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Agronegócio

  Inclusão no campo é desafio
Junji diz que a inexistência de políticas eficientes de assistência técnica e extensão rural e as incoerências do novo Código Florestal precisam ser superadas, com apoio da Embrapa
12/11/2012 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji fala ao novo presidente da Embrapa, Maurício Lopes (à esq.), sobre a importância do apoio da instituição para míni e pequenos produtores
 
A inexistência de políticas públicas eficientes de assistência técnica e extensão rural, que deixam míni e pequenos produtores, inclusive os familiares, sem acesso às inovações tecnológicas, e as incoerências contidas no novo Código Florestal são grandes desafios a serem vencidos pelo agronegócio brasileiro, com o apoio da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. As considerações foram feitas pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), durante apresentação oficial do recém-empossado presidente da instituição, Maurício Antônio Lopes, aos integrantes da FPA – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Agropecuária.

Algo em torno de 85% dos cerca de 4,3 milhões de míni e pequenos produtores rurais do Brasil amargam a completa falta de assistência técnica e extensão rural, porque inexistem políticas públicas para difusão de conhecimentos e os agricultores não dispõem de recursos próprios para contratar os serviços. “São mais de 3,5 milhões de profissionais sem acesso às técnicas, orientações e inovações que a Embrapa desenvolve, mas o País não faz chegar ao campo”, lamentou Junji.

Presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, Junji apontou os míni, pequenos e médios produtores dessas culturas como as maiores vítimas da ausência ou precariedade da orientação técnica no campo. O grupo surgiu para representar essas cadeias produtivas que, “historicamente, não recebem atenção do Poder Público”.

De todos os grupos parlamentares relacionados à produção de alimentos, as categorias representadas pela Pró-Horti são as que mais prescindem de apoio. “Estão alijadas de qualquer benefício porque não se enquadram nos critérios da agricultura familiar nem correspondem às culturas de exportação que geram commodities”, afirmou Junji.

A Pró-Horti abrange as cadeias produtivas de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno. Junji explicou que a Frente engloba todas as atividades relativas aos hortifrutiflorigranjeiros. Desde pesquisa, desenvolvimento de variedades, assistência técnica e extensão rural, passando pela fabricação e venda de insumos – sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros –, produção agrícola, centrais de higienização e processamento, canais de comercialização, cooperativas, organizações associativas e transporte até a mesa do consumidor.

Junji lembrou que as deficiências relacionadas à inclusão no campo se agravaram no País com a extinção da Embrater – Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural. Segundo o deputado, a “desastrada medida do governo Collor de Mello” selou o sucateamento dos serviços prestados por agrônomos e extensionistas. E, com ela, massacrou os pequenos, porque os grandes produtores têm estruturas próprias, amparadas na grande escala de produção com mercado calcado em preços internacionais.

Sem a ajuda do governo, pontuou Junji, a alternativa dos pequenos produtores seria contar com a difusão de conhecimentos por meio de cooperativas, associações e consórcios de agricultores. Porém, desde a era da escalada inflacionária que mutilou milhares de profissionais do campo e liquidou cooperativas agrícolas, “está difícil resgatar o sentimento coletivo” para viabilizar a força rural do passado.

Se ainda existisse, a Embrater seria o braço forte da “imprescindível” Embrapa no campo. Apesar dos benefícios propiciados ao Brasil e ao mundo pelo reconhecido trabalho científico da estatal, acrescentou Junji, “sem a atuação dos extensionistas, não há como pensar numa agricultura forte e competitiva”.

De acordo com Junji, a Pró-Horti batalha para fortalecer as cadeias produtivas. “A única saída para os míni e pequenos enfrentarem a concorrência com médios e grandes produtores é a união para aquisições coletivas, como de insumos em grande escala e por preços melhores”, observou. Ele disse ainda que a carência de assistência técnica poderia ser amenizada com a aglutinação dos pequenos em cooperativas. Assim, completou ele, poderiam fazer uso coletivo ou consorciado de máquinas e implementos agrícolas, assim como superarem os entraves para comercialização dos produtos.

Não bastassem as dificuldades típicas dos profissionais do campo, acrescentou Junji, os míni e pequenos produtores estão sob a ameaça de desaparecerem por conta das incoerências existentes no novo Código Florestal. O deputado destacou o fato de a legislação ignorar o direito adquirido por quem produz, há séculos, às margens de cursos d’água.

“Começa por essa injustiça e se estende para a obrigatoriedade de desocupação e recomposição florestal de faixas marginais com tamanhos que variam de acordo com o tamanho da propriedade. Os ônus são integralmente dos produtores. Tanto por amargar a perda de áreas produtivas quanto por ser forçado a fazer o plantio de mudas nativas – enfrentando um inevitável mercado negro, haja vista a inexistência de plantas para cobrir as dimensões territoriais obrigatórias”, discorreu Junji.

Atento à exposição de Junji, o novo presidente da Embrapa, o décimo escolhido para comandar a empresa, concordou com as considerações do deputado. Substituindo Pedro Arraes, Maurício Antônio Lopes foi indicado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. “É uma grande honra e um enorme desafio. Talvez, o maior da minha vida”, declarou, ao frisar que a Embrapa é uma maiores e mais importantes empresas públicas do País.

Acompanhado da chefe da Assessoria Parlamentar, Cynthia Cury, e da diretora de Administração e Finanças, Vânia Beatriz Castiglioni, ambas da Embrapa, o presidente participou, nesta terça-feira (06/11/2012), da reunião semanal da FPA, sob a presidência do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). Junji elogiou a disposição de Lopes de conversar com os parlamentares defensores da agropecuária. “Contem com minha dedicação. E também com meu entusiasmo, o mesmo de quando tive o primeiro contato com a Embrapa, há quase 30 anos, em Minas Gerais”, comprometeu-se o atual gestor da instituição.

Histórico de pesquisador
Engenheiro agrônomo formado pela mineira Universidade Federal de Viçosa, o presidente da Embrapa tem mestrado em Genética pela Purdue University (EUA), doutorado em Genética Molecular pela University of Arizona (EUA) e pós-doutorado pelo Departamento de Agricultura da FAO-ONU (Roma-Itália).

Maurício Lopes iniciou sua carreira na Embrapa em 1989, como pesquisador na unidade de Minas Gerais. Desde abril do ano passado, atuava como diretor de Pesquisa e Desenvolvimento. Entre as principais atividades que desenvolveu, figura o processo de aprimoramento do SEG – Sistema Embrapa de Gestão, principal instrumento de programação das ações de Pesquisa & Desenvolvimento, Transferência de Tecnologia, Comunicação e Desenvolvimento Institucional da companhia. No currículo, o atual presidente também traz a experiência de gerente de Agricultura da Kieppe Agropecuária, na Bahia, e de Território da Purina Alimentos Ltda., no Rio de Janeiro.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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