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Agropecuária

  Atenção aos hortifrutiflorigranjeiros
Em audiência com novo ministro Antônio Andrade, Junji cobra soluções para antigos problemas do segmento, como precariedade das centrais de abastecimento
19/03/2013 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji ao novo ministro Antônio Andrade: "Apelo para que interceda em favor dos pequenos que alimentam o País"
 
Em encontro com o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, no início da noite desta terça-feira (19/03/2013), o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) manifestou suas expectativas de que o governo dedique atenção e o devido reconhecimento às cadeias produtivas de hortifrutiflorigranjeiros, formada, principalmente, por pequenos produtores dotados de avançada tecnologia e alta rentabilidade. O parlamentar reivindica políticas públicas específicas para o segmento, apontando o descaso com as centrais de abastecimento como um dos principais gargalos para o fortalecimento e expansão da atividade.

Empossado na Pasta na segunda-feira (18/03), o novo titular da Agricultura tem um histórico semelhante ao de Junji. Mineiro de Patos, Andrade é ligado ao agronegócio, tendo presidido o Sindicato Rural de Vazante. Foi prefeito daquela cidade de 1989 a 1992, deputado estadual por três vezes e exerce o segundo mandato na Câmara Federal como integrante do PMDB.

Intermediada pela FPA – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Agropecuária, que tem como presidente em exercício o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), a audiência permitiu aos parlamentares uma breve exposição das ações que consideram prioritárias para o agronegócio. Junji focou suas considerações nas necessidades – “historicamente negligenciadas” – do segmento que se dedica ao abastecimento do mercado interno.

Um dos mais ferrenhos defensores do agronegócio brasileiro, Junji tem um histórico de mais de 40 anos como líder rural e integra todas as frentes da Câmara ligadas, direta ou indiretamente, à produção de alimentos. Com a vivência de quem nasceu, cresceu e mantém atividades no campo, o deputado citou sua Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e cidades vizinhas do Alto Tietê, para expor a força do segmento de hortifrutiflorigranjeiros. “Nossa cidade é um dos mais expressivos pólos produtivos brasileiros, além de figurar como referencial nacional em tecnologia na horticultura. Embora tenham know-how de alto gabarito e alcancem grande rentabilidade, os produtores são, na maciça maioria, pequenos”.

Junji rememorou o caos instalado no campo por conta da escalada inflacionária que levou milhares de produtores à falência, outros tantos a se tornarem dekasseguis em busca de trabalho no Japão e ocasionou a liquidação das cooperativas agrícolas. “Sou um dos sobreviventes do gigantesco naufrágio e apelo para que interceda em favor dos pequenos que alimentam o País”, pediu ao ministro, ao relatar que idealizou e preside, no Congresso Nacional, a inédita Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.

Ao reforçar a urgência de atuação governamental em benefício da categoria, Junji contou que Mogi e Região abrigam empresas capacitadas que higienizam e processam legumes para, num prazo de 48 horas, entre a colheita e o consumidor final, colocarem os produtos nas gôndolas de Londres. “Tudo isto, sem a mínima ajuda nem reconhecimento do poder público”, pontuou.

A Pró-Horti atua em benefício das cadeias produtivas de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno. O deputado lembrou que o governo e a maioria dos parlamentares conhecem apenas os dois extremos da atividade agrícola. De um lado, as culturas de extensão que geram commodities e respondem pelo superávit na balança comercial brasileira. De outro, a agricultura familiar onde as condições de penúria do microprodutor e sua família desperta a atenção dos políticos, principalmente, em função do potencial eleitoral da categoria.

Segundo Junji, a faixa intermediária formada pelo segmento de hortigranjeiros e flores amarga a desinformação e o descaso generalizado por parte das autoridades. Pesados impostos, altos juros nas compras financiadas, concorrência desleal com os produtos importados de países onde a agricultura recebe fartos subsídios, as dificuldades para o escoamento da produção agrícola – cada vez mais caro por causa da concentração do transporte nas rodovias em contraste com a subutilização da rede ferroviária, atualmente sucateada, os limitados canais de comercialização, as graves deficiências da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, a carência de financiamentos acessíveis, a inexistência de seguro rural e muito menos de políticas de garantia de preço mínimo figuram entre os recorrentes protestos do setor.

