Agronegócio

Alerta para representatividade

Em reunião da Frente da Agropecuária, deputado comanda emocionante despedida do ruralista Valdir Colatto da Casa e pede empenho de lideranças para garantir representantes no Congresso

08/04/2014


É latente o risco crescente de perda da representatividade do setor agrícola no Congresso Nacional. O alerta foi feito pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), nesta terça-feira (08/04/2014), em reunião da FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária. Ele fez um discurso emocionante para marcar a despedida do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) que, como suplente, deixa a Casa para o retorno do titular João Rodrigues (PSD-SC).

“É com imenso pesar que registro a despedida do Colatto. Nesta legislatura, já não tivemos outro conceituado ruralista, o amigo Zonta (PP-SC). Falo de dois gigantes na defesa do agronegócio que, cada vez mais, perde representantes, por falta de conscientização das bases no momento do voto”, pronunciou-se Junji, vice-presidente da FPA na Região Sudeste.

Ao evidenciar como a ausência de batalhadores legítimos no Congresso repercute nas lutas cotidianas em benefício do agronegócio, Junji fez um apelo às lideranças classistas presentes à reunião: “Mais do que nunca, a agropecuária precisa do apoio de todos. Precisamos lutar como leões porque, se não nos unirmos e entendermos que é preciso ir a campo, em busca de votos, este setor tão importante na economia brasileira, poderá perder, cada vez mais, representantes fortes e devotados como Valdir Colatto e Zonta”.

A manifestação de Junji tocou fundo os participantes da reunião. Presidente da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite e da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, o deputado afirmou que a cruzada para eleger representantes do setor agrícola para o Congresso Nacional e demais esferas de governo não pode ficar restrita aos dirigentes das organizações classistas. “É preciso que o apelo chegue às bases, aos trabalhadores e suas famílias, às indústrias de tratores e implementos, aos transportadores, embaladores, aos parceiros, aos supermercadistas, ao dono da quitanda, enfim, a todos os agentes da cadeia produtiva”.

Sem uma visão clara de que a falta de representatividade do setor agrícola no Congresso afetará todos os elos da cadeia produtiva, o processo não se completará, como advertiu Junji, chamando a atenção das lideranças rurais para este ano eleitoral. “Nós, parlamentares que defendemos o setor, precisamos do respaldo das bases. Caso contrário, sequer, seremos vozes solitárias. Temos de formar um coro merecedor de respeito. Só o voto pode fazer esta construção”, insistiu o deputado, produtor rural desde que se conhece por gente e com um histórico de mais de 50 anos como líder agrícola.

Ainda na reunião da FPA, Junji voltou a insistir na concentração de esforços para votação do projeto de Lei (5943/2013), que corrige as distorções na legislação vigente referente aos motoristas profissionais. “Se a demora perdurar, vamos ver o massacre da categoria, seguido dos prejuízos a toda sociedade, com o desabastecimento e encarecimento de preços”, destacou ele, que foi sub-relator da comissão especial que analisou a chamada Lei dos Caminhoneiros (12.619, de 30 de abril de 2012).

As considerações de Junji tiveram grande aceitação entre os participantes da reunião da FPA, presidida por Luiz Carlos Heinze (PP-RS). No encontro, também foram apresentados os novos dirigentes da Aprosoja Brasil. A presidência está com Almir Dalpasquale, da Aprosoja-MS. O vice-presidente imediato é Ricardo Tomczyk, da Aprosoja-MT; e o vice-presidente, Mauricio Koji Saito, da Aprosoja-MS.


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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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