Setor Leiteiro

Ministro garante transparência nas ações

Em audiência com Junji e integrantes da Subleite, Neri Geller diz que dará agilidade na resposta às demandas e assume compromissos com a cadeia produtiva do leite

10/04/2014


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, anunciou que a ordem geral da pasta é atuar com agilidade e transparência, em resposta às demandas do setor. “Independentemente de a manifestação ser positiva ou negativa, será de conhecimento imediato do solicitante, sem embromação”, resumiu o presidente da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite na Câmara, deputado federal Junji Abe (PSD-SP), ao elogiar a nova postura adotada no órgão.

Em companhia de outros integrantes da Subleite e de lideranças agrícolas, Junji reuniu-se com o ministro, no início da noite desta quarta-feira (09/04/2014), para apresentar a nova diretoria do colegiado e reforçar as medidas cobradas pelo setor leiteiro. As reivindicações da subcomissão concentram-se nas 135 ações constantes do documento elaborado na 1ª Conferência Nacional do Leite e aprovado por unanimidade pelo colegiado.

Apesar de ter assumido a pasta há menos de um mês, Geller está familiarizado com as necessidades prementes do setor leiteiro. “Ele tem conhecimento do setor por ser produtor e empresário rural. Por ter sido deputado federal, também sabe das dificuldades enfrentadas pelos parlamentares quando precisam acionar o Executivo em busca de respostas e providências”, observou Junji, ao emendar que ele foi secretário de Política Agrícola do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, antes de ser ministro.

O ponto que mais irrita os parlamentares é a “embromação”, como apontou Junji. “Nada pior do que cobrar sucessivamente uma resposta, não obter e, mais tarde, ser surpreendido com uma medida totalmente contrária às necessidades do setor”, comentou, ouvindo de Geller que tal situação não ocorrerá mais no Mapa.

A nova dinâmica de agilidade e transparência, impressa por Geller no ministério, agradou o grupo. O ministro enumerou uma série de medidas adotadas pelo Mapa na expectativa de socorrer vários segmentos, como o leiteiro, que se espalha por todos os estados do País, amparado no trabalho dos míni e pequenos produtores. “Daí, nossa insistência para que os serviços de assistência técnica e extensão rural cheguem com celeridade e eficiência ao campo”, pontuou Junji, defendendo ações de governo para melhorar a capacitação profissional de quem produz.

Ao ouvir essa manifestação, Geller garantiu que o Mapa tem atuado no sentido de acelerar a execução de ações voltadas à profissionalização. “Estamos muito sensibilizados e satisfeitos com essa nova dinâmica. Mas, o Mapa deve ficar atento à movimentação de outros ministérios, como o das Relações Exteriores e o de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”, alertou Junji. Ele esclareceu que estas pastas, focadas na política de boa vizinhança e de consolidação do relacionamento multilateral, acabam tomando iniciativas mortais para o setor produtivo brasileiro.

Como exemplo, Junji pinçou as “importações predatórias e absolutamente desnecessárias” de leite, soro, e derivados lácteos da Argentina, do Uruguai, e até dos Países Escandinavos. “A entrada maciça de itens lácteos, vindos de países onde a agropecuária recebe fartos subsídios, promoveu a destruição da cadeia produtiva da pecuária de leite, com o extermínio de agricultores familiares, míni e pequenos produtores, que não sobreviveram à concorrência desleal, além do consequente desabastecimento decorrente da crise que reduziu a oferta de produtos”, rememorou.

Ainda em relação ao tema, Junji assinalou que a adoção de medidas de defesa comercial do mercado lácteo brasileiro consta como o item número um das ações definidas como prioritárias na conferência. A proibição ou, no mínimo, a drástica redução da importação de produtos lácteos vindos de países onde a produção leiteira recebe fartos subsídios governamentais é a principal reivindicação da categoria.

“Temos repetido essa cantilena dramática sucessivamente e, até agora, não obtivemos de ninguém que comandou o Mapa a firme iniciativa de defender os setor produtivo nacional. Considerando seu histórico, queremos crer que, desta vez, será diferente”, afirmou Junji, dirigindo-se ao ministro.

Como presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, o deputado lembrou ainda que a ”vítima da vez” é a bananicultura nacional, ameaçada com o risco de importações de bananas do Equador. De novo, sem necessidade, considerando que a produção brasileira abastece o mercado interno e ainda segue para exportação.

Geller ouviu atentamente a exposição de Junji. Ele garantiu estar alerta e altamente disposto a correr atrás das medidas para atender as necessidades da cadeia produtiva, de maneira eficaz e com respeito aos solicitantes. O presidente da Subleite agradeceu a receptividade e determinação do ministro, mas advertiu que prosseguirá monitorando o andamento das ações do Mapa.

Também participaram da audiência Leandro Diamantino Feijó, diretor substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Marcelo Martins, coordenador geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Alexandre Gomes Fernandes, chefe substitutivo da Dilei – Divisão de Inspeção de Leite e Derivados – todos do Mapa – Fábio Scarcelli, presidente da ABIQ – Associação Brasileira das Indústrias de Queijo; Wilson Massote, diretor-executivo da G100 – Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios; e Wilson Muniz, diretor-executivo da ABLV – Associação Brasileira de Leite Longa Vida, além do relator da Subleite, deputado Alceu Morreira (PMDB/RS) e do deputado Celso Maldaner (PMDB/SC).


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com