Agrovilas ajudam combater êxodo

Junji pede apoio de parlamentares em defesa de recursos para ampliar oferta de habitações rurais como meio de contribuir com a fixação do homem ao campo

11/04/2014

Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) pediu o apoio dos parlamentares em defesa do direcionamento de recursos financeiros para incrementar o PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural, que integra o Minha Casa Minha Vida. “A multiplicação das chamadas agrovilas é um instrumento fundamental para garantir dignidade ao profissional do campo, contribuindo para combater novas ocorrências de êxodo rural”, justificou.

Para dimensionar a gravidade do êxodo rural no País, que se alastra ao longo de décadas, Junji citou o censo demográfico do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “O de 2010 – e já se vão quatro anos – diz que, em média, a população urbana do Brasil é 84% e a rural, 16%. No Estado de São Paulo, a população urbana chega a 95,88% e a rural a tão somente 4,12%”, apontou.

De acordo com o deputado, a situação contrasta com a importância do agronegócio como sustentáculo da economia brasileira e gerador de empregos e renda, “com reflexos extremamente positivo para as necessidades sociais”. Daí, completou ele, a necessidade de adotar mecanismos capazes de fixar o homem no campo.

Em seu discurso, nesta quinta-feira (10/04/2014), Junji classificou a oportunidade da casa própria como meio de incentivar o agricultor familiar e o trabalhador rural a permanecerem na atividade agrícola. “O governo precisa cuidar com carinho desse assunto. Precisamos fazer com que os investimentos na implantação de habitações rurais sejam maciços”, apelou.

Caso contrário, advertiu Junji, “teremos nas cidades um cordão de favelados, de miseráveis sem qualificação, enquanto que, na zona rural, poderíamos abrigar esse contingente que gera riquezas e empregos ao Brasil”. A ampliação do processo de agrovilas representa mais um fator de fixação do homem ao campo.

“Sem a ajuda do governo para ter onde viver dignamente, os trabalhadores rurais e pequenos agricultores acabam seduzidos pelas falsas oportunidades e acabam sofrendo em bolsões urbanos de miséria”, insistiu. Em função do pouco tempo disponível para o pronunciamento – cerca de 3 minutos –, Junji entregou o texto para registro na Casa.

Veja o discurso

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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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