Afirmação é de Kassab que, ao lado de Junji, comandou evento com cerca de 200 lideranças do Vale do Paraíba num clima de entusiasmo para coleta de assinaturas
09/05/2011
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Observado por Kassab, Junji diz que constituição do PSD é um fato histórico em sua vida pública
Mais de 800 mil pessoas de 13 Estados brasileiros já assinaram as listas de apoio à constituição do PSD – Partido Social Democrático, “mas vamos prosseguir em campo porque nossa meta é atingir 1,5 milhão de adesões”, como informou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sob os aplausos de uma entusiasmada plateia. Ele e o deputado federal Junji Abe comandaram neste final de semana (07/05/2011) a reunião que virou uma verdadeira festa democrática com a participação de cerca de 200 lideranças do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Realizada em Taubaté, a reunião começou às 8 horas e se estendeu até meio-dia com manifestações de políticos e líderes comunitários empenhados em reforçar a coleta de assinaturas para constituição do PSD. Com os resultados obtidos até o momento, já foi superada exigência do mínimo de 480 mil adeptos em nove Estados para criação do partido e o devido registro da legenda junto ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Coordenando o processo de conquista de adesões no Vale do Paraíba e Alto Tietê, Junji evidenciou que a “enorme aceitação do PSD” pode ser verificada na Câmara Federal, onde 44 deputados já anunciaram seu ingresso na nova sigla. “A projeção inicial era de que teríamos 50 parlamentares na Casa. Mas, recebi do Kassab a excelente notícia de que chegaremos perto de 60”, comemorou, sublinhando que a arrancada para a coleta de assinaturas em nível nacional se deu há pouco mais de 15 dias.
Com o histórico de ter sido vereador, deputado estadual por três vezes e prefeito de Mogi das Cruzes por dois mandatos seguidos, Junji acentuou que, apesar do longo tempo de vida pública, jamais vivenciara o processo de constituição de um partido. “É um fato histórico para todos nós que estamos envolvidos com esse trabalho cívico”, definiu, recebendo o aval do público.
Saudados pelos anfitriões, o vereador de Taubaté Mário Ortiz e sua esposa Simone, Kassab e Junji destacaram a satisfação de reencontrar grandes amigos do Vale do Paraíba. O prefeito de São Paulo pontuou que todos os trâmites administrativos em relação ao PSD estão bem encaminhados para a participação da nova sigla já nas eleições de 2012.
“Teremos chapas fortes de vereadores e, na disputa majoritária em cada cidade, poderemos lançar candidato, indicar o vice ou firmar coligação por afinidade ideológica”, informou Kassab, acrescentando que o partido está nascendo agora e não tem compromisso firmado com ninguém. “Nossa ação está baseada na transparência, integridade e na meta de prestigiar os companheiros que estão marchando conosco”.
Ao falar com os participantes do encontro, Kassab lembrou a importância de uma legenda poderosa para quem pretende disputar vaga ou reeleição nas Câmaras Municipais. “É melhor ser militante de um partido forte do que vereador em um partido fraco. Vereador em partido fraco não vale nada”, sentenciou.
O registro do partido junto à Justiça Eleitoral deverá ocorrer até agosto, quando se pretende eleger a Executiva Nacional. De acordo com Junji, a constituição do PSD estará formalizada para receber os filiados interessados em disputar as eleições municipais de 2012 dentro do prazo legal, que termina em 30 de setembro próximo.
Em nível nacional, a coleta de assinaturas em apoio à criação do partido será encerrada até a primeira quinzena de julho para viabilizar os procedimentos seguintes, como explicou Kassab. Junji trabalha com prazo menor e pretende entregar as listas de adesões do Alto Tietê e Vale do Paraíba até o próximo dia 30 de junho.
Quanto ao célere crescimento do partido, Kassab creditou a confiança depositada por lideranças do País inteiro no PSD à adesão de políticos como Junji. “São pessoas sérias, experientes, que sabem o que estão fazendo e inspiram outros a tomar a mesma atitude”. Ele contou que Junji poderia ter sido secretário de Estado se tivesse ficado no Democratas. Porém preferiu marchar com o novo partido por acreditar nas propostas e ideais que a legenda traz.
O idealizador do PSD disse ainda que muitos políticos, no exercício de cargos públicos, não puderam aderir de imediato ao partido em função de diversas questões, como a necessidade de manter um bom relacionamento com o governo estadual. No entanto, ponderou que “estamos trabalhando com muita serenidade, respeito e amizade para que a migração ocorra no tempo certo”.
Participaram do evento em Taubaté políticos e outras lideranças dos municípios de Bananal, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Bertioga, Caçapava, Caraguatatuba, Cunha, Ferraz de Vasconcelos, Jacareí, Ilha Bela, Guaratinguetá, Lorena, Jambeiro, Mogi das Cruzes, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Poá, Potim, Queluz, Roseira, Santa Branca, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Suzano, Ubatuba, Taubaté e Tremembé.
Força política
Dentro de três ou quatro anos, o PSD – Partido Social Democrático será o partido mais forte do Estado de São Paulo e, em menos de dez anos, se consolidará como o maior do Brasil. Esta é a previsão do idealizador do partido, prefeito Gilberto Kassab. Ele realiza uma maratona de encontros em diversos pontos do País.
Ao sair de Taubaté no sábado (07/05/11), Kassab já tinha duas reuniões agendadas para mobilização de lideranças em torno da coleta de assinaturas destinada à criação da sigla. A primeira parada seria no Estado do Piauí e a segunda em Alagoas. “O objetivo é agregar pessoas que pensam como a gente”, justificou. Desde o lançamento do projeto PSD, em abril último, ele já esteve na Bahia, Goiás, Paraíba, Amazonas, Acre, Tocantins, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, entre outros.
Perguntado sobre eventuais riscos de bloqueios legais à criação do PSD, Kassab descartou a hipótese, afirmando que surgiram especulações com o único objetivo de “fazer terrorismo” para intimidar políticos dispostos a aderir à nova sigla. A própria mídia, completou ele, reconhece a força do PSD e tem dado menos espaço à boataria para valorizar os critérios técnicos que confirmam a “absoluta legalidade” de constituição do partido.
Na visão de Kassab, um partido não pode ter cacique nem dono. “Nosso compromisso é com a sociedade brasileira e, por este motivo, o PSD agrega um forte componente social pautado pela luta contra as desigualdades e a busca da justiça social. É também por isto que tem crescido tanto. Política se faz com espírito público e não com individualismo”, assinalou.
