este segmento passou a ser considerado nas ações desenvolvidas pelos parlamentares e pelo próprio governo. O presidente da Assivarp destacou que o deputado é o mais indicado para liderar a cruzada dos produtores do Vale Histórico.

Segundo Bastos, “Junji é o único parlamentar que conhece e domina todos os assuntos referentes à agropecuária e ao agronegócio e, por isto, é o mais combativo na defesa dos produtores rurais”. Além disso, completou o dirigente, ele tem participação assídua em todos os colegiados que detêm ferramentas para interagir com os governos federal, estaduais e municipais.

Ao assinalar que “é um orgulho ter Junji como nosso representante”, o presidente da Assivarp lembrou que ele se destacou no ”Ranking do Progresso”, da Revista Veja, como o 13º deputado federal mais atuante entre os 513 do Congresso Nacional e ocupa a terceira colocação entre os 70 parlamentares do Estado de São Paulo. Em seguida, Junji fez uma detalhada exposição da situação do agronegócio nacional, da conjuntura internacional, da péssima gestão pública no Brasil, que acarreta prejuízos irreversíveis ao setor produtivo com reflexos diretos sobre a economia e a população. Foi efusivamente aplaudido pelos participantes.

Também participaram da reunião de trabalho nesta sexta-feira (21/03/2014), em Cruzeiro, o ex-prefeito de Guaratinguetá e pré-candidato a deputado estadual Junior Filippo (PSD); o presidente do PSD de Cruzeiro, Carlos Frederico Pereira, o Peco; o secretário municipal de Desenvolvimento de Cruzeiro, José Rogério Martins; o coordenador de Defesa Animal da Cati – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de Guaratiguetá, Francisco Eugênio Souza Reis; os vereadores Silvinho Bueno(DEM), de Queluz; Padre Reginaldo (PR) e Vantuir Faria (PT), de Guaratinguetá; Guilherme da Silva (PSDB) de Silveiras, e Ademar Ligabo (PP), de Canas; Helena e Augusto Muzzi, proprietários da Estância Essência do Vale de Cruzeiro; e os presidentes dos Sindicatos Rurais de Queluz, Alexandre Bevilaqua; e de São João do Barreiro, Paulo Cesar Guimarães, além de outros dirigentes rurais e lideranças de entidades ligadas à agropecuária.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
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