Quem sou eu Artigos Fotos com o deputado Deu na Imprensa Notícias Fale com o Junji Fale com o Junji
   
   
   
 
E-mail:
 
 
 

Orientação no Campo

  Exclusão atinge quase 4 milhões
Junji diz que micro e pequenos produtores são os principais prejudicados pela inexistência de políticas públicas para revitalizar programas de assistência técnica e extensão rural no País
27/03/2012 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
1322
Junji: “3,526 milhões sem acesso às técnicas, orientações e inovações que o País desenvolve, mas não faz chegar até o campo”
 
Nada menos que 82% dos 4,3 milhões de micro e pequenos produtores rurais do Brasil amargam a completa falta de assistência técnica e extensão rural, porque inexistem políticas públicas para difusão de conhecimentos e os agricultores não dispõem de recursos próprios para contratar os serviços. Ao alardear o dado, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) fez questão de quantificar os excluídos: “3,526 milhões sem acesso às técnicas, orientações e inovações que o País desenvolve, mas não faz chegar até o campo”.

O manifesto de Junji ocorreu nesta terça-feira (27/03/2012), durante reunião da FPATER – Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural. Ao falar aos participantes do evento, conduzido pelo presidente, deputado Zé Silva (PDT-MG), ele manifestou seu inconformismo com a extinção da Embrater – Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, “desastrada medida do governo Collor de Mello” que selou o sucateamento dos serviços prestados por agrônomos e extensionistas. E, com ela, massacrou os pequenos, porque os grandes produtores têm estruturas próprias de assistência técnica e extensão rural, amparadas na grande escala de produção com mercado calcado em preços internacionais.

Presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, Junji apontou os micro, pequeno e médio portes produtores dessas culturas como as maiores vítimas da inexistência ou precariedade da orientação técnica no campo. O grupo surgiu para representar essas cadeias produtivas que, “historicamente, não recebem atenção do Poder Público”.

De todos os grupos parlamentares relacionados à produção de alimentos, as categorias representadas pela Pró-Horti são as que mais prescindem de apoio. “Estão alijadas de qualquer benefício porque não se enquadram nos critérios da agricultura familiar nem correspondem às culturas de exportação que geram commodities”, afirmou Junji.

A Pró-Horti abrange as cadeias produtivas de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno.

Junji explicou que a Frente engloba todas as atividades relativas aos hortifrutiflorigranjeiros. Desde pesquisa, desenvolvimento de variedades, assistência técnica e extensão rural, passando pela fabricação e venda de insumos – sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros –, produção agrícola, centrais de higienização e processamento, canais de comercialização, cooperativas, organizações associativas e transporte até a mesa do consumidor.

Segundo o deputado, alguns estados, os governantes mantiveram a Emater, versão estadual da Embrater. Paulista, Junji citou que seu estado já teve uma eficiente rede de assistência e extensão rural desenvolvida pelas pela CATI’s – Coordenadorias de Assistência Técnica Integral. Porém, a estrutura entrou “num tamanho processo de desmantelamento que transformou agrônomos, veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas em carimbadores de papel” distantes dos produtores e da realidade do campo.

Para enterrar qualquer perspectiva de orientação técnica no campo, o governo paulista dissolveu as antigas Casas da Lavoura. A princípio, contou o presidente da Pró-Horti, as unidades viraram Casas da Agricultura que, mais tarde, acabaram extintas ou municipalizadas, Hoje, restam apenas os EDR’s – Escritórios de Desenvolvimento Rural regionais que, segundo Junji, “não são sequer o rascunho dos serviços de assistência técnica e extensão rural” existentes no passado do Estado.

Se ainda existisse, a Embrater seria o braço forte da “imprescindível” Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no campo. Apesar dos benefícios propiciados ao Brasil e ao mundo pelo reconhecido trabalho científico da estatal, acrescentou Junji, “sem a atuação dos extensionistas, não há como pensar numa agricultura forte e competitiva”.

Mesmo com todo descaso nacional na importante missão de levar orientações técnicas ao campo, o PIB – Produto Interno Bruto do agronegócio garante o equilíbrio econômico-financeiro e social ao País. A situação favorável resulta das condições naturais excepcionais do território brasileiro e do alto nível dos produtores de culturas de extensão, como observou Junji.

“A esmagadora maioria de micro e pequenos produtores estão à margem da inclusão agrícola. Não têm acesso à bagagem de conhecimentos sobre inovações, melhores metodologias de cultivo, manejo de pragas e doenças, cuidados com o solo, enfim, aos mecanismos capazes de ajudá-los a aumentar a produção, com maior qualidade e menores custos”, lamentou Junji, assinalando que cabe a estes agricultores desassistidos colocar comida na mesa do brasileiro.

O deputado voltou a pedir união dos parlamentares e de todos os atores da cadeia produtiva de alimentos para reivindicar do governo federal políticas públicas que contemplem o resgate da assistência técnica e extensão rural, incluindo a criação de uma estrutura aos moldes das antiga Embrater.

Entre as autoridades participantes, estavam Júlio Zoé de Brito e Hector Carlos Barreto Leal, respectivamente, presidente e diretor executivo da Asbraer – Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural; e Manoel Saraiva, representante da Fazer – Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil; além dos deputados Oziel Oliveira (PDT-BA) e Bohn Gass (PT- RS).
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
Enviar por e-mail Versão para Impressão   Ler mais notícias
 

   



 
 
JUNJI ABE  |  NOTÍCIAS  |  ARTIGOS  |  IMPRENSA  |  GALERIA  |  Todos os direitos reservados © Junji Abe 2011  | Login


Correspondência: Av. Fausta Duarte de Araújo, nº 145 - CEP: 08730-130 - Jd. Santista - Mogi das Cruzes - SP   |   Telefone: (11) 4721-2001   |   E-mail: contato@junjiabe.com