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Transportes

  Ferrovias dependem de mobilização social, diz Junji
Para reverter o sucateamento do sistema ferroviário, deputado defende ampla participação dos políticos e da sociedade civil com o objetivo de pressionar Poder Público por investimentos
17/06/2011 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Uczai, presidente da Frente: “Era para ser em Belo Horizonte. O Junji mal chegou na Câmara, já ingressou na Frente e pediu que o evento fosse aqui (em São Paulo)”
 
Os protestos pela precária ou inexistente infraestrutura ferroviária para o transporte de cargas repetem-se nos outros estados do Sudeste representados no seminário promovido em São Paulo, nesta sexta-feira (17/06/2011), pela Frente Parlamentar em Defesa das Ferrovias.

No território mineiro, se não fosse o setor privado, especialmente a Vale do Rio Doce, as ferrovias nem seriam usadas para o deslocamento de cargas, segundo Diogo Oscar Borges Prosdocimi, representante do secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, Carlos Melles. Mesmo assim, 90% da carga que circula pela via férrea são de minérios. O secretário estadual de Transportes e Obras Públicas do Espírito Santo, Fábio Ney Damasceno, engrossou o coro.

O secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato e Silva, exibiu as ações do governo federal, desde 2002, para melhorar o sistema ferroviário no País. “Mesmo assim, os investimentos deixam muito a desejar por estarem absurdamente aquém das necessidades do Brasil. Tanto sob o aspecto logístico para os setores produtivos quanto para a população que depende dos trens para se locomover”, analisou o deputado federal Junji Abe.

Na visão do parlamentar, o sucateamento do sistema ferroviário nacional se deve a dois fatores básicos. O primeiro é o modelo de desenvolvimento escolhido pelo Brasil: foco na indústria automobilística que recolhe mais impostos e gera mais empregos. Junji observou que, no final da década de 50, começou o processo de concentração dos transportes na malha rodoviária. “E a habitual falta de previdência, com o longo período inflacionário de 1980 a 1994, fez o resto. O abandono do modal ferroviário escancara a retrato atual de queda brutal da competitividade do País na economia globalizada”.

De maneira geral, completou Junji, os próprios políticos mostram-se pouco interessados em priorizar os modais de transporte que trazem mais vantagens econômicas e sociais. “A maioria não usa transporte coletivo e, embora conheça, não sente o drama na pele”. Ele avaliou que o desinteresse está expresso na escassez de representantes do Executivo e Legislativo num evento tão importante quanto o seminário para definir o diagnóstico e ações voltadas à melhoria do sistema ferroviário na Região Sudeste.

O segundo fator, como evidenciou o deputado, é cultural. “O brasileiro é louco por carro. Reclama das estradas e dos congestionamentos, mas quer ter um automóvel. É o sonho de consumo também para muitos trabalhadores que viajam como sardinhas em lata em trens superlotados”, alinhavou, defendendo que a mudança conceitual em relação às ferrovias depende de investimentos certeiros na recuperação do sistema ferroviário.

Se o Brasil investir para aproveitar, de forma eficiente, o potencial do modal ferroviário, a população terá nos trens o meio de transporte mais confortável, ágil e barato. “E passará a ter preferência por eles. Da mesma forma, ao pagar menos por produtos de melhor qualidade, transportados pela linha férrea, também exigirá que os governantes ampliem o sistema ferroviário para os deslocamentos de cargas. Hoje, isto não ocorre porque o trem perdeu o charme”, raciocinou.

Junji apelou aos políticos da Região Sudeste que não desperdicem a importante oportunidade oferecida pela Frente Parlamentar em Defesa das Ferrovias e conclamou a sociedade civil, por meio de suas organizações, a fazer pressão neste sentido. “É um grupo que se esforça para garantir ao sistema ferroviário a prioridade que ele tem nos deslocamentos”. Na presidência, está o deputado Pedro Uczai (PT-SC), “grande conhecedor do assunto e um político pragmático”. Para finalizar, pediu que todos trabalhem juntos para resgatar as ferrovias.

Pedro Uczai destacou os objetivos do trabalho da Frente Parlamentar que planeja elaborar uma radiografia nacional do sistema ferroviário, apontar os caminhos para o desenvolvimento deste modal de transporte e defender no Congresso as necessidades apontadas pelas diferentes regiões brasileiras. O presidente reforçou a importância da participação dos políticos e da população no processo.

Elogiando a dedicação de Junji nos trabalhos, Uczai contou que o seminário do Sudeste só foi realizado em São Paulo por interferência do deputado paulista. E brincou com o representante do secretário de Transportes de Minas Gerais: “Era para ser em Belo Horizonte, mas seus deputados não estão com nada. O Junji mal chegou na Câmara, já ingressou na Frente e pediu que o evento fosse aqui”.

A série de seminários promovidos pela Frente Parlamentar começou em São Paulo, na Assembleia Legislativa. Na segunda-feira (20/06), será a vez dos estados do Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal) promoverem o debate sobre o transporte ferroviário. Estão confirmados ainda os eventos da Região Sul em Porto Alegre (RS), do Nordeste em Salvador (BA), e da Região Norte em Rio Branco (AC).

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Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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