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Agropecuária Paulista

  Insensibilidade desmonta o setor
Junji rememora os caminhos que impulsionaram a policultura e a sucessão de tragédias, responsável por êxodo rural e o crescente domínio da monocultura no interior do Estado
14/10/2013 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji: “O crescimento sustentável das cidades interioranas, calcadas na atividade produtiva como sustentáculo da fixação do homem ao campo, sofreu a completa destruição ou célere sucateamento”
 
Localizado na Região da Alta Paulista, Osvaldo Cruz apresenta um perfil semelhante ao de outras cidades do Interior paulista que, nos primórdios do desbravamento, na década de 1870, teve no sistema ferroviário a base do seu desenvolvimento. Graças à Estrada de Ferro da Alta Paulista, municípios como Osvaldo Cruz, Bastos, Pacaembu, Dracena e Marília, entre outros, começaram a receber milhares de imigrantes italianos, espanhóis, árabes e japoneses. Eles iniciaram o processo de substituição do trabalho escravo dos negros africanos,” de triste memória”, nas tradicionais fazendas onde imperava a monocultura do café , como descreveu o deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

Estimulados pelos imigrantes, os fazendeiros começaram a introduzir outras culturas. Terminados os contratos de trabalho de quatro anos com os donos da terra, os próprios estrangeiros revolucionaram a produção agrícola, sepultando a monocultura. O movimento coincidiu com a sensibilidade do governo do Estado ao novo ciclo de desenvolvimento.

Assim, em 1886, surgiu a Secretaria da Agricultura. Depois, foram criados o IAC – Instituto Agronômico de Campinas (1887), a Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1924), o Instituto de Botânica (1938) e muitos outros organismos de apoio ao setor produtivo. “Houve investimentos pesados na modernização das estruturas e com acertada política de ordem pública, tomaram corpo a pesquisa, ciência e inovação, a assistência técnica e extensão rural, financiamentos de investimento e custeio, implantação da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) para profissionalizar e garantir o estoque de grãos e comercialização de produtos hortifrutigranjeiros”, detalhou Junji.

Ao mesmo tempo, o governo estadual garantiu seguro rural aos produtores por meio da Cosesp – Companhia de Seguros do Estado de São Paulo. Não tardou para que o território paulista consolidasse a policultura na maioria dos seus municípios, com destaque para o algodão, o amendoim, pecuárias de corte e de leite, avicultura, fruticultura, silvicultura e fungicultura. “Porém, a trajetória ascendente e o crescimento sustentável das cidades interioranas, calcadas na atividade produtiva como sustentáculo da fixação do homem ao campo, sofreram a completa destruição ou célere sucateamento”, lamentou Junji, ao relatar que o processo de desmoronamento atingiu desde as imprescindíveis ferrovias até o modelo de policultura que, por décadas, agasalhou os míni e pequenos produtores na zona rural.

O desmonte da estrutura promissora decorre, segundo Junji, da total insensibilidade, irresponsabilidade e incompetência de governantes e políticos. Dentre os incontáveis erros e falhas de ordem pública, o deputado apontou o Estatuto do Trabalhador Rural, instituído em 1965 e responsável pelo êxodo rural e formação de favelas em grandes cidades. Houve ainda a construção de gigantescas hidrelétricas e reservatórios de água, sem a devida indenização aos proprietários rurais para a continuidade da atividade e gerando, como consequência, milhões de desempregados, e o mais cruel de todos: o longo período inflacionário, de 1978 a 1994.

Sucessivos (e fracassados) planos de estabilização econômica, como Cruzado, Bresser, Verão e Collor decretaram, literalmente, a falência do setor produtivo responsável pelo abastecimento do mercado interno. Assim, vieram as liquidações de cooperativas agrícolas, avícolas e frutíferas, deixando milhares de produtores inadimplentes e sem nada, porque propriedades, tratores, máquinas e implementos acabaram tomados pelo sistema financeiro.

Foi no cenário atual, de Osvaldo Cruz tomada pela monocultura da cana de açúcar para sustentar as engrenagens do sistema sucroalcooleiro, que Junji foi convidado para ministrar uma palestra sobre a situação da agropecuária nacional e o novo Código Florestal. “Vocês estão prontos para deixar a cultura única e retomar a policultura que ocupa pequenas áreas”.

Segundo Junji, a policultura, desenvolvida com alta tecnologia e capacitação profissional, “é a melhor alternativa para Osvaldo Cruz superar os problemas estruturais e garantir melhor qualidade de vida a sua população. O poder público municipal se ressente da falta de opções para gerar renda, aumentar a empregabilidade e elevar a receita tributária. Ao mesmo tempo, enfrenta a realidade da renda per capita extremamente baixa, a diminuição do número de habitantes mais jovens e o aumento dos moradores idosos.

“São indícios de um desequilíbrio social muito preocupante que pode começar a ser saneado com o desenvolvimento eficiente da policultura”, aconselhou ele que é produtor, registra um vasto histórico como líder rural e governou Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, por oito anos seguidos.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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