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Contaminação de Alimentos

  Orientação a pequenos produtores
Ao criticar conceito de que defensivo agrícola é veneno, Junji diz que governo precisa abastecer o campo com pesquisas, assistência técnica e extensão rural para garantir qualidade dos produtos
27/05/2014 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji: “Não existe vilão, porque o que existe é o descaso do Brasil em investir na qualificação” do profissional do campo
 
Indignado com a difusão do conceito de que defensivo agrícola é veneno, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) voltou a cobrar do governo urgência na implantação de políticas públicas que contemplem pesquisas, assistência técnica e extensão rural direcionadas às diferentes culturas e às diversas regiões brasileiras. “As autoridades têm se mostrado omissas e negligentes com a saúde pública, afetando todas as cadeias produtivas e, além disso, incentivando um clima de intimidação ao consumidor, o que vem a provocar a quebra da relação de confiança, comprometendo a sobrevivência dos produtores, especialmente dos míni, pequenos e médios”, criticou.

Ao participar da reunião semanal da FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária, nesta terça-feira (27/05/2014), Junji criticou o uso do termo agrotóxico para definir produtos químicos destinados ao combate de pragas e ervas daninhas nas lavouras e lamentou que parcelas do agronegócio, como entidades representativas da agricultura familiar, insistam em apregoar que defensivo agrícola é veneno. “Fazer esta associação errônea para atingir determinados grupos econômicos não produz nada de positivo e funciona como um tiro no pé. Só passa ao consumidor a ideia equivocada de que ele está comendo produto contaminado, levando-o a cortar itens do seu cardápio”, advertiu.

Em defesa de medidas educativas para melhorar a atividade agrícola, Junji lembrou que um simples comprimido para dor de cabeça, usado sem orientação ou em dosagem inadequada vira veneno. “Mesmo sendo um medicamento aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), assim como ocorre com os defensivos agrícolas comercializados no mercado”, comparou, reclamando da demora do governo em tirar do papel a Anater – Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros e da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite na Câmara Federal, além de ser vice-presidente da FPA na Região Sudeste e coordenador do Ramo de Trabalho da Frencoop – Frente Parlamentar do Cooperativismo, Junji disse que é preciso ajustar o foco da discussão sobre a saúde na produção agrícola: “Antes de punir, é vital instruir quem produz. O Brasil precisa assumir sua responsabilidade com a implantação de políticas agrícolas que contemplem pesquisas, assistência técnica e extensão rural direcionadas às diferentes culturas e às diversas regiões brasileiras”.

Na visão do deputado, “não existe vilão, porque o que existe é o descaso do Brasil em investir na qualificação” do profissional do campo. “Num País que tem o agronegócio como sustentáculo da economia, mas amarga o quadro devastador de que mais de 82% dos pequenos produtores não têm acesso à assistência técnica e extensão rural, a demora no início de atividades da Anater é uma tragédia”, definiu. Ele lembrou que o órgão foi criado em dezembro último e depende de regulamentação.

“O agricultor vive daquilo que cultiva. Se o seu produto fizer mal à saúde do consumidor, ele perderá sua fonte de renda”, observou Junji. Os míni, pequenos e médios produtores sofrem mais porque, segundo ele, não dispõem da estrutura organizacional dos grandes que, com larga escala de produção e ganhos, conseguem manter mecanismos próprios de pesquisa e assistência técnica.

Com o histórico de quem nasceu no meio agrícola e exerce a atividade até hoje, Junji pertence à terceira geração da família Abe na agricultura, presidiu o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, um dos maiores polos produtores de olerícolas de São Paulo, e integrou a diretoria da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo por 20 anos seguidos, de 1980 a 2000, além de ter comandado por dez anos consecutivos a Comissão de Agricultura e Pecuária do Legislativo paulista.

Clamando por responsabilidade de entidades representativas da agricultura familiar e também da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional, Junji pregou que “não podemos ser inimigos uns dos outros”. De acordo com o deputado, “precisamos trabalhar juntos – profissionais de todas as culturas, de todos os tamanhos, todas as regiões, todas as cadeias produtivas, órgãos técnicos e agentes públicos – para melhorar a qualidade do que é produzido e levado à mesa do consumidor”.

O deputado observou ainda que “o sol brilha para todos” e não se pode crucificar os produtores de culturas de extensão – responsáveis pelas commodities que garantem o superávit na balança comercial brasileira –, nem os pequenos que atuam na agricultura familiar e muito menos a classe produtiva intermediária que não recebe qualquer atenção governamental, mas abastece diariamente o mercado interno.

A faixa intermediária agrega as cadeias produtivas de verduras, legumes, tubérculos como a batata, bulbos como a cebola, frutas, aves, ovos, champignon, mel e derivados, pecuária de leite de pequeno porte, flores e plantas ornamentais. Na definição do deputado, são os profissionais do segmento de “hortifrutiflorigranjeiros” – agasalhados pela Pró-Horti – que não se enquadram na classificação dada à agricultura familiar, amparada pelo Pronaf, e também não cultivam itens para exportação, como os do setor sucroalcooleiro, citricultura, cafeicultura e sojicultura, entre outros.

Quanto à agricultura orgânica, defendida por movimentos de agricultura familiar, Junji foi categórico em afirmar que, se o modelo pudesse ser e fosse adotado nas culturas de extensão, “90% da população mundial morreriam de fome”. A cultura orgânica, segundo ele, não garante produção em larga escala. Além disso, no caso da horticultura, sofre rejeição do consumidor por outros dois fatores: aparência e preço – custam cerca de 30% mais caros que os convencionais.

As considerações de Junji ganharam sonoras adesões dos integrantes da FPA, presidida por Luiz Carlos Heinze (PP-RS). Eles reforçaram o alerta sobre os prejuízos decorrentes da disseminação da ideia equivocada de que defensivo agrícola ou agrodefensivo seja veneno. “O produtor precisa receber orientação para utilizar os produtos de forma adequada, dependendo da cultura, da localidade, das condições de solo e de outros fatores externos. O que não faz sentido é tratar os alimentos como venenosos”, pontuou o deputado.

Convite
Durante a reunião semanal da FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado federal Junji Abe reforçou o convite para participação dos ruralistas na conferência paulista que será realizada em 6 de junho próximo, com o objetivo de discutir a PEC – Proposta de Emenda à Constituição 215/2000.

Integrante da comissão especial encarregada da análise da PEC 215/2000, na condição de 3º vice-presidente, Junji enfatizou a importância da participação dos defensores do agronegócio na conferência. O debate ocorrerá, das 14 às 20 horas, no Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo. O pedido de realização do evento no Estado partiu dele e do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), recebendo aprovação no colegiado.

A PEC 215/2000 atribui ao Congresso Nacional a autorização das demarcações de terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e a confirmação das já homologadas, estabelecendo que os critérios e procedimentos relativos ao assunto serão regulamentados por lei.

“O objetivo das conferências estaduais é promover amplos debates no País inteiro, com plena representatividade de indígenas e produtores rurais, para colher subsídios necessários à emissão de parecer. Somente com a participação direta das comunidades envolvidas, a comissão poderá elaborar um relatório legítimo sobre a PEC”, evidenciou Junji que coordena o evento no Estado de São Paulo.

A conferência paulista foi elaborada de modo a viabilizar a participação de 20 expositores que, de acordo com Junji, foram escolhidos dentro do critério de manter os debates equilibrados. “Apesar de extensa, a conferência paulista promete nos dar excelentes subsídios e poderá ser bastante esclarecedora para muitos integrantes da FPA”, completou o deputado.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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