Quem sou eu Artigos Fotos com o deputado Deu na Imprensa Notícias Fale com o Junji Fale com o Junji
   
   
   
 
E-mail:
 
 
 

Lixão Não!

  ANA manda examinar riscos do aterro
Alertado por Junji sobre empreendimento privado em Mogi das Cruzes, presidente da Agência Nacional de Águas aciona corpo técnico para investigar ameaça de contaminação de mananciais
13/09/2011 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
1624
Junji entrega cópia do contra-EIA/Rima ao presidente da Agência Nacional de Águas: mobilização geral contra instalação do aterro sanitário em Mogi das Cruzes
 
O presidente da ANA – Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, acionou o corpo técnico da instituição para examinar os riscos do aterro sanitário que a Queiroz Galvão pretende instalar no município paulista de Mogi das Cruzes. A decisão foi tomada no final da tarde desta terça-feira (13/09/2011), durante audiência com o deputado federal Junji Abe (DEM-SP) que alertou sobre a ameaça de contaminação dos mananciais que abastecem a população de cidades de três Estados brasileiros.

“Para começo de conversa, o presidente da ANA classificou como absurda a situação que impede Mogi das Cruzes de decidir sobre o uso e ocupação do próprio solo”, contou Junji, referindo-se à manifesta contrariedade da Prefeitura em relação à instalação do aterro sanitário no Distrito Industrial do Taboão.

O eixo central do encontro do parlamentar com Vicente Guillo foi a ameaça de contaminação de mananciais. A área de dois milhões de metros quadrados (m²), escolhida pela Queiroz Galvão para enterrar toneladas de resíduos sólidos domiciliares da capital paulista e de outras cidades da Zona Leste, é onde nasce o Córrego Maria Rosa que deságua no Rio Parateí. Este último é um importante afluente do Rio Paraíba do Sul que forma o polo hídrico responsável pelo abastecimento de água para cidades do Vale do Paraíba, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Amparado nas informações obtidas no Ministério do Meio Ambiente, Junji ponderou que a eventualidade de contaminação na área atingiria o Aquífero Taubaté, correspondente às águas subterrâneas existentes em cerca de 2 mil quilômetros quadrados (km²) entre as Serras da Mantiqueira e do Mar. Ele acrescentou que um processo de descontaminação seria caro e de resultados incertos, além de ocorrer a multiplicação de danos porque a descarga natural deste lençol freático é o Rio Paraíba.

Preocupado com a situação, Guillo determinou investigação criteriosa dos riscos do empreendimento às águas utilizadas no abastecimento humano. “Ele foi extremamente receptivo e solidário a nossa mobilização contra o projeto”, relatou Junji, ponderando que o córrego Maria Rosa, na área do pretendido aterro, assim como o Rio Parateí são de domínio do Estado de São Paulo, fato que dificulta uma ação direta da Agência Nacional de Águas.

Segundo Junji, “por inexplicáveis razões”, o projeto foi desarquivado, alterado e, apesar de haver sofrido mudanças, teve continuidade nos órgãos estaduais sem a oportunidade de manifestação da Prefeitura mogiana.

O presidente da ANA mostrou-se surpreso com a decisão do governo estadual de dar sequência ao processo de licenciamento, desarquivando um projeto que havia sido rejeitado com base em parecer técnico da própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O parlamentar observou que o episódio também deixou indignadas autoridades e a população da Região do Alto Tietê, que rejeitam integralmente o empreendimento.

A exemplo do que fez nas audiências com outras autoridades federais, Junji entregou a Guillo cópia do contra-Eia/Rima – Estudo/Relatório de Impacto Ambiental elaborado pela Falcão Bauer, especializada em análises tecnológicas e controle de qualidade, contratada da administração municipal, para comprovar a inviabilidade técnica da construção do aterro sanitário no Distrito Industrial do Taboão.

O estudo que aponta 32 impedimentos para a repudiada iniciativa da Queiroz Galvão. Além das já conhecidas restrições de ordem ambiental, hídrica, de impacto de vizinhança, de sobrecarga da infraestrutura viária e de inviabilização da única área disponível para expansão empresarial, há outros empecilhos como os prejuízos ao patrimônio histórico.

De acordo com o deputado, o encontro com Guillo rendeu também novos argumentos para a administração municipal reforçar o cabedal de empecilhos ao aterro sanitário. “Por questões estratégicas, não anteciparei. Prefiro transmitir ao prefeito Marco Bertaiolli (DEM) para que ele verifique junto ao corpo técnico da Prefeitura”.

