| Junji e integrantes da Subleite recebem de representantes da cadeia produtiva pedido para melhorar extensão rural, apontada como principal gargalo do setor lácteo |
| 08/08/2013 |
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| Junji: "Os avanços só virão do trabalho conjunto, organizado e devotado de todos” |
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A reestruturação e ampliação do sistema de assistência técnica e extensão rural foram apontadas pelos delegados da política nacional do leite como prioridade imediata a ser trabalhada pela cadeia produtiva em parceria com a Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara. “Lamentavelmente, as deficiências da orientação no campo são assunto recorrente, já que os produtores não recebem a menor atenção e acabam alijados de inovações e instruções capazes de aperfeiçoar substancialmente o processo produtivo”, concordou o deputado federal Junji Abe (PSD-SP), que integra o colegiado.
Durante reunião nacional em Brasília, nesta quarta-feira (07/08/2013), a maioria dos cerca de 60 delegados dos 16 estados produtores de leite do País apontou a extensão rural como o principal gargalo do setor lácteo. Eles também indicaram, entre as prioridades do setor, o aperfeiçoamento dos métodos de transmissão das informações aos produtores, assim como a revisão dos marcos regulatórios do setor lácteo. Em especial, o Riispoa – Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que está prestes a ser publicado pelo governo federal.
No ano passado, a Subleite propôs a criação de um fundo de especialização para assistência técnica e extensão rural na produção do leite. "Contamos com pesquisadores de primeira linha, mas temos muita dificuldade para fazer essa informação chega r para dentro da porteira", observou o presidente da Subleite, deputado Alceu Moreira(PMDB/RS). Ele informou que irá elaborar uma agenda estratégica para dar prosseguimento às reivindicações.
“Sou produtor rural e, embora não trabalhe com pecuária de leite, manifesto integral apoio às ações reivindicadas pela cadeia produtiva e me empenho para colaborar tanto quanto possível”, disse Junji, ao destacar a urgência na constituição do Conselho Nacional de Política Leiteira. Por meio de pressões políticas, explicou o deputado, o reivindicado colegiado, com escritório físico em Brasília, ajudaria a desobstruir dificuldades de ordem burocrática e a vencer a falta de sensibilidade dos órgãos públicos na adoção de medidas de sobrevivência, principalmente, para os míni, pequenos e médios profissionais do campo.
O objetivo da reunião também foi o de traçar uma radiografia das ações desenvolvidas com base nas diretrizes especificadas no Relatório Parcial 2011/2012, elaborado por representantes da cadeia produtiva durante a 1ª Conferência Nacional do Leite . “Ainda há muito a ser feito”, pontuou Junji, responsável pela realização, em Taubaté, da primeira reunião externa da subcomissão.
A Subleite concentra fogo na cobrança das autoridades quanto ao cumprimento das 135 ações descritas no documento elaborado na conferência e aprovado por unanimidade pelo colegiado. A adoção de medidas de defesa comercial do mercado lácteo brasileiro consta como o item número um dos procedimentos definidos como prioritários. O conjunto de reivindicações também abrange pesquisa, capacitação e assistência técnica, além de questões sanitárias e de políticas de promoção e crédito.
No mês passado (02/07), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, confirmou à Subleite sua disposição de “colaborar tanto quanto possível” para viabilizar a reivindicada política leiteira. “As importações de leite diminuíram, mas o Brasil ainda recebe doses externas cavalares do soro que é misturado aos produtos lácteos colocando em risco também a saúde dos brasileiros”, protestou Junji, ferrenho defensor dos míni, pequenos e médios produtores, além dos agricultores familiares, ameaçados pela entradas abusivas de itens lácteos vindos de países onde a agropecuária recebe fartos subsídios.
O ministro também manifestou apoio à constituição do Conselho Nacional de Política Leiteira, defendida pela Subleite como meio de efetivar a atuação conjugada permanente dos atores da cadeia produtiva, parlamentares e governo. “Precisamos concretizar este projeto, de extrema importância para o setor leiteiro. A subcomissão pretende realizar a segunda edição da Conferência Nacional do Leite em novembro próximo.
Também participaram da reunião promovida pela Subleite Ênio Marques, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura; e José Alberto Portugal, da Embrapa – Empresa de Pesquisa Agropecuária Gado de Leite, que realizaram apresentações sobre a cadeia produtiva do leite.
Entre representantes de produtores, de trabalhadores rurais, de cooperativas, da indústria, do comércio, e de entidades de pesquisa e do governo, Junji destacou a presença de Wander Luiz Carvalho Bastos, presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e da Assivarp – Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba. “Ele representa a maior bacia leiteira do Estado de São Paulo e foi quem nos trouxe o problema vivido pelos míni e pequenos produtores de leite, incluindo os agricultores familiares, vitimados pela concorrência desleal com itens importados”.
Ao lado de Wander Bastos, a reunião teve a participação de outro delegado da política nacional do leite: o produtor Pedro Nelson Lemos, coordenador da mesa diretora de Assuntos Técnicos e Econômicos da Pecuária de Leite da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. “É fundamental o envolvimento direto dos representantes dos elos da cadeia produtiva do leite. Os avanços só virão do trabalho conjunto, organizado e devotado de todos”, orientou Junji. |
Mais informações:
Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com |
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