As deficiências estruturais e operacionais da Ceagesp foram pinçadas por Junji para evidenciar o descaso com os profissionais responsáveis pelo abastecimento do País. “A União administra apenas duas centrais. Esta, recebida como parte do pagamento da dívida paulista, e a de Belo Horizonte. Porém, mantém ambas operando à míngua”, criticou ao relatar que a unidade de São Paulo está mal localizada, sofre enchentes a cada chuva forte e há tempos não comporta o movimento.

Diferentemente de seus antecessores na Pasta – Wagner Rossi e Mendes Ribeiro Filho –, frisou Junji, o ministro tem ligação com o agronegócio. “Tem ainda familiaridade com as pelejas do pequeno produtor de hortigranjeiros, considerando que sua região mineira de Alto Parnaíba consolidou-se como pólo produtor”, observou o deputado, com o sinal afirmativo de Andrade.

Apesar do pouco tempo para o desenvolvimento de um trabalho abrangente no Ministério, já que 2014 é ano de eleições, Junji espera que o novo ministro responda com eficiência e agilidade ao chamado para solucionar os graves problemas do setor. “Como alguém ligado à agropecuária, ele sabe que tardam e muito medidas efetivas para viabilizar o fortalecimento da atividade rural e sanar obstáculos diante das peculiaridades do complexo meio do agronegócio”.

O ministro respondeu que está em fase de adaptação para conhecer o Ministério. “Há questões importantes a serem resolvidas. Vamos trabalhar, independente de as propostas serem a curto, médio ou longo prazos. Preciso muito do apoio de vocês”, pronunciou-se Andrade.

Pendências nacionais
O grupo de parlamentares que se reuniu com o novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, também reforçou o apelo levado ao seu antecessor, Mendes Ribeiro Filho. O deputado federal Junji Abe voltou a cobrar providências para as importações desenfreadas de leite e derivados, principalmente do Uruguai, que vêm massacrando os míni, pequenos e médios produtores de leite, assim como os da agricultura familiar, do Vale do Paraíba, a maior bacia leiteira paulista, e de outros polos produtivos do País.

As “importações predatórias” de produtos lácteos foram objeto de denúncia pública da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara, de que Junji também faz parte. “Estão em jogo a sobrevivência do setor leiteiro e a manutenção de 4 milhões de empregos, quantidade superior à população uruguaia, país responsável pelo maior volume de exportações de leite em pó para o Brasil”, insistiu o deputado. O ministro prometeu especial atenção com o tema.

Assim como o drama da pecuária de leite, outro assunto em pauta na audiência coleciona agravantes desde o primeiro semestre do ano passado. Trata-se da legislação (Lei 12.619, de 30 de abril de 2012) que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros, mas traz exigências inviáveis para a categoria, colocando em risco a manutenção de toda cadeia produtiva dos mais diferentes itens. Uma comissão especial, instalada no Congresso, estuda meios de corrigir as incoerências, mas deseja o envolvimento direto do Ministério, dada a importância do assunto para o agronegócio.

A urgência na modernização dos portos e medidas para resolver o imbróglio envolvendo a demarcação das terras indígenas, entre outros assuntos, foram destacados na audiência com o ministro. “O Brasil é uma grande fronteira agrícola e o mundo inteiro está de olho no País. Vamos conversar muito, sem regras. Esse nosso encontro hoje é um apoio e me anima muito”, declarou Andrade, emendando que há “muitas dificuldades pela frente”.

Também participaram do encontro os deputados Valdir Colatto (PMDB-SC), Moreira Mendes (PSD-RO), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Marcos Montes (PSD-MG), Vilson Covatti (PP-RS), Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR), Dilceu Sperafico (PP-RR), Josué Bengtson (PTB-BA), Giovani Cherini (PDT-RS), Carlos Magno (PP-RO), Jerônimo Goergen (PP-RS), Alceu Moreira (PMDB-RS), Abelardo Lupion (DEM-PR), Celso Maldaner (PMDB-SC) e Alexandre Kaefer (PSDB-PR).
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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