Junji diz que enxertos no novo Código Florestal inviabilizam agricultura num dos maiores polos produtivos do País, afetando sobrevivência de milhares de produtores e trabalhadores rurais |
01/12/2011 |
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Junji: “Os prejuízos ao Brasil e a toda população serão gigantescos, reeditando a tragédia do período inflacionário de 1978 a 1994, que levou o País ao descrédito mundial e o povo a viver em favelas” |
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Para dimensionar os efeitos das emendas do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ao novo Código Florestal, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) pinçou a agricultura no Alto Tietê, um dos maiores polos brasileiros de produção de hortaliças e flores. De acordo com o presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, centenas de agricultores de vários bairros, como Cocuera e Jundiapeba, em Mogi das Cruzes; Irohy, Sogo e Carmo, em Biritiba Mirim; e Remédios e Ponte Nova, em Salesópolis, terão de paralisar suas atividades, iniciadas há décadas, porque produzem em APP’s e várzeas.
“Falo de pequenos produtores que, no passado, já foram extremamente prejudicados pela implantação de represas, e perderão seu ganha-pão, terão de demitir milhares de trabalhadores e nem terão recursos para pagar as rescisões trabalhistas”, afirmou Junji durante encontro da bancada ruralista, na noite desta quarta-feira (30/11/2011)
No que tange às encostas de morros, prosseguiu Junji, em Biritiba Mirim e Salesópolis, centenariamente, há propriedades de gado de leite trabalhadas por produtores, chamados de “retireiros”, e pequenos silvicultores, conhecidos como “plantadores de eucaliptos”. Todos enquadram-se, legitimamente, no princípio constitucional do direito adquirido. Porém, advertiu o deputado, perderão esse direito em função das emendas feitas ao novo Código Florestal.
De acordo com Junji, em nível nacional, a indefinição impressa no texto sacrificará milhões de produtores – mais de 2,5 milhões deles são de pequeno porte. E não é só. A produção de alimentos diminuirá substancialmente. “Os prejuízos, mortais e irreversíveis, ao Brasil e a toda população serão gigantescos, reeditando a tragédia do período inflacionário de 1978 a 1994, que levou o País ao descrédito mundial e o povo a viver em favelas”, comparou e questionou: “Qual ecossistema resistirá à proliferação incontrolável de ocupações irregulares nos novos bolsões urbanos de miséria?”
Junji esclareceu que a inviabilidade de permanência no campo e o consequente fim da atividade agrícola em muitas regiões brasileiras empurrarão produtores e trabalhadores rurais desempregados para os centros urbanos. “Sem dinheiro, sem emprego - porque o setor industrial também sofrerá sérios abalos – e nem perspectiva de sobrevivência, os efeitos são previsíveis”, ponderou, enumerando a farta ocupação irregular às margens de rios e encostas de morros que agravarão os desequilíbrios ambientais e multiplicarão tragédias deles decorrentes – poluição aguda dos mananciais (que receberão todo lixo doméstico e esgotos dos locais onde são proibidas ocupação e infraestrutura urbana), mais e mais enchentes, desmoronamentos e tudo que já é realidade elevado a proporções gigantescas.
Leia mais sobre a reunião da Bancada Ruralista e o drama dos produtores paulistas. |
Mais informações:
Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com |
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