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Meio Ambiente

  Em defesa do reuso da água
Em reunião do Cosema, da Fiesp, deputado critica a lentidão e má vontade do Poder Público em adotar a tecnologia que permite a gestão adequada dos recursos hídricos
22/01/2011 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Estação de Tratamento de Esgotos, implantada na gestão de Junji como prefeito de Mogi das Cruzes, tem mecanismos para tratamento e reutilização da água vinda dos esgotos coletados
 
De um lado, a lentidão e falta de planejamento do Poder Público de cada localidade brasileira na elaboração e execução do respectivo Plano Diretor. De outro, as desenfreadas ocupações irregulares que não têm fim. Estes dois fatores, somados à pouca ou nenhuma fiscalização, omissão ou indiferença quanto ao dever da preservação e escassez de verbas para desocupação das áreas impróprias com a realocação das famílias, constroem, a cada verão, o cenário catastrófico que faz vítimas fatais e flagela cidades no Brasil inteiro. Da mesma forma, a administração pública, em geral, despreza ou subutiliza procedimentos fundamentais para a gestão adequada dos recursos naturais, como o reuso da água.

Com essas considerações, o deputado federal Junji Abe (DEM-SP) atribuiu ao Poder Público a responsabilidade pelas enchentes e desabamentos em diversas regiões do País, assim como o desinteresse na efetiva adoção da tecnologia do reuso da água. Ele falou aos participantes da 73ª Reunião do Cosema – Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Convidado pelo presidente do Cosema, Walter Lazzarini – que presidiu o Legislativo paulista e foi colega de Junji na Casa –, o parlamentar enfatizou a satisfação de estar no encontro. “Não havendo incompatibilidade de agenda, gostaria muito de poder participar das próximas reuniões”, acrescentou. A conservação e reuso da água como instrumento de gestão foi o tema central do evento que incluiu a palestra de Ivanildo Hespanhol.

O currículo do palestrante dispensa comentários. Hespanhol é o presidente-fundador do Cirra/IRCWR – Centro Internacional de Referência em Reuso da Água e também atua como consultor da OMS – Organização Mundial de Saúde e da ANA – Agência Nacional de Águas. “Foi o ponto alto do encontro”, classificou Junji, contando que o especialista apresentou dados irrefutáveis, coletados em pesquisas e experiências registradas no País, sobre os benefícios gerados pelo processo. Tanto para a preservação dos recursos hídricos quanto sob o aspecto econômico.

“Uma prova inegável disso é a maciça adoção do processo de reuso da água por empresas privadas. Em especial, aquelas que utilizam grande quantidade de água nas linhas de produção. Os números são extremamente positivos, porque o investimento para implantação e manutenção da tecnologia tem sustentabilidade”, completou o deputado. Ele ponderou que “já se faz tarde a implantação de políticas públicas, com a participação da sociedade, para o reuso da água”, principalmente nas áreas mais populosas como a região metropolitana de São Paulo, onde há cada vez menos água para atender garantir o abastecimento.

Hespanhol não acredita que o processo avance no Estado, porque o avanço do reuso da água contraria o princípio elementar da Sabesp. O faturamento da estatal, explica o técnico, vem da captação, tratamento e distribuição de água. A água tratada no processo pode ser empregada numa extensa gama de atividades. Exceto para ingestão. “Não pela qualidade do produto, mas sim pela cultura do brasileiro que rotula a água reutilizada como imprópria para o consumo”. Ele acrescentou que a barreira cultural também inviabiliza o emprego do produto na irrigação de lavouras.

Segundo o palestrante, a tecnologia de reuso está tão avançada que permite tratar e reutilizar até a água vinda dos esgotos. Junji sabe bem do fato. A ETE – Estação de Tratamento de Esgotos, implantada em sua segunda gestão como prefeito de Mogi das Cruzes, segue o procedimento.

