#Federal5566

De Abe para Abe

'É uma alegria, uma honra ter o sobrenome igual ao seu!', diz o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, para o deputado federal Junji Abe, durante recepção em Brasília

01/08/2014


O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Japão, deputado federal Junji Abe (PSD-SP) – 5566, participou, na manhã desta sexta-feira (01/08/2014), em Brasília, da recepção ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que encerra no País o circuito pela América Latina e Caribe. “A vinda do premiê é de extrema importância para o estreitamento da relação bilateral. A visita traz a garantia de expansão dos investimentos japoneses em território nacional, confirmando o fim dos 20 anos de contenção econômica nipônica”, avalia o parlamentar que, mais tarde, esteve no almoço oferecido pela presidente Dilma Rousseff (PT) à comitiva e convidados.

Ao ser informado que o deputado federal, presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Japão chama-se Junji Abe, o primeiro-ministro fez questão de cumprimentá-lo. “É uma alegria, uma honra ter o sobrenome igual ao seu!”, manifesta-se o bem-humorado Shinzo Abe que, assim como o Abe brasileiro, tem a política nas veias.

Acompanhado por uma comitiva de cerca de 500 pessoas, entre autoridades e empresários dos mais diferentes segmentos econômicos, o primeiro-ministro rememorou os 106 anos de imigração japonesa no Brasil e falou do quanto se sentia privilegiado por ser o terceiro membro do clã Abe a visitar o País, na condição de premiê. “Aqui estiveram meu avô e meu pai. Hoje, venho com a importante missão de resgatar o dinamismo dos negócios entre os dois países”.

Em seu discurso, Shinzo Abe invocou uma expressão muito usada pelos brasileiros em relação japoneses: “Japonês garantido, no!”. Desmitificando o teor pejorativo, o primeiro-ministro disse que a frase sintetizava os conceitos de credibilidade, respeito e seriedade formados pelo povo brasileiro sobre os nipônicos. “Aqui estamos para atestar o quanto somos assim, dignos de confiança”, resume e indica os brasileiros, descendentes de japoneses, como Junji, que povoavam a recepção.

A maciça presença da nata do empresariado japonês na comitiva oficial confirma a disposição do País do Sol Nascente de retomar o ritmo de parcerias com empreendedores nacionais, como avalia Junji. O Japão é considerado pela diplomacia brasileira o sexto principal parceiro econômico no mundo e o segundo na Ásia, atrás apenas da China.

Segundo o deputado, o encontro do premiê com autoridades brasileiras abre perspectivas para a consolidação de planos de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia, agricultura e infraestrutura naval, entre outras. “Quem sabe, seja a sinalização para o resgate dos grandes investimentos feitos pelo Japão no Brasil, na década de 70, como o que viabilizou a produção agrícola no cerrado brasileiro”.

Junji lembra ainda dos megafinanciamentos concedidos pelo governo japonês para a despoluição do Rio Tietê e da Baía da Guanabara, assim como o impulso à produção siderúrgica na Usiminas que contribuiu com o avanço tecnológico da Siderbras, elevando a qualidade do ferro, aço e derivados, insumos para a indústria nacional. “Sem dúvida, estamos com fortes expectativas”, pontua.

Na pauta da reunião entre a presidente Dilma e o primeiro-ministro do Japão constavam assuntos como a revisão da agenda bilateral e os preparativos para os 120 anos do Tratado da Amizade, Comércio e Navegação, que serão comemorados em 2015. O acordo estabeleceu, oficialmente, em 1895, as relações diplomáticas entre Brasil e Japão. Também deverão ser avaliadas alternativas para ampliar o comércio entre os países que chegou aos US$ 15 bilhões, no ano passado.

Atualmente, segundo dados do Palácio do Itamaraty, vivem no Brasil 1,6 milhão de cidadãos com origem japonesa, a maior parte se concentra no Estado de São Paulo. Tanto que, neste sábado (02/08), o primeiro-ministro estará na Capital paulista para um encontro com a comunidade nipo-brasileira, onde Junji foi convidado para discursar. Na sequência, o premiê visitará o Museu do Imigrante e o pavilhão japonês no Parque do Ibirapuera, além de participar de um seminário de negócios.


Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
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