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Cadeia Produtiva da Cebola

  Faltam políticas públicas, sobram importações
Em audiência promovida pela Comissão de Agricultura, Junji alerta para sistemática repetição do círculo vicioso que quebra os produtores rurais e provoca desabastecimento no meio urbano
19/11/2013 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji: "O agricultor passa o trator por cima da produção, porque o preço está tão baixo que nem há como colher. E está baixo por conta das compras externas abusivas”
 
O principal problema da cadeia produtiva de cebola e de todos os demais setores que produzem alimentos no Brasil é a “perversa associação entre a falta de políticas públicas adequadas e as importações desenfreadas de países onde a agricultura recebe fartos subsídios”. A avaliação foi feita pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), nesta terça-feira (19/11/2013), durante audiência pública promovida pela Capadr – Comissão de Agricultura Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara.

Presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, Junji disse que o descaso histórico do governo federal com o campo estimula a sistemática repetição do círculo vicioso que provoca a quebradeira de produtores rurais e o desabastecimento no meio urbano. “Não falo da gestão atual. É uma desatenção que se arrasta há décadas. O agricultor passa o trator por cima da produção, porque o preço está tão baixo que nem há como colher. E está baixo por conta das compras externas abusivas”, descreveu, ao lembrar que a crise da cebola reprisa o episódio do tomate e, assim, sucessivamente.

No ano anterior à elevação do preço do tomate, o produtor plantou, colheu e não recuperou nem o que investiu na produção, porque o mercado brasileiro estava escancarado para a concorrência desleal com o produto importado, como discorreu Junji. “Todo mundo só lembrou do tomate nacional porque passou a custar caro, em decorrência da quebra de safra em grandes regiões produtoras. No mais, ninguém se lembra de quantos produtores vão à falência por falta de políticas públicas”, criticou, ao apontar que o governo só pensa em segurar preço para conter a inflação, mas não trata das causas do problema, desprezando as duas pontas – produtor e consumidor.

A audiência pública, realizada a pedido do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), confirmou o drama que massacra a cebolicultura, vitimando os estados do Sul, principalmente. “Não bastassem as ações equivocadas de governo, o setor sofre com os gargalos entre o campo e as gôndolas do comércio”, pontuou Junji, afirmando que o produtor chega a jogar cebola fora porque o preço de venda não cobre o custo de produção – em torno de R$ 0,40 a R$ 0,50 por quilo –, enquanto o consumidor paga R$ 2 por quilo da hortaliça.

Concordando com Junji, Moreira declarou que as importações abusivas criam uma concorrência desleal porque o produto vindo do Mercado Comum Europeu, em especial Holanda e Espanha, é vendido no País com preço abaixo do custo nacional de produção. Além disso, ponderou o peemedebista, o setor enfrenta também graves problemas de estocagem em razão de a hortaliça ser altamente perecível. “Só no Rio Grande do Sul, mais de três mil famílias dependem do plantio de cebola para seu sustento”, completou.

“São os pequenos produtores e os agricultores familiares que carregam o País nas costas quanto à produção de cebolas. Ocorre que, num ano, perdem tudo pelo excesso de importações. No outro, quando o preço está alto e todo mundo pensa que os produtores estão lucrando horrores, na realidade, eles nem têm produção”, relatou Junji. O deputado lembrou que o Brasil é autossuficiente na produção de cebolas, respondendo pela colheita anual de 1,5 milhão de toneladas da hortaliça. Do total, 415 mil toneladas vêm de Santa Catarina e 225 mil toneladas saem do Rio Grande do Sul.

De acordo com Junji, faltam políticas públicas adequadas, freios na importação abusiva, o gerenciamento eficaz da cadeia produtiva para vencer os gargalos e investimentos em pesquisa para evitar quebras de produção. “Coloco-me à disposição das autoridades para contribuir como puder no sentido de ajudar a encontrar soluções voltadas ao setor agrícola, especialmente no que se refere aos míni e pequenos produtores”, anunciou o deputado.

Outra dificuldade apontada por Junji na audiência é a legislação trabalhista que impõe à convivência entre empregadores e trabalhadores rurais os mesmos critérios adotados para a relação entre um dono de indústria e seus funcionários. “Isto não é justo e tem de ser revisto. Basta citar um único motivo: enquanto os contratados da indústria gozam de descanso em finais de semana e feriados, o pessoal que trabalha no campo não pode parar nestas datas, devendo ter seu descanso programado de acordo com as condições da lavoura”.

Participaram da audiência o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Edilson Guimarães;
o chefe-geral da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Hortaliças, Warley Marcos Nascimento; o pesquisador da Apta – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Thiago Leandro Factor; o presidente da Câmara Municipal de Tavares (RS), Antônio Carlos Pagano; o representante da Faesc – Federação da Agricultura de Santa Catarina, Pedro Menezes; o consultor da Faesp – Federação da Agricultura de São Paulo, João Cabrera Filho; o representante da EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, George Ricardo Bandeira; o técnico da Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Daniel Rogério Schmitt; e o presidente do Sindicato Rural de Ibiúna (SP), Maurício S. Tachibana; entre outras lideranças agrícolas.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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