Quem sou eu Artigos Fotos com o deputado Deu na Imprensa Notícias Fale com o Junji Fale com o Junji
   
   
   
 
E-mail:
 
 
 

Produção Leiteira

  Criticado descaso do governo
Ao participar de audiência sobre política de confiabilidade da cadeia produtiva do leite, Junji cobra assistência técnica e atuação conjunta de órgãos governamentais
19/09/2013 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
1288
Junji: “Brasileiros de total má-fé, ao transportar o leite, estão fazendo falcatruas. Cada vez que uma denúncia desta é divulgada, acaba prejudicando ainda mais os produtores, porque cai o consumo”
 
A cada caso de adulteração do leite registrado no País, “quem paga o pato é o produtor rural”, o elo mais frágil da corrente e historicamente destratado pelo governo. Quem critica é o deputado federal Junji Abe (PSD-SP), ao cobrar medidas efetivas e conjuntas dos órgãos governamentais para “tornar real” a política de confiabilidade da cadeia produtiva do leite.

As considerações de Junji foram feitas durante audiência pública promovida pela Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a pedido do presidente da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), para debater as ações voltadas à defesa agropecuária.

Uma cobrança consensual na audiência, realizada nesta terça-feira (17/09/2013), foi a revisão do Riispoa – Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que já deveria ter sido publicado pelo governo federal, mas “continua inexplicavelmente encruado”, como protestou Junji. “Vamos buscar a conversação política para resolver a publicação. O que não pode é o produtor conviver com uma norma de 60 anos", apoiou Moreira.

Ao retardar a publicação, o governo sacramenta o retrocesso para o País que figura como o quarto maior produtor de leite do mundo, na definição do presidente da comissão nacional de Pecuária de Leite da CNA – Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, Rodrigo Sant’Anna Alvim. “Nada justifica a redução dos investimentos em defesa agropecuária no Brasil, que depende do superávit gerado pelo setor primário”, concordou Junji, evidenciando o descaso governamental com o agronegócio.

Atualmente, há cerca de 1,2 milhão de famílias envolvidas com a cadeia produtiva do leite no País. O ano passado fechou com uma produção de 33 bilhões de litros, que deverá chegar a 34 bilhões em 2013. “Apesar de todo potencial da categoria, o governo sacrifica os míni e pequenos produtores, incluindo os agricultores familiares, ao autorizar importações abusivas de produtos lácteos, como soro e leite em pó. E mais: sem qualquer controle de qualidade do que é oferecido ao brasileiro, por falta de fiscalização fitossanitária”, denunciou Junji que integra a Capadr e a Subleite, além de presidir a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.

De um lado, observou Junji, o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fala de programas de qualidade e integração da cadeia do leite. De outro, contrapôs, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio libera a entrada maciça de produtos lácteos, sem qualquer critério. “As importações desenfreadas prejudicam os pequenos produtores brasileiros que não recebem assistência técnica e muitos, sequer, têm eletricidade para mecanizar sua produção”, avaliou. Ele cobrou firmeza do Mapa para “retomar as rédeas e ditar as normas que envolvem o agronegócio no País”.

Quanto aos recentes registros de adulteração do leite por parte de transportadores, Junji afirmou que os produtores não são culpados, porém acabam sendo os maiores prejudicados. “Brasileiros de total má-fé, ao transportar o leite, estão fazendo falcatruas, colocando outros produtos misturados, só com o intuito de ganhar dinheiro. Cada vez que uma denúncia desta natureza é divulgada, acaba prejudicando ainda mais os produtores, porque cai o consumo”, lamentou.

Ao falar em qualidade, Moreira ponderou que “o leite só piora depois que sai da vaca”. Ele chamou a atenção dos produtores para sua responsabilidade quanto ao produto final. “A cadeia precisa estar unida para coibir a degeneração do alimento no caminho, porque a penalidade sempre ficará para o produtor. Como podem sair 10 mil litros de leite da origem e chegarem 12 mil litros ao ponto de destino?”, questionou.

Tanto Junji quanto Moreira entendem que o controle sanitário precisa ser assumido pelo produtor, com o devido respaldo estrutural e financeiro do governo. Começa pela urgência de viabilizar assistência técnica e extensão rural para todos os produtores. Hoje, existe um técnico extensionista para cada 1.890 produtores. Se a própria categoria conseguir zelar pela qualidade, o setor leiteiro terá avanços formidáveis. “Precisamos impedir que o Brasil compre do Uruguai, por exemplo, puro lixo. Chacoalha pra cá e pra lá; entra aqui como soro”, definiu o presidente da Subleite.

Focando a necessidade de assistência técnica e extensão rural, o chefe-geral da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Gado de Leite, Duarte Vilela, ressaltou que o produtor precisa de orientação eficaz e constante, porque “a produção é acometida por problemas pontuais que vão desde o clima, biomas até as diferentes raças de gado leiteiro do rebanho nacional”.

A otimização na abertura e credenciamento de novos laboratórios para a análise do leite foi uma medida cobrada pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínio do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini. A reivindicação poderia ser atendida por meio de decreto, embora não haja previsão para a medida, de acordo com Ernesto do Nascimento Viegas, coordenador-geral de Apoio Laboratorial da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.

O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio Grande do Sul (vinculada à 3ª Câmara de Coordenação – Consumidor e Ordem Econômica – do Ministério Público Federal), Rossano Biazus, também defendeu a necessidade de aperfeiçoar o sistema de análise do produto. Ele lembrou a demanda gerada pelos processos em investigação no estado referentes à fraude no transporte de leite. Hoje, existem apenas seis laboratórios do Ministério da Agricultura em funcionamento, enquanto vários outros aguardam habilitação para operar.

Também participaram da audiência Eduardo Esteves, responsável técnico do Laboratório de Análise de Produtos de Origem Animal, do Laboratório Nacional Agropecuário de Minas Gerais; Leandro Diamantino Feijó, coordenador de Resíduos e Contaminantes em Alimentos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa; Daniela Gomes, da Gerência Geral de Alimentos da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Eduardo Salles, secretário de Agricultura do Estado da Bahia; Raimundo Sampaio, superintendente do Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia; Gustavo Bedushi, analista técnico da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras; Wilson Massote Primo, da Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios – G100; Hernandes Ortiz, do Sindicato da Indústria de Laticínio de Estado do Mato Grosso do Sul; Guilherme Olinto, do Sindicato da Industria de Laticínios do Estado de Minas Gerais; e Celso Costa Moreira, do Sindicato da Indústria de Laticínio do Estado de Minas Gerais; entre outras lideranças e autoridades.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
Enviar por e-mail Versão para Impressão   Ler mais notícias
 

   



 
 
JUNJI ABE  |  NOTÍCIAS  |  ARTIGOS  |  IMPRENSA  |  GALERIA  |  Todos os direitos reservados © Junji Abe 2011  | Login


Correspondência: Av. Fausta Duarte de Araújo, nº 145 - CEP: 08730-130 - Jd. Santista - Mogi das Cruzes - SP   |   Telefone: (11) 4721-2001   |   E-mail: contato@junjiabe.com