Para o encontro com Junji, Guillo convocou o coordenador de Articulação e Comunicação da ANA, Antonio Félix Domingues; o chefe de Gabinete, Horácio Figueiredo, e o assessor parlamentar, Fredejan Pedrosa Pereira. Domingues é um antigo conhecido do parlamentar. Atuava na Secretaria de Estado da Agricultura de São Paulo, no governo Fleury, quando Junji ocupava o cargo de deputado estadual.

Os demais parlamentares que integram o esquadrão antilixão não puderam participar da audiência na ANA. “Em função do feriado, houve acúmulo de trabalhos e a Casa está extremamente demandada”, justificou Junji que arregimentou o grupo para combater a instalação do aterro sanitário em Mogi das Cruzes.

Além de Junji, compõem o time os deputados do Alto Tietê, Keiko Ota (PSB), Elaine Abissamra (PSB), Guilherme Mussi (PV), Roberto de Lucena (PV), Valdemar Costa Neto (PR); do Vale do Paraíba, Carlinhos Almeida (PT); de Guarulhos, Janete Pietá (PT); e o líder do PT, Paulo Teixeira. Também engrossa a batalha o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PPS) que preside a Frente Parlamentar constituída na Assembleia Legislativa de São Paulo com a finalidade de rejeitar o empreendimento.

Mobilização
A audiência na ANA – Agência Nacional de Águas dá continuidade à mobilização contra a instalação de um aterro sanitário em Mogi das Cruzes, pretendida pela Queiroz Galvão, à revelia do manifesto repúdio da população e das autoridades do Alto Tietê.

A movimentação dos órgãos do governo federal foi deflagrada a partir das informações apresentadas pelo deputado federal Junji Abe e parlamentares do esquadrão antilixão nas audiências de 31 de agosto último. Participaram dos encontros os deputados federais Keiko Ota (PSB), Elaine Abissamra (PSB), Roberto de Lucena (PV) e Janete Pietá (PT), e o estadual Luiz Carlos Gondim (PPS).

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, determinou uma criteriosa investigação sobre os riscos potenciais do empreendimento, detalhados por Junji e demais parlamentares que participaram do encontro. A agressão à biodiversidade com agravante de riscos à sobrevivência de espécies em extinção tornou-se objeto de averiguação do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, após a apresentação dos problemas ao presidente da instituição, Curt Trennepohl.

Após a reunião com o esquadrão antilixão, o ministro-chefe da SAC – Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencout, decidiu acionar o Ministério da Defesa, responsável pela direção superior das Forças Armadas, e o IV Comar – Comando Aéreo Regional, em São Paulo, subordinado ao Ministério da Aeronáutica, para realizarem o estudo sobre os impactos do projeto da Queiroz Galvão no tráfego aéreo da região do Distrito Industrial do Taboão.

Na ocasião, o ministro confirmou que, em nenhum momento, a Queiroz Galvão pediu parecer sobre a possibilidade de instalar um aterro sanitário no local. Como frisou Junji, a ausência do laudo da Secretaria de Aviação Civil consiste em violação, por parte da empresa, do Plano de Gerenciamento do Risco Viário (PCA 3-2) que regulamenta as questões relativas à proteção do espaço aéreo.

O presidente do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Celso Lisboa de Lacerda, reiterou a manifestação contrária do órgão à instalação do aterro sanitário no Distrito do Taboão, já emitida anteriormente. Ele anunciou que acionará a Superintendência em São Paulo para que formalize o parecer de plena oposição à iniciativa da Queiroz Galvão.

O parecer visa garantir a sustentabilidade de um assentamento consolidado do Incra existente nas proximidades da área pretendida pela Queiroz Galvão para o repudiado aterro. Lacerda concordou com as colocações de Junji de que o empreendimento acabará com as atividades dos micro e pequenos agricultores que, há décadas, cultivam hortaliças e frutas no local. “Os produtos serão alvo certeiro de contaminação”, enfatizou o deputado.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
Enviar por e-mail Versão para Impressão   Ler mais notícias
 

   



 
 
JUNJI ABE  |  NOTÍCIAS  |  ARTIGOS  |  IMPRENSA  |  GALERIA  |  Todos os direitos reservados © Junji Abe 2011  | Login


Correspondência: Av. Fausta Duarte de Araújo, nº 145 - CEP: 08730-130 - Jd. Santista - Mogi das Cruzes - SP   |   Telefone: (11) 4721-2001   |   E-mail: contato@junjiabe.com