De acordo com o parlamentar, a ETE já foi projetada com mecanismos para tratamento e reutilização da água vinda dos esgotos coletados. “Fixamos o preço público e as empresas compram para lavagem de peças e de grandes depósitos, entre outras atividades”, detalhou. Quando assumiu a Prefeitura em 2001, contou Junji, eram coletados 78% dos esgotos gerados e, desse montante, apenas 0,5% passavam por tratamento. Em 2008, ao final da sua segunda gestão, a coleta havia sido ampliada para 86% e o tratamento dos resíduos atingira a marca dos 45%, além de haver estrutura suficiente para, nos próximos anos, reduzir a cerca 10% o total de detritos in natura despejados nos cursos d’água.

Quanto às dificuldades para preservação ambiental, o ex-prefeito evidenciou que a desinformação vem do passado. “Do tempo em que se ensinava nas escolas que o Brasil tinha as maiores porções de florestas e os mais ricos mananciais do mundo, criando a ideia equivocada de que os recursos naturais nunca iriam se esgotar. De 15 anos para cá, as antigas lições foram substituídas pela realidade: acabam sim e isto significa a destruição do maior capital para a sobrevivência humana”.

Aproveitando o avanço da consciência ambiental, Junji fez dois investimentos considerados referenciais no Brasil. Um deles é o Núcleo Ambiental da Ilha Marabá, uma porção de Mata Atlântica preservada no miolo da área urbana, que serve aos propósitos de educação ambiental, já que os visitantes podem conhecer de perto um pouco da rica biodiversidade do Município. O outro é a Escola Ambiental, dirigida aos educadores, com o objetivo de “ensiná-los a ensinar sobre a preservação ambiental”. Projetos desenvolvidos na unidade ganharam vários prêmios internacionais.

Outro ponto levantando durante a reunião do Cosema foi a revisão do Código Florestal. O grupo teme que a flexibilização das normas estimule a invasão de APAs – Áreas de Proteção Ambiental. “Discordo de qualquer flexibilização que se pretenda dar à legislação na zona urbana. Entendo que a zona rural precisa ter um tratamento diferenciado em relação às áreas urbanas. Ou seja, não pode haver igualdade dos dispositivos que regulam as restrições ambientais para o campo e para a cidade”, posicionou-se o deputado.

Ser político
Bem recebido esta semana (18/01/11) no Cosema, o deputado federal Junji Abe percebeu que a presença dele deixou alguns participantes da reunião pouco à vontade para criticar os políticos. Tão logo teve oportunidade de falar ao público, despachou: “Não pensem vocês que venho a esta reunião constrangido de ouvir críticas ao homem público. Mesmo pertencendo à classe política, sou um dos críticos ferrenhos à imagem ruim estampada nos políticos, de forma geral, por causa de péssimos representantes que, lamentavelmente, desconhecem o significado da moralidade e da ética”.

A manifestação cristalina de Junji sobre a classe política surpreendeu a plateia que, em seguida, aprovou, com aplausos. O deputado prosseguiu repetindo que só uma profunda reforma político-eleitoral pode eliminar, entre outros cacoetes, a barganha criada em consenso entre Executivo e lideranças do Legislativo para garantir a aprovação de propostas do governo. “Quem é aliado tem suas emendas aprovadas e pode direcionar verba para seu Estado, sua região; quem não é, fica com as mãos vazias e é tarjado como político ruim. Mesmo que seja ético e trabalhe pelo bem-estar da coletividade. Infelizmente, o entendimento comum é de que o político bom é aquele que traz benefícios para sua cidade e região”, criticou, dizendo que o sistema acaba tolhendo a autonomia dos parlamentares.

Para finalizar, destacou que reprova a postura de parlamentares catalogados como mensaleiros, sanguessugas e afins. “Mesmo sendo político e, portanto, estando na vala comum da imagem ruim. Aqui estou e aqui estarei, sempre que possível, sem qualquer receio de críticas. Mas, sim, para cumprir o papel de cidadão brasileiro e de representante do povo em Brasília, servindo a Pátria e a nossa população, com toda dignidade, muito entusiasmo e bastante saúde”